03828naa a2200229 a 450000100080000000500110000800800410001910000180006024500520007826000090013050000190013952032140015865000130337265000240338565000140340965300130342365300140343665300190345065300300346970000200349977300790351913065392015-02-10 2002 bl uuuu u00u1 u #d1 aOLISZESKI, A. aRecuperação de erveiras nativas por enxertia. c2002 aNota técnica. aA erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) teve uma grande influência na formação sócio-econômica da região Sul do Brasil. No Paraná, foi de vital importância na emancipação política da Província de São Paulo, decorrente da formação de cidades e a evolução de negócios ervateiros no nosso estado (Mazuchowski, 1989). Em populações de erva-mate tem sido observada, visualmente, grande variabilidade fenotípica, principalmente quanto às características cor do talo (pecíolo), da folha (roxo, branco ou amarelo), tamanho de folha (pequenas, grandes), pilosidade das folhas (com pelos, sem pelos) e susceptibilidade à queda das folhas. Esta variação faz parte da variabilidade genética intrapopulacional natural da espécie, mesmo porque parece não haver barreiras impedindo o fluxo gênico entre indivíduos dos diferentes tipos (Resende et al., 1995). Contudo, essa variabilidade pode dificultar a obtenção de um produto padronizado, devido as suas diferentes características, principalmente quanto ao sabor. Assim, a técnica da clonagem permite a multiplicação tanto dos indivíduos mais produtivos, como daqueles com as características consideradas favoráveis para a obtenção do produto desejado. O presente trabalho, iniciado em 1997, na fazenda Vila Nova, município de Ivaí- PR, visa recuperar as erveiras nativas da região por meio da técnica de enxertia, e num espaço curto de tempo ter, novamente, ervais com as mesmas características daqueles nativos da região, considerados de boa qualidade para a produção de chimarrão. Foram testados dois métodos possíveis de propagar as erveiras nativas da região. O primeiro método foi o de enxertia através de garfagem. Esse método foi testado em 1997, com um pegamento de 80% em condições de viveiro. Porém, de 80 erveiras plantadas sobreviveram apenas 30. Estas erveiras estão, atualmente, com 4 anos de idade. O segundo método testado, o da mergulhia, foi feito em 150 erveiras não nativas com cinco anos de idade. Embora o resultado tenha sido positivo, com 50% de pegamento, esse método foi descartado devido à dificuldade de efetuá-lo em erveiras nativas adultas. Assim, a metodologia usada para a propagação das árvores nativas foi a de enxertia através da garfagem. Os cavalos foram feitos de mudas de erva-mate formadas com uma antecedência de um ano. Por ocasião da enxertia apresentavam, em média, 40 cm de altura e 35 mm de diâmetro de colo. Os cavaleiros foram obtidos de brotações do ano de árvores nativas, com espessura igual ou menor a do cavalo. Para receber os enxertos, os porta-enxertos foram preparados com canivete, de aço inoxidável. Os enxertos, com 10 cm de comprimento, foram imersos num recipiente com água limpa e posteriormente enxertados. Os enxertos foram fixados com fita BUDDY-TAPE 25 M/M e cobertos com sacos plásticos. Em 2001 foram feitos 2000 mil enxertos, sendo 1500 com cavaleiros procedentes de árvores fêmeas e quinhentos de árvores machos (a espécie é dióica). Foram propagadas as árvores nativas de alta produção de massa foliar. Os enxertos foram feitos no final do mês de agosto e início de setembro e tiveram 80% de pegamento. aClonagem aIlex Paraguariensis aMergulhia aEnxertia aErva mate aErveira nativa aVariabilidade fenotípica1 aNEIVERTH, D. D. tBoletim de Pesquisa Florestal, Colombogn. 44, p. 133-134, jan./jun. 2002.