03852nam a2200229 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024501070008226000240018930000100021350000280022352032270025165000150347865000140349365000230350765000100353065300240354065300190356465300190358365300200360218900782011-05-30 2001 bl uuuu m 00u1 u #d1 aMARTINS, A. L. C. aFitodisponibilidade de metais pesados em um latossolo vermelho tratado com lodo de esgoto e calcário. aCampinas: IACc2001 a120f. aDissertação Mestrado. aO lodo de esgoto (LE) apesar do seu reconhecido valor como fertilizante, ainda é motivo de preocupação quando usado na agricultura em razão do potencial de absorção excessiva de metais pesados pelas plantas e entrada na cadeia alimentar. Um experimento de campo foi conduzido em Cordeirópolis, SP, no período entre 1983 e 1987 para avaliar o efeito da aplicação de LE na produção e milho, na acumulação de metais no solo e na absorção de metais pesados. O solo do local foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. As doses de LE (com base no material seco) foram de 0, 20, 40, 60 e 80 Mg ha-1 aplicadas de forma única no primeiro ano ou parceladas em 2, 3 e 4 vezes nas doses de 40, 60, e 80 Mg ha-1, respectivamente. Todas as doses foram testadas na presença ou ausência de calcário. Foi utilizado o experimento em faixas ("split block") com quatro repetições. Para as análises químicas coletaram-se amostras de solos e de plantas (folhas, colmos + folhas, grãos). A fitodisponibilidade dos metais foi avaliada pelos extratores DTPA, Mehlich-1 e Mehlich-3 e os teores totais de metais do solo foram determinados por digestão nítrico-perclórica. A maior dose de LE adicionou ao solo, em kg ha-1, 63, 3040, 25, 26 e 152 de Cu, Fe, Mn, Ni e Zn, respectivamente. A produção de grãos e de matéria seca da parte aérea aumentou linearmente com a adição de LE (p<0,05) nos anos estudados. A adição de LE provocou a acumulação de Cu e Zn no solo e não alterou os teores totais de Fe, Mn, Ni, Cd e Cr. Apenas o Cu, o Fe e o Zn tiveram a sua disponibilidade aumentada, para os três extratores testados. O LE aumentou significativamente os teores de Zn nas folhas e parte aérea e provocou a redução dos teores de Fe e Mn, não afetando os teores de Cu. Os teores dos metais pesados nos grãos não foram afetados pela adição de LE. Os metais Cd e Ni não foram detectados em níveis confiáveis nas diferentes partes da planta analisada. A absorção de Zn, Fe e Mn pelo milho foi significativamente reduzida pela adição de calcário. O parcelamento das doses de lodo de 40 a 80 Mg ha-1, provocou, de modo geral, aumento das quantidades absorvidas de metais pelo milho. Nenhum dos extratores testados foi eficiente na predição da fitodisponibilidade de todos os metais estudados. O Zn foi o elemento para o qual os extratores apresentaram a melhor eficácia na predição da concentração foliar e da quantidade absorvida de metais pela parte aérea do milho. Análises de regressão múltipla "stepwise" revelaram que além do teor disponível de Zn avaliado pelos três extratores, outros atributos do solo como CTC, P-disponível, matéria orgânica, pH e teor total de Zn também influenciaram na acumulação de Zn nos tecidos da planta. Os resultados do presente estudo demonstraram que os metais pesados adicionados não representaram perigo para a cadeia trófica, por pelo menos quatro anos após a aplicação do LE, podendo este resíduo ser usado como fertilizante para a cultura do milho. Revelaram, ainda, que a calagem é uma prática importante na prevenção da acumulação excessiva de metais pesados pelas plantas, em solo tratado com lodo de esgoto. aAbsorção aCalcário aLatossolo Vermelho aMilho aFitodisponibilidade aLodo de Esgoto aMetais Pesados aMicronutrientes