02639naa a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001902200140006002400510007410000180012524501770014326000090032052019750032965300260230465300260233065300190235670000200237577300500239521426372022-05-04 2021 bl uuuu u00u1 u #d a0102-51987 adoi.org/10.4025/bolgeogr.v39.a2021.e617112DOI1 aAMORIM, M. A. aA experiência de produção de café na Serra de Baturité?Cearábaprendizado empírico e os reveses causados pelas políticas cafeeiras do Brasil.h[electronic resource] c2021 aO artigo analisa a experiência da cultura do café na região da Serra de Baturité - Ceará, desde o século XVIII até os dias atuais, destacando, nos diferentes ciclos da cafeicultura na região, a interação desse cultivo com o meio ambiente, as políticas públicas federais para o setor, e o processo de desenvolvimento de estratégias produtivas adequadas aos ambientes de montanha locais, por parte dos produtores. Na linha de um estudo de caso, a metodologia utilizada incluiu análise documental e bibliográfica, observação e pesquisa participante, bem como entrevistas semiestruturadas com atores-chave. Inicialmente, o cultivo do café na região seguiu o sistema de pleno sol. Esse método levou a derrubada da vegetação nativa, perdas de produtividade e findou por frustrar resultados econômicos. Em períodos seguintes, os produtores alternaram diferentes modalidades de cultivo, causando, cada um, impactos econômicos e repercussões ambientais distintos. Na década de 1970, desconsiderando perspectivas favoráveis de experiências locais com o cultivo sombreado, a imposição pelo Governo Federal do Programa de Renovação e Revigoramento dos Cafezais (PRRC), que preconizava o uso do sistema ao sol, provocou forte crise na região, incluindo danos ambientais e prejuízos econômicos não só para os cafeicultores, mas para a economia regional como um todo. Após a quase eliminação da cultura na região, a partir da década de 1990 um grupo de produtores locais retomou o sistema sombreado, desta feita associado a novas práticas produtivas e comerciais. A cafeicultura associa-se com turismo, artesanato e cultura, utilizando a paisagem de montanha como elemento integrador, reforçando a harmonia entre a produção do grão, a conservação ambiental e o desenvolvimento de outras atividades produtivas relacionadas. A abordagem promove a pluriatividade e assim enseja novas e promissoras oportunidades produtivas para a região. aAmbientes de montanha aDesenvolvimento local aPluriatividade1 aASSIS, R. L. de tBoletim de Geografiagv. 39, p. 459-476, 2021