01766naa a2200145 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024500800008326000090016350001220017252012180029465300160151277300920152819860022014-05-13 2010 bl uuuu u00u1 u #d1 aSOUSA, I. S. F. de aGuia politicamente incorreto da história do Brasil.h[electronic resource] c2010 aObra resenhada: NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. São Paulo: Leya, 2009. 319 p. aOs problemas envolvidos na classificação e na padronização da vida social têm sido alvo de minhas preocupações de estudo há quase uma década. De fato, venho escrevendo um livro sobre esse assunto. Nele, a classificação e a padronização são discutidas dentro de contextos interativos que ressaltam suas características de automatismo, de hábito, de reprodução de valores e de comportamento. Classificar é seguir uma regra adrede preparada no intuito de oferecer coerência a um corpo de ideias, buscando fortalecê‑lo. Para se ter um breve exemplo da importância e das implicações da classificação na vida social, basta lembrar alguns acontecimentos dos séculos 17 e 18 com relação aos estudos dos naturalistas. Sabe-se que, naquele período, a dominação europeia sobre a América carecia de uma teoria científica (classificatória) que desse fundamentos lógicos e empíricos à supremacia europeia pela inevitável ?demonstração? da inferioridade do Novo Mundo. Toda a diversa paisagem natural da América foi alvo desse veículo classificatório: seu ar, seu clima, seus pântanos, seus habitantes, seus animais, sua vegetação, suas terras, suas montanhas, seus vulcões. aVida social tCadernos de Ciência & Tecnologia, Brasíliagv. 27, n. 1/3, p. 113-117, jan/dez. 2010.