04729nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000200006024501360008026000150021630000100023150001670024152040510040865000220445965000110448165000170449265000140450965300120452321136882019-10-31 2019 bl uuuu m 00u1 u #d1 aSOUZA, C. G. de aProdução e processo de downstream de lipopeptídeos fungicidas produzidos pelo bacillus subtilis cnpms 22.h[electronic resource] a2019c2019 a109p. aTese (Doutorado em Engenharia Química) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. Orientador: Dr. Edy Sousa de Brito. Coorientador: Dr. Kirley Marques Canuto. aA busca por produtos naturais com capacidade de controlar fitopatógenos é uma necessidade crescente devido à preocupação tanto pela segurança alimentar quanto pelo meio ambiente. Neste contexto, o Bacillus subtilis se destaca devido ao seu potencial em produzir uma grande variedade de lipopeptídeos com atividade antifúngica. Portanto, o objetivo geral do presente trabalho foi quantificar, purificar e verificar a ação fungicida dos lipopeptídeos produzidos pelo B. subtilis CNPMS 22. Para tal, inicialmente foi desenvolvido e validado um método de quantificação dos lipopeptídeos em cromatografia de ultra performance com detector quadrupolo (UPLC-QDA) com o modo de monitoramento de íons (SIM). O modo SIM foi utilizado para detecção e quantificação dos lipopeptídeos exibindo íons [M + H] + para as iturinas e surfactinas e [M + 2H] 2+ para as fengicinas. Os íons monitorados foram: m / z 1043,5; 1057,5; 1071,5; 718,3; 725,4; 739,4; 732,4; 746,4; 753,4; 1008,6; 1022,6 e 1036,6. Os compostos foram separados por cromatografia líquida de fase reversa utilizando uma coluna analítica C18 num tempo total de 19 min. Posteriormente, foi realizado um estudo de ampliação de escala de fracionamento das famílias de lipopeptídeos utilizando a cromatografia líquida de alta performance (HPLC), tanto na escala semi-preparativa como na escala preparativa. Também foi avaliado a utilização da partição líquido-líquido na separação dos compostos e verificou-se a viabilidade de associação da partição com a HPLC, tanto em escala semi-preparativa e como em escala preparativa. Para os testes de ampliação de escala com HPLC diferentes cargas foram utilizadas (20, 40, 60 e 80 mg). Nesta etapa foram avaliados o consumo de solvente, produtividade e rendimento. Na partição foi realizado testes de proporções de solvente visando determinar a condição ideal para a separação dos lipopeptídeos. Em seguida, foi realizado um estudo para avaliar a atividade fungicida das famílias de lipopeptídeos e do extrato bruto, contra o Colletotrichum musae (agente da antracnose), Fusarium pallidoroseum (agente da fusariose) e o Lasiodiplodia caatigensis (agente da resinose), também foi verificada a concentração inibitória mínima (CIM) e a citotoxicidade. Os resultados mostraram que o método analítico de quantificação proposto foi capaz de quantificar simultaneamente 12 isoformas e séries homólogas de famílias lipopeptídeos em amostras biológicas. Com relação ao estudo de ampliação de escala, os resultados indicaram que a ampliação da carga de injeção pode ser realizada até 60 mg, em ambas as escalas. Comparando os resultados obtidos entre as escalas, notou-se que na escala preparativa o consumo de solvente foi 4 vezes maior (4,35 mL mg-1 ) quando comparado ao da escala semi-preparativa (1 mL mg-1 ), porém sua produtividade foi 2 vezes maior (0,0084 kg dia-1 kg -1 ), isso para a carga de 60 mg. Resultados satisfatórios foram apresentados pela partição líquido-líquido na obtenção individual da família de surfactina. O estudo da associação da HPLC com a partição líquido-líquido revelou que a associação é vantajosa quando se trabalha em escala preparativa e particionando, inicialmente, 20 mg do extrato bruto. Já os resultados da avaliação da atividade fungicida mostrou que a família de fengicina é ideal para o combate ao agente da fusariose, pois apresentou a menor CIM, com 0,0002 mg mL-1 e a família de surfactina para o combate ao agente da antracnose, pois apresentou a menor CIM, com 0,0003 mg mL-1 . A baixa citotoxicidade das frações revela um resultado positivo para a aplicabilidade dos lipopeptídeos no controle de fitopatógenos, uma vez que, não afetaram as células humanas. Diante do exposto, pode-se concluir que o B. subtilis CNPMS 22 fornece um bio-recurso alternativo para o controle de fitopatógenos, pois os lipopeptídeos produzidos apresentam atividade antifúngica, podendo ser utilizados com um defensivo natural. aBacillus subtilis aIturin aLipopeptides aSurfactin aIturina