03778nam a2200157 a 450000100080000000500110000800800410001910000210006024500870008126000160016830000140018449000260019850001040022452032800032865300120360812495062005-01-06 2004 bl uuuu m 00u1 u #d1 aMATTOS, L. F. de aFrontogênese na América do Sul e precursores de friagem no estado de São Paulo. a2003.c2004 c1 CD-ROM. a(INPE-11519-TDI/957). aTese (Doutorado em Meteorologia)- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. aOs sistemas frontais que causam friagem em São Paulo ocorrem em média uma vez por ano. Oitenta por cento (80%) das incursões frias intensas acontecem de maio a agosto. A configuração do campo de deformação horizontal na região central do continente sulamericano favorece frontogênese no inverno. Os compostos de campos diagnósticos de função frontogenética, vorticidade potencial, pressão à superfície, ventos na baixa e alta troposfera e geopotencial em 500 hPa foram compilados, usando as reanálises do European Center for Medium Range Weather Forecasts e do National Centers for Environmental Prediction para 14 casos (1979-93). Os precursores de friagem identificados são: (i) uma passagem de frente fria sobre a Argentina e sul do Brasil nos dias - 7 a - 5; (ii) um centro de alta pressão a oeste da costa sul do Chile, favorecendo anticiclogênese na Argentina nos dias -5 a -1; (iii) ocorrência de duas ciclogêneses à superfície entre os dias -3 e -1 no Atlântico Sul; (iv) uma expansão da região frontolítica localizada nos Andes, para o norte da Argentina no dia -2, para o Paraguai e Uruguai no dia -1, e para o sul do Brasil e Bolívia no dia 0; (v) um cavado baroclínico na troposfera alta em 500-200 hPa amplificando-se sobre o oeste argentino no dia -3; (vi) uma anomalia ciclônica de vorticidade potencial isentrópica em 325 K intensificando-se ao norte de 45ºS sobre a região sulamericana no dia -7, gerando um centro de ?2,0 UVP sobre o sul do Brasil e Uruguai no dia 0. Observou-se que as tendências de esfriamento da ordem de -4 C/dia em 925 hPa começam na Patagônia no dia -4 e se propagam para norte-nordeste, e no dia 0 a isaloterma de -8 C/dia ocupa os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A advecção térmica é a maior responsável pelo esfriamento (-3 C/dia nos subtrópicos do Brasil), porém os efeitos diabáticos também são importantes (2 a 3 C/dia) no oeste e centro do continente. As simulações numéricas do modelo T062L28 do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos mostram que, quando a perturbação sinótica precursora é enfraquecida nas condições iniciais do dia -4, a situação não evolui para um evento de friagem, indicando que as amplitudes dos precursores determinam a evolução subseqüente para friagem. A destreza do modelo na previsão do evento mantém-se superior a 60 % até 7 dias de previsão. Conjetura-se que a ciclogênese no Atlântico no dia -1 é propiciada pela aproximação da vorticidade potencial ciclônica e difluência do cavado em 500 hPa. O forte gradiente zonal de pressão entre o ciclone no Atlântico e a alta pressão sobre a Argentina gera ventos de sul desde o mar de Weddell até o Brasil central, advectando ar frio para latitudes tropicais. A perda radiativa de energia durante a noite, no oeste da América do Sul, ajuda a aumentar o contraste térmico horizontal na região frontal. Uma boa concordância entre as evoluções do fenômeno obtidas das duas reanálises independentes mostra que os resultados são confiáveis. O estudo fornece subsídios para melhoramento de previsões de friagens no Brasil e o campo de vorticidade potencial possui capacidade para estender as previsões até oito dias de antecedência. aFriagem