05279nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501200008326000160020330000110021950001560023052045870038665000220497365000100499565000140500565000220501965000090504165300230505014698232008-03-18 2007 bl uuuu m 00u1 u #d1 aPIEROZZI, P. H. B. aControle genético da resistência da soja à ferrugem asiáticabavaliações de severidade em campo experimental. a2007.c2007 a123 f. aDissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina. Orientador: José Francisco Ferraz de Toledo. aAtualmente o Brasil têm grande destaque na sojicultura mundial, ocupando a posição de segundo maior produtor. Entretanto, em maio de 2001 a ferrugem asiática foi detectada no território nacional, trazendo grandes preocupações para os produtores e pesquisadores. Trata-se de uma doença extremamente agressiva, cujo principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com conseqüente redução da produtividade. Para a safra 2005/2006 brasileira, considerando a perda na colheita e o custo com a aplicação de fungicida, estima-se que o impacto econômico com a doença foi de US$ 1,75 bilhão. Dentre as estratégias de controle de plantas, a semeadura de cultivares resistentes constitui o método mais apropriado, sendo que para a ferrugem asiática já foram descritos quatro genes qualitativos dominantes - Rpp1, Rpp2, Rpp3 e Rpp4. Tais fontes não têm se mostrado muito duradouras, pois o fungo causador da ferrugem (Phakopsora pachyrhizi) possui alta variabilidade genética, levando ao aparecimento de novos isolados que acabam por quebrar a resistência. Como exemplo disso temos o isolado proveniente do Estado de Mato Grosso que, em 2003, quebrou a resistência conferida pelos genes Rpp1 e Rpp3. Dessa maneira, a busca de novas fontes de resistência, incluindo aquela conferida por genes quantitativos, bem como o estudo dos efeitos genéticos que controlam essa resistência são de grande interesse. O presente trabalho teve como objetivo estudar em campo o controle genético da resistência à ferrugem asiática de diferentes genótipos de soja, buscando investigar a ação de genes qualitativos e/ou quantitativos para resistência/tolerância à doença. Dois experimentos foram instalados em campo no ano agrícola de 2005/2006; um deles serviu de controle, enquanto que no outro foi feita a inoculação do patógeno. O material genético utilizado incluiu os genótipos BR01-18437, BRS 184, BRS 231, BRSGO Chapadões, DM 339, Embrapa 48, PI 200487, PI 230970, PI 459025-A, PI 200526, além da geração segregante F2 derivada dos possíveis cruzamentos entre os genótipos, desconsiderando os recíprocos. No experimento inoculado foram realizadas avaliações de severidade da ferrugem asiática (medida pelo percentual de área foliar infectada), bem como avaliações dos tipos de lesão das plantas (RB ou TAN). Coletados os dados, procederam-se as análises quantitativas para a característica severidade da ferrugem asiática e as análises qualitativas para os tipos de lesão. O caráter severidade apresentou distribuição contínua, tendo sido detectada normalidade para os dados de onze cruzamentos da 3ª avaliação. O teste de Scott-Knott comparando as médias dos genitores dentro de cada avaliação revelou um ótimo desempenho da linhagem BR01-18437 e da cultivar BRS 231. A análise qualitativa testando as proporções de segregação das populações F2 dos cruzamentos mostrou que a PI 200487 e a PI 200526 possuem alelos diferentes dos mesmos gene de resistência, sendo que esse gene é diferente de Rpp2 e Rpp4. A linhagem BR01-18437 possui resistência genética à ferrugem asiática controlada por gene recessivo. Quanto à análise quantitativa, os modelos genéticos de médias e variâncias revelaram que a resistência genética é controlada por genes de ação predominantemente aditiva e que estão dispersos nos genitores. Efeitos de dominância [h] foram detectados para alguns cruzamentos das avaliações, a grande maioria no sentido de diminuir a severidade da doença. Os modelos genéticos de variâncias indicaram a presença de variabilidade genética para alguns cruzamentos, sendo que o maior número de estimativas de D foi conseguido com os dados da 4ª avaliação. Presença de interação genótipo x microambiente foi detectada para muitos cruzamentos da 2ª avaliação. Verificou-se que a cultivar BRS 184 é tolerante à ferrugem asiática e também foi confirmado que a cultivar BRS 231 possui genes quantitativos de resistência à doença. Os valores de herdabilidade no sentido amplo para o caráter severidade da ferrugem asiática variaram de 37% a 59%, mostrando que desde que tomados os devidos cuidados a seleção baseada em plantas individuais da geração F2 pode ser viável. A previsão do potencial genético dos cruzamentos revelou boas probabilidades de se obter híbridos F1 de segundo ciclo com média de severidade inferior à da cultivar BFR 231, destacando-se os cruzamentos da 4ª avaliação que possuem a PI 200526 como um dos genitores. aDoença de Planta aFungo aGenética aGenética Vegetal aSoja aFerrugem asiática