05567nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024501190008226000790020150000310028052049510031165000220526265000110528470000220529570000190531770000210533670000160535716543142023-08-28 2007 bl uuuu u00u1 u #d1 aANDRADE, E. C. de aIdentificação de determinantes genéticos envolvidos na indução de sintomas por vírus.h[electronic resource] aFitopatologia Brasileira, Brasília, DF, v. 32, p. 93-94, ago. 2007.c2007 aDisponível para consulta. aNa natureza, os organismos devem se adaptar a diferentes ambientes e condições que surgem ao longo do tempo. Da mesma maneira os patógenos são obrigados a se adaptar a seus hospedeiros, que constantemente evoluem buscando maior capacidade de resistência a fatores bióticos e abióticos. Essa na evolução entre patógeno e hospedeiro leva a um aumento progressivo da variabilidade genética das populações do hospedeiro e do patógeno, e aqueles indivíduos mais adaptados tendem a prevalecer na população. No caso de vírus, a co-evolução e a consequente variabilidade genética que ela gera são fundamentais, pois sendo parasitas obrigatórios a probabilidade de extinção é maior caso percam a capacidade de infectar o hospedeiro.Os vírus de plantas são transmitidos por vetores, em sua maioria insetos, que introduzem diretamente no interior das células do hospedeiro. Dependendo da gama de hospedeiros do inseto vetor, os vírus podem ser introduzidos em espécies de plantas com características genéticas e moleculares diversas, sendo assim obrigados a se adaptar a diferentes hospedeiros. A capacidade de um determinado vírus em se adaptar rapidamente a um novo hospedeiro pode levá-lo a prevalecer na natureza, em comparação a outros vírus menos capazes. Os vírus da família Germiniviridae, gênero Begomovirus incluem as espécies que possuem um pequeno genoma de DNA fita simples circular, compreendendo um ou mais componentes, denominados DNA-A e DNA-B, de aproximadamente 2.600 nucleotídeos, encapsidados em uma partícula icosaédrica geminada (Stanley et al., 2005). No DNA-A encontram-se os genes que codificam as proteínas necessárias para a replicação viral e encapsidação. O DNA-B possui os genes codificadores das proteínas responsáveis pelo movimento do vírus na planta (Hanley-Bowdoin et al., 1999). Os begomovírus são trnasmitidos pela "mosca branca" Bemisia tabaci (Homoptera: Aleyrodidae) e infectam espécies dicotiledônias. Possuem grande importância econômica, principalmente em regiões tropicais, sendo uma das maiores ameaças à agricultura nestas regiões (Briddon, 2003; Morales & Anderson, 2001; Were et al., 2004). No Brasil, assim como em outros países das Américas, uma das culturas mais afetadas pela disseminação de begomovírus é o tomateiro (Morales & Jones, 2004; Ribeiro et al., 2003). Atualmente no Brasil, o tomateiro é infectado por um complexo viral composto por pelo menos sete espécies virais (Ribeiro et al., 2003). No estado de Minas Gerais já foram descritas três novas espécies: Tomato rugose mosaic virus (ToRMV) (Fernandes et al., 2006), Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV) (Andrade et al., 2002) e Tomato yellow spot virus (ToYSV) (Calegario et al., 2006). Dentre estas, o ToYSV é uma espécie que desperta interresse, pois apesar de ter sido isolado do tomateiro, possui características moleculares e filogenéticas mais semelhantes às de begomovírus isolados de Sida sp. Essa relação é especialmente evidente ao se compartarem as sequências de aminoácidos das proteínas responsáveis pelo movimento viral na planta, NPS (nuclear shuttle protein) e MP (movement protein), do ToYSV e do Sida micrantha mosaic vírus (SimMV) (Calegario et al., 2006): o nível de identidade é superior a 90%. Além do seu papel direto no movimento viral, essas proteínas estão envolvidas na adaptação de begomovírus ao hospedeiro e na indução de sintomas (Petty et al., 2000). Além das diferenças moleculares, o ToYSV possui características biológicas distintas em comparação a outras espécies de begomovírus de tomateiro, como por exemplo ToYSV quando inoculado em tomateiro e em Nicotiana benthamiana induz sintomas precoces e severos em comparação ao ToRMV. Ensaios de cinética da infecção mostraram uma maior rapidez do ToYSV em infectar a planta sistematicamente, em relação ao ToRMV. Estas diferenças na precocidade e na severidade dos sintomas pode ser devida a diferenças nas caracteríticas moleculares relatadas acima, conferindo um maior grau de adaptação do vírus ao hospedeiro. Um vírus mais adaptado a determinado hospedeiro pode ser capaz de se aplicar em uma taxa maior, e/ou de se movimentar célula-a-célula e a longa distância de forma mais rápida e eficiente, invadindo diferentes tecidos além do floema, no qual o vírus é inicialmente introduzido pelo inseto vetor (uma propriedade conhecida como tropismo de tecido) (Morra & Petty, 2000; Tyler & Fields, 1996). Para se avançar no entendimento dos fatores virais envolvidos na indução de sintomas, foram conduzidos estudos para se avaliar o papel dos componentes da infecção: acúmulo viral, taxa de replicação e tropismo de tecido durante o processo de infecção do tomateiro e N. benthamiana pelo ToYSV e ToRMV, objetivando identificar diferenças envolvidos na precocidade e na indução diferencial de sintomas. Tabela 1.... aDoença de Planta aVírus1 aALVES JÚNIOR, M.1 aMANHANI, G. G.1 aFONTES, E. P. B.1 aZERBINI, M.