05093nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501080008326000510019150002180024252043010046065000120476165000090477365000220478265000190480465000130482365000200483665300310485621348142023-11-27 2002 bl uuuu m 00u1 u #d1 aMEDEIROS, M. B. de aEfeitos do fogo nos padrões de rebrotamento em plantas lenhosas, em campo sujo.h[electronic resource] aBrasília, DF: Universidade de Brasíliac2002 aTese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília, como requisito parcial â obtenção do título de Doutor em Ecologia. afo rebrotamento a partir de estruturas subterrâneas é uma característica comum a várias espécies lenhosas do cerrado, constituindo uma adaptação à ocorrência de queimadasj Este estudo teve como objetivos avaliar os efeitos do comportamento e do regime de fogo sobre a capacidade de rebrotamento de espécies lenhosas, em uma área de campo sujo submetida a queimadas anuais prescritas. A área de estudo, com cerca de 1 ha, localiza-se na Reserva Ecológica do IBGE, Brasília-DF e encontrava-se protegida do fogo por 23 anos. Foram identificados e inventariados em altura e diâmetro todos os indivíduos com diâmetro igual ou superior a 2,0 cm, a 30 cm do solo, em uma área de 2500 m,2 no centro da área de 1 ha. A área foi submetida a queimadas prescritas, na estação seca (agosto), em 1998,1999 e 2000. O comportamento do fogo em cada queimada foi avaliado considerando os parâmetros de quantidade, qualidade e umidade do combustível, intensidade do fogo, calor liberado, velocidade da frente de fogo e eficiência de combustão. Os indivíduos foram novamente inventariados após cada queimada. O tipo de rebrotamento foi avaliado e as rebrotas a partir de estruturas subterrâneas foram marcadas e mensuradas em altura, comprimento e diâmetro, após cada queimada prescrita. Foram também avaliados o tipo de rebrota por indivíduo e por espécie e calculados o número de caules destruídos e o índice de entouceiramento. As diferenças entre as queimadas para as taxas de mortalidade e estrutura da vegetação foram avaliadas através de teste de porcentagens. Foram realizados cortes anatômicos para os tecidos subterrâneos de algumas espécies, com o objetivo de avaliar a distribuição de amido e definir as estruturas de armazenamento desta substância. Foram inventariados 636 indivíduos distribuídos em 36 espécies. As taxas de mortalidade observadas variaram entre 21,9% e 7,5%, sendo superiores aos dados de literatura para o Cenrado.[A mortalidade afetou os indivíduos de menor porte, entre 1,0 e 2,0 m de altura e entre 2,0 e 3,0 cm de diâmetro. As rebrotas aéreas e basais foram os tipos predominantes, com valores superiores a 80% dos indivíduos. Considerando os dados de “top kill” e de mortalidade de indivíduos, o número de caules destruídos variou entre 53,10%, após a primeira queimada, até 77,80%, após a terceira queimada. Estes dados podem ser conseqüência dos danos sucessivos das queimadas e/ou depleção de substâncias de reserva nos órgãos subterrâneos] Foram avaliadas e mensuradas um total de 1307 rebrotas que surgiram após cada queimada, fo principal impacto das queimadas foi a redução no número de rebrotas com a continuidade das queimadas, sendo o número inicial de 684 e o número fina! de 248.^0 porte das rebrotas, incluindo os dados de altura, comprimento e diâmetro, praticamente não foi afetado pelas queimadas sucessivas. Foram observadas taxas elevadas de mortalidade de rebrotas, após a segunda e terceira queimadas, com valores de 34,8% e 37,8%, respectivamente. É provável que o intervalo entre queimadas freqüentes seja insuficiente para a regeneração de grande parte dos indivíduos através de rebrotas.^/As taxas de mortalidade variaram entre as espécies, sugerindo a existência de grupos de espécies sensíveis e espécies tolerantes ao fogo. Em geral, as espécies apresentaram tipos de rebrotamento mistos, com rebrotas aéreas, basais e subterrâneas. Isto pode significar que o tipo de rebrota está relacionado com o porte dos indivíduos e não é específica para cada espécie. A redução no número de rebrotas com a continuidade das queimadas também variou entre as espécies, evidenciando diferenças na capacidade de rebrotamento^Em relação às estruturas de armazenamento de amido nos tecidos subterrâneos, as espécies Davilla elliptica e Acosmium dasycarpum apresentaram diferenças em relação às outras espécies. Nestas duas espécies, o amido se concentrou nos raios do parênquima do xilema, padrão característico de espécies com capacidade elevada de rebrotamento. Porém, é provável que o regime atual de queimadas seja insuficiente para a recuperação das reservas de amido subterrâneas, tomando as espécies mais vulneráveis às queimadas. aCerrado aFogo aImpacto Ambiental aPlanta Lenhosa aQueimada aReflorestamento aCapacidade de rebrotamento