06129naa a2200253 a 450000100080000000500110000800800410001902400590006010000180011924500820013726000090021952053440022865000120557265000140558465000220559865000190562065000120563965300230565165300310567465300310570570000230573670000200575977300960577915318622016-07-01 2005 bl uuuu u00u1 u #d7 ahttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X20050003000092DOI1 aAMORIM, S. L. aIntoxicação experimental por Manihot glaziovii (Euphorbiaceae) em caprinos. c2005 aAmostras das folhas frescas, murchas e dessecadas de Manihot glaziovii Muell. Arg. foram administradas manualmente por via oral a caprinos da raça Moxotó, em dosagens únicas de até 12g/kg de peso do animal. O teste do papel picrosódico foi realizado para determinar a presença do ácido cianídrico nas amostras de planta. A colheita da planta foi realizada no período de janeiro a junho de 2004. Os animais que apresentaram sinais clínicos foram tratados após apresentarem queda e permanência em decúbito lateral, com uma solução aquosa de tiossulfato de sódio a 20% na dose de 50ml/100kg por via endovenosa. O presente trabalho foi dividido em três experimentos. No Experimento 1, a planta recém colhida foi fornecida a 6 caprinos, sendo que 4 receberam a planta não triturada e 2 a planta triturada. A planta foi triturada em uma forrageira, sem peneira. No Experimento 2, a planta não triturada permaneceu na sombra, em local ventilado, acondicionada fora e dentro de saco plástico, os quais eram trocados todos os dias. A planta armazenada dentro de sacos plásticos foi administrada a 18 caprinos, nos períodos de 4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a colheita e a armazenada fora de saco plástico foi administrada a 13 caprinos, nos períodos de 4, 24, 48, 72 horas e 9, 10, 23 e 30 dias após a colheita. No Experimento 3, a planta triturada e conservada dentro e fora de saco plástico foi administrada em diferentes períodos após a colheita (4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72 e 96 horas). Foram utilizados 33 animais (Exp. 3), 17 para a planta conservada dentro do saco plástico e 16 animais para a planta conservada fora do saco plástico. Nos Experimentos 2 e 3 foram utilizados um ou dois caprinos por cada período de administração. Foram utilizados 40 caprinos como controle, nos quais foram avaliadas a temperatura e as freqüências cardíaca e respiratória. No Experimento 1, as amostras da planta triturada e não triturada apresentaram toxicidade semelhante. No Experimento 2, a planta conservada fora de saco plástico manteve a toxicidade durante todo o experimento (30 dias), enquanto que a conservada dentro de saco plástico manteve a toxicidade por até 96 horas após a colheita. No Experimento 3, a planta triturada conservada dentro e fora de saco plástico manteve a toxicidade por até 72 horas após a colheita. Em todos os experimentos, os caprinos apresentaram sinais clínicos de intoxicação cianídrica. Todos os animais intoxicados se recuperaram clinicamente imediatamente após o tratamento. Conclui-se que para a alimentação de caprinos com Manihot glaziovii a planta deve ser triturada imediatamente após a colheita e conservada fora de sacos plásticos e só deve ser administrada após 96 horas. O feno deve ser produzido após a moagem da planta e administrado também somente após 96 horas. [Experimental poisoning by Manihot glaziovii (Euphorbiaceae) in goats]. Samples of fresh, dried and partially dried leaves of Manihot glaziovii Muell. Arg. were administered orally to Moxotó goats in single doses up to 12g/kg body weight (bw). The cyanide content of the plant samples was determined by the picrosodic paper test. The plant was collected from January to June 2004. When the goats with clinical signs were in lateral recumbency, they were treated intravenously with 50ml/100kg/bw of a 20% aqueous solution of sodium tiosulfate. Three experiments were performed. In Experiment 1, the plant was given immediately after collection to six goats; two ingested the plant after been ground and four ingested the plant without having been ground. In Experiment 2, the plant was maintained in the shade, in open air or inside plastic bags. The plastic bags were changed daily. The plant kept in plastic bags was given to 18 goats, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72, 96 and 120 hours after collection. The plant kept in the open air was given to 13 goats, 4, 24, 48, 72 and 96 hours and 9, 10, 23 and 30 days after collection. In Experiment 3, the previously ground plant kept in the open air or inside plastic bags was administered 4, 8, 12, 16, 20, 24, 48, 72 and 96 hours after collection. Seventeen goats received the plant kept in plastic bags, and 16 goats the plant left in the open air. In Experiments 2 and 3, two or three goats were used for each period after collection, and the plant was given until the loss of its toxicity. Forty goats were used as controls for evaluation of the cardiac and respiratory frequencies. In Experiment 1, the ground and not ground plant had similar toxicity. In Experiment 2, the plant kept in the open air maintained its toxicity during the whole experiment (30 days), and the plant kept inside the plastic bags was toxic until 96 hours after collection. In Experiment 3, the ground plant, left in the open air or kept inside plastic bags, was toxic for 72 hours after collection. In all experiments clinical signs were characteristic of cyanide poisoning. All poisoned goats were treated successfully. In conclusion, Manihot glaziovii, which is used as forage in northeastern Brazil, should be ground and left for at least 96 hours in the open air before feeding to animals. The plant for preparing hay should be previously ground, and the hay should be given to animals also only 96 hours after its preparation. aCaprino aManiçoba aManihot Glaziovii aPlanta Tóxica aToxidez aÁcido cianídrico aIntoxicação cianogênica aIntoxicação experimental1 aMEDEIROS, R. M. T.1 aRIET-CORREA, F. tPesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeirogv. 25, n. 3, p. 179-187, jul./set., 2005.