04636nam a2200145 a 450000100080000000500110000800800410001910000170006024501670007726001150024450001140035952039780047365000190445165000200447021523362023-03-14 2022 bl uuuu m 00u1 u #d1 aSILVA, M. S. aPerfil dos compostos orgânicos voláteis de espécies utilizadas como culturas intercalares do agrossistema citrícola do estado da Bahia.h[electronic resource] aDissertação (Mestrado em Biodiversidade e Evolução ) - Universidade Federal da Bahia, Cruz das Almasc2022 aOrientadora: Drª. Alessandra Selbach Schnadelbach; Coorientadora: Drª. Cristiane de Jesus Barbosa. (CNPMF). aResumo: A citricultura é econômica e socialmente importante para o Brasil, estando presente em todo território, sendo cultivada em diferentes agroecossistemas. O estado da Bahia é o quarto maior produtor nacional, e caracteriza-se por ter 80% da produção na agricultura familiar, onde os citros são cultivados em associação com culturas intercalares. O principal desafio da citricultura é o controle de pragas e doenças que afetam a sua produtividade. No estado da Bahia existem várias doenças presentes importantes. Entretanto, a mais ameaçadora é o huanglongbing dos citros (HLB), doença quarentenária, considerada como a mais devastadora para a cultura em todo mundo. O HLB é causado por bactérias do gênero Candidatus Liberibacter, transmitida por material propagativo infectado e pelo psilídeo Diaphorina citri Kuwayama. Plantas intecalares podem influenciar a população de pragas e a incidência de patógenos da cultura principal e são utilizadas no manejo fitossanitário de cultivos agrícolas como os citros. Sabe-se que a interação das plantas intercalares com insetos e patógenos são grandemente mediados por semioquímicos como os compostos orgânicos voláteis (COVs), um conhecimeno que é utilizado em linhas de investigação para o manejo sustentável de pragas e doenças da citricultura. Considerando os aspectos abordados, os objetivos dete trabalho foram: i. Identificar os perfis dos compostos orgânicos voláteis de três culturas intercalares utilizadas no agroecossistema citrícola do estado da Bahia: feijoeiro cv. 'Mulatinho' (Phaseolus vulgaris L.); mandioca cv. 'Aipim Eucalipto' (Manihot esculenta Crantz) e maracujazeiro-amarelo, genótipo Embrapa BGP 418 (Passiflora edulis Sims.) e ii. Elaborar uma revisão de literatura que reúna o conhecimento sobre os COVs associados ao patossistema do HLB dos citros e ao manejo da doença. Para detecção dos COVs nas três espécies intercalares foi utilizada a técnica de extração em fase sólida por headspace (HS-SPME) e os compostos foram separados por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GCMS). Foram identificados 24 COVs, sendo 21 compostos para o maracujazeiro-amarelo, 14 para a mandioca e 20 para o feijoeiro. Foram identificados compostos que ainda não haviam sidos relatados para o perfil de COVs das respectivas espécies. A maioria dos compostos pertenceu à classe dos aldeídos e álcoois. 50% dos compostos foram voláteis de folhas verdes (green leaf volatiles). A maioria dos COVs identificados nas três espécies intercalares já foram associados a pragas e doenças de plantas e eles podem ser a base de futuros estudos de atratividade/repelência de pragas e patógenos de interesse para citricultura baiana, incluindo o vetor do HLB dos citros. A revisão da literatura apresenta o conhecimento disponível até o momento sobre a ação de COVs produzidos por plantas no manejo das populações naturais do D. citri e do HLB, organizado em sete sessões: 1. Introdução, 2. Preferência e atratividade de D. citri para espécies de Rutaceae, 3. COVs de espécies de Rutaceae associadas à ecologia química de D. citri, 4. O uso de plantas não hospedeiras no controle do HLB, 5. Voláteis de plantas não hospedeiras como fonte de tratamento químico, 6. A estratégia push pull no manejo do HLB e 7. COVs associados ao biocontrole do D. citri por Tamarixia radiata (Waterston). A revisão revelou que o HLB é um patossistema complexo, no qual o uso de compostos naturais ou sintéticos no manejo do D. citri é afetado por diversos fatores, como o sinergismo e a dosagem dos COVs. Existe progresso na identificação de plantas e semioquímicos atrativos e repelentes para D. citri que podem gerar ações que podem ajudar a reduzir a propagação da doença, entretanto, ainda não há uma estratégia que já tenha sido incorporada com sucesso no campo, o que pode estar relacionado à falta de dados. aFruta Cítrica aPraga de Planta