04288naa a2200241 a 450000100080000000500110000800800410001910000190006024501020007926000090018152034320019065000160362265000130363865000090365165000160366065000090367665000150368565300150370065300150371570000170373070000210374777302780376817854292017-04-06 1995 bl --- 0-- u #d1 aCARDOSO, E. L. aCaracterizacao morfologica e limitacoes agricolas dos vertissolos da borda oeste do Pantanal, MS. c1995 aA area nao inundavel da borda oeste do Pantanal, situa-se entre 19o00' e 19o30' de latitude Sul e 57o20' e 58o00' de longitude Oeste, abrangendo aproximadamente 130.418 ha. Durante muito tempo foi utilizada exclusivamente como local de refugio para o gado das fazendas situadas na planicie inundavel do rio Paraguai no periodo das cheias. Nos ultimos anos, com a implantacao de quatro assentamentos rurais pelo INCRA, a agricultura tem sido intensificada nas pequenas propriedades, visto que essa area e a unica opcao para se produzir alimentos, cultivados, no lado brasileiro, sem o risco de alagamento. Essa expansao da agricultura, tem conduzido ao uso intensivo dos Vertissolos, que recobre na regiao uma extensao aproximadamente 22.000 ha. Em virtude destes solos serem de dificil manejo e utilizacao com agricultura e, visando oferecer subsidios para o seu aproveitamento racional, este trabalho teve por objetivo apresentar as principais caracteristicas dos Vertissolos da regiao. Para realizacao deste estudo utilizou-se as informacoes sobre os solos gerados pelo Levantamento de Reconhecimento de Alta Intensidade (EMBRAPA, no prelo) de Spera et al. (1995). Os vertissolos da regiao apresentam horizonte A chernozemico e A moderado, onde predominam coloracao preta, cinzento muito escuro e bruno acinzentado muito escuro. A estrutura varia de moderada a forte grande blocos subangulares e/ou moderada a forte muito grande granular. A consistencia varia de ligeiramente dura quando seco, friavel a firme quando umido e muito plastica e muito pegajosa quando molhado. A espessura do horizonte A, nos perfis desta regiao, varia de 25 a 55 cm de profundidade. O horizonte C apresenta coloracao cinzento escuro ou bruno acinzentado escuro com tendencia a esbranguicar-se em profundidade, em virtude da presenca de calcarios de coloracao branca, caracterizando em alguns perfis, horizonte C carbonatico (Ck ou CK/R). A textura do horizonte C e argilosa ou muito argilosa, com altos teores de silte, a estrutura e media a grande forte blocos angulares, cerosidade abundante. A consistencia deste horizonte e muito a extremamente dura quando seco, muito firme quando umido, e muito plastica e muito pegajosa quando o solo esta molhado. O horizonte C tem espessura que oscila em funcao da rocha subjacente e do relevo, variando de 50 a 80 cm. A profundidade do perfil AC varia de 25 a 130 cm. Verificou-se durante a estacao seca a ocorrencia de fendilhamentos consideraveis, atingindo mais de 50 cm de profundidade e ate 5 cm de largura, resultantes da contracao de argilas 2:1 ("slickensides"). A drenagem destes solos varia de moderada a imperfeitamente drenada. Estas caracteristicas fisicas e quimicas implicam em dificuldades no manejo destes solos. Constata-se com frequencia, encrostamento da camada superficial e compactacao logo abaixo desta camada, como resultado das operacoes de aracao e gradagem, implicando em baixa produtividade. O cultivo nestes solos de plantas adaptadas a condicao de acidez e apontado tambem como fator de reducao de produtividade, apesar de sua alta fertilidade natural. Para o melhor aproveitamento destes solos, deve-se evitar a intensa movimentacao de maquinas e implementos; o uso de praticas que facilitem a infiltracao ou o escoamento do excesso de agua sem provocar erosao devem ser implementadas e culturas mais adaptadas as condicoes edafoclimaticas locais devem ser introduzidas. aagriculture aPantanal asoil aAgricultura aSolo aVertissolo aMorfologia aMorphology1 aSPERA, S. T.1 aMACEDO, J. R. de tIn: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIENCIA DO SOLO, 25., 1995, Vicosa. Resumos expandidos: o solo nos grandes dominios morfoclimaticos do Brasil e o desenvolvimento sustentado. Vicosa: Sociedade Brasileira de Ciencia do Solo / Universidade Federal Vicosa, 1995.gv.4, p.2059-2061.