03629naa a2200133 a 450000100080000000500110000800800410001910000240006024500550008426000090013930000140014852031820016277301510334414710162008-07-25 2008 bl uuuu u00u1 u #d1 aMANDARINO, J. M. G. aCompostos bioativos da sojabevidências recentes. c2008 c1 CD-ROM. aNo Brasil, a soja começou a ser cultivada, na Bahia, no final do século XIX, em 1882. Em 1908, com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses, houve pequeno incremento no seu cultivo no estado de São Paulo. Oficialmente, a soja foi introduzida para o cultivo no Brasil em 1924, na cidade de Santa Rosa, no estado do Rio Grande do Sul. Entretanto, o grande impulso na produção nacional ocorreu na década de 1970 com o desenvolvimento de linhagens e cultivares adaptados para as diversas regiões do Brasil (4). Atualmente, o Brasil é segundo maior produtor e exportador mundial de grãos de soja, a produção na última safra de 2006/2007 foi de 58,4 milhões de toneladas, com perspectivas de passar a ser o primeiro maior exportador na próxima safra de 2007/2008. Entretanto, não há o consumo generalizado de soja no país devido, principalmente, à falta de hábito dos consumidores brasileiros. A popularização e o consumo da soja e derivados têm sido aumentados devido: maior divulgação do seu valor nutricional e funcional, disponibilidade de novas tecnologias de processamento que têm melhorado o sabor dos produtos de soja, técnicas de melhoramento genético para a eliminação das enzimas lipoxigenases e conseqüente melhoria do sabor característico da soja e pela oferta de novos produtos de excelente qualidade nas prateleiras dos supermercados (1). A soja, por muitos anos vem sendo utilizada na prevenção e tratamento de quadros de desnutrição em populações de baixa renda em diferentes países (3). Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que as populações orientais, que ingerem grandes quantidades de soja apresentam redução nos riscos de desenvolver sintomas relacionados ao climatério, osteoporose, dislipidemia e doenças cardiovasculares, cânceres de mama e próstata, diabetes, e doenças renais crônicas (3, 4). A soja possui em sua composição diversos compostos alguns nutrientes como: os tocoferóis, o ácido ascórbico (soja verde), os ácidos graxos poliinsaturados, os fosfolipídios e os fitosteróis; outros não nutientes e até mesmo compostos tóxicos, comumente conhecidos como fatores antinutricionais como: compostos polifenólicos, ácidos fenólicos, fitatos, inibidores de proteases, saponinas, lectinas, oligossacarídeos (fatores de flatulência) e, ainda, peptídeos de baixo peso molecular, que atualmente são considerados "compostos funcionais" ou "compostos bioativos", pois estão envolvidos, de alguma maneira, na redução dos riscos de doenças crônicas e degenerativas. A presença desses fatores antinutricionais estende-se a todos os grãos de leguminosas, porém alguns são específicos de determinada leguminosa como os alcalóides do tremoço (lupino), enquanto outros estão presentes na maioria das espécies como os inibidores de proteases e os oligossacarídeos. Assim sendo, é importante destacar a soja como um alimento com propriedades funcionais, uma vez que contém substâncias nutrientes e não nutrientes, que comprovadamente promovem algum benefício à saúde humana e, que têm papel relevante na redução dos riscos de doenças crônicas e degenerativas. tIn: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ALIMENTOS FUNCIONAIS, 1., São Paulo. [Resumos...]. Piracicaba: Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais, 2008.