05273nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000200006024501960008026000160027630000110029250001990030352045150050265000110501765000180502865000080504665000140505465300110506811876402023-01-24 2007 bl uuuu m 00u1 u #d1 aEGITO, A. A. do aDiversidade genética, ancestralidade individual e miscigenação nas raças bovinas no Brasil com base em microssatélites e haplótipos de DNA mitrocondriabsubsídios para a conservação. a2007.c2007 a246 p. aTese (Doutorado em Biologia Molecular) - Departamento de Biologia Celular, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Orientador: Dário Grattapaglia, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. aO Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo e as raças criadas no País podem ser classificadas, de acordo com sua origem, em comerciais e exóticas. As raças exóticas, importadas nos últimos 100 anos, taurinas e zebuínas, compõem atualmente o conjunto populacional de maior influência e manejo intensivo. As raças localmente adaptadas, originadas do gado introduzido pelos colonizadores europeus derivam-se da seleção e dos eventos naturais ocorridos na formação de uma raça. Embora exista um conhecimento histórico a respeito das raças crioulas brasileiras muito pouco se sabe de sua composição genética. Como o progresso da pecuária está relacionado com a variabilidade genética, sua perda poderá restringir as opções, não previstas, para os trabalhos de melhoramento animal. Estudos sobre a diversidade e variabilidade genética da espécie bovina poderão auxiliar decisões a respeito de quais populações devem ser conservadas, quando os recursos são escassos, evitando a duplicação de esforços na manutenção de amostras. Podem ainda assegurar a manutenção da variabilidade genética, evitando que populações de uma mesma raça, que possuam características particulares, sejam descartadas durante o processo de conservação. O objetivo deste estudo foi de avaliar, através de marcadores microssatélites e DNA mitocondrial, os níveis da diversidade genética, a relação filogenética e os padrões de miscigenação existentes entre raças bovinas criadas no Brasil. Todos os microssatélites utilizados foram altamente polimórficos nas 10 raças analisadas. Existe uma redução significativa da heterozigosidade devido à endogamia dentro das populações e à diferenciação genética das subespécies taurina e zebuína. O número de locos que contribui para a diferenciação racial variou entre as duas subespécies, sendo observado um número muito maior para a subespécie taurina quando comparada com a zebuína. Foi observado um número de alelos similares em ambas as subespécies gerando um poder de exclusão para paternidade próximo e consistente. Quatro raças crioulas apresentaram uma maior diversidade genética seguida pelas raças zebuínas, duas raças taurinas especializadas e a raça naturalizada Caracu. A diferenciação genética aos pares foi altamente significativa indicando que todas as raças analisadas podem ser consideradas como entidades genéticas distintas. Um diagrama baseado na análise realizada pelo programa STRUCTURE demonstrou uma introgressão cruzada entre as raças taurinas e zebuínas, i.e. genes indianos nas raças locais e vice-versa. Neste estudo foi possível obter um panorama detalhado a respeito da estrutura genética e diversidade de raças bovinas do Brasil, elucidando várias questões relacionadas com a origem e estrutura das raças criadas no Brasil. Existe uma quantidade significativa de variabilidade genética nas populações analisadas. Dado o custo para manter populações de grandes animais domésticos e o armazenamento de germoplasma criopreservado, este estudo foi além das análises populacionais para investigar a possibilidade de classificar indivíduos dentro de populações visando à conservação da máxima diversidade em números limitados de indivíduos, no sentido de auxiliar na manutenção e manejo nos Núcleos de Conservação, bem como na escolha de animais alvo para a criopreservação de germoplasma. Levando em conta este conceito, foi proposta uma metodologia de priorização de indivíduos dentro de raças, baseada em testes de alocação racial e índices de diversidade genética. Pela análise do DNA mitocondrial, verificou-se uma alta diversidade nucleotídica em 16 raças bovinas brasileiras confirmando os dados históricos de miscigenação e múltiplas introduções. Verificou-se uma alta influência de raças africanas no genoma local e a base taurina da população zebuína criada no Brasil, cuja linhagem materna tem origem nas raças taurinas criadas no País anteriores à sua introdução. Os dados genéticos demonstram que as raças bovinas crioulas constituem um reservatório vasto e importante de diversidade genética para a produção e conservação da espécie bovina. Todas as raças brasileiras naturalizadas estudadas são importantes e viáveis possuindo características únicas tanto fenotípicas, genotípicas, culturais e históricas que merecem que esforços sejam realizados para a sua conservação. aBovino aConservação aDNA aGenética aBrasil