04976nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024501580008226000160024050001230025652043130037965000130469265000230470565000170472865300110474565300100475665300160476612475282004-04-29 1997 bl uuuu m 00u1 u #d1 aCAMARGO, P. B. de aDinâmica da matéria secaorgânica do solo decorrente das mudanças no uso da terra utilizando isótopos de carbono. Estudo de um casobParagominas, PA. a1997.c1997 aTese (Doutorado em Ciências)- Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1997. aNas últimas décadas, tem ocorrido uma intensa mudança no uso da terra na Amazônia, motivada principalmente pela retirada da floresta e a implantação de pastagens. Dependendo do nível de manejo empregado, estas pastagens poderão permanecer produtivas ou se tornarão degradadas, favorecendo o estabelecimento de uma floresta secundária denominada "capoeira". Visando ao estudo da origem e dinâmica da matéria orgânica do solo, quando destas alterações na cobertura vegetal, calcularam-se as concentrações, os estoques e os aportes de carbono no solo, utilizando-se os isótopos de carbono natural, estável (13C) e radioativo (14C). A área de estudo, localizada em Paragominas (nordeste da Amazônia), caracteriza-se pela presença de oxissóis profundos (mais de 8 metros) e a região apresenta uma estação seca bem definida. As amostras foram coletadas a diferentes profundidades em perfis de trincheiras de até 8m e na superfície do solo (0-10cm) de um transecto de 600m que apresenta alguns pontos de coleta coincidentes com os das trincheiras. Os valores da %C, encontrados nas trincheiras de 0 a 8m, decresceram significativamente da superfície (2,0%) à profundidade de 3m (0,20%) e mantiveram-se constantes até 8m. Não se verificaram diferenças nas concentrações abaixo de 2m entre os diferentes ecossistemas. Nos primeiros 10cm do solo, verificou-se um aumento progressivo no valor da densidade para as condições de floresta, capoeira e pastagem (0,96, 1,07 e 1,24 g.cm-3, respectivamente). Este fato deve-se à compactação do solo provocada pela perda da matéria orgânica e consequentemente às suas alterações físicas. Abaixo dessa profundidade, os valores de densidade foram aproximadamente constantes (1,30 mais ou menos 0,05 g.cm-3). Os valores de encontrados nos primeiros 10cm foram respectivamente de: - 27,3, -26,7, -24,4 %o para floresta, capoeira e pastagem. A quantidade de matéria orgânica no solo derivada da incorporação de vegetação de pastagem foi de 20% desde a mudança de vegetação em 1969 e pôde ser verificada até a profundidade de 25cm. Os valores de aumentaram de 1 a 4%o, com a profundidade no perfil do solo. Não se observaram diferenças entre amostras da mesma profundidade para os diferentes ecossistemas, evidenciando que as áreas de capoeira e pastagem mantiveram em profundidade as mesmas características iniciais do solo da floresta original. Valores de positivos na superfície de floresta, capoeira e pastagem (+138, +126 e +117%o), respectivamente, indicaram que a taxa de incorporação da matéria orgânica no solo ocorreu num período inferior a 30 anos. Os valores de diminuíram rapidamente no primeiro metro de profundidade, atingindo valores de -66%o e mantiveram-se em valores próximos de -750 a -800%o em maiores profunidades. Modelos de ciclagem de carbono no solo foram testados para avaliar as variações nos fluxos de carbono, quando da mudança do tipo de vegetação de floresta para pastagem e posteriormente para capoeira. Foram determinadas a proporção relativa e a taxa de decomposição das frações: ativa (constituída principalmente de detritos vegetais e apresentando um "turnover" de 1 a 3 anos); lenta (com um "turnover" de décadas); e passiva (com um "turnover" de milênios) da matéria orgânica do solo. A redução do aporte de carbono no solo, em pastagens degradadas, promoveu a redução no estoque de carbono e nos valores de do solo. Pastagens manejadas, que receberam fertilizantes fosfatados e foram replantadas com gramíneas mais produtivas, apresentaram um aumento no estoque de carbono no primeiro metro do solo. Este aumento foi parcialmente compensado pelas perdas de carbono em profundidade devido à morte e decomposição de raízes provenientes da floresta. Também se verificou, que houve uma recuperação do estoque de carbono no solo em áreas de capoeira (após 16 anos de abandono da pastagem), devido à elevada taxa de "turnover" do carbono. As principais modificações no estoque de carbono no solo ocorreram na primeira década após a mudança no uso da terra. Os valores isotópicos do carbono mostraram-se um indicador mais sensível das perdas e acúmulo de matéria orgânica no solo se comparado as medidas de conteúdo de carbono. aIsótopo aMatéria Orgânica aUso da Terra aBrasil aPará aParagominas