03732nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501090008326000160019230000110020850001540021952030630037365000140343665000120345065000100346265300220347265300150349465300170350920460942023-02-09 2015 bl uuuu m 00u1 u #d1 aSILVA, N. da S. e. aPeriodontite em ovinos no Estado do Parábetiologia, aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos. a2015.c2015 a104 f. aTese (Doutorado em Ciência Animal) - Universidade Federal do Pará: Embrapa Amazônia Oriental: Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, PA. aO presente trabalho relata os aspectos epidemiológicos, clínico-patológicos e bacteriológicos do primeiro registro de periodontite em ovinos no Brasil, ocorrido em uma propriedade rural no município de Benevides, Pará. O surto ocorreu aproximadamente um mês após o pastejo na área de Panicum maximum cv. Massai, a qual sofreu práticas agrícolas, quando foi observado aumento de volume na mandíbula em alguns animais, em sua maioria com idade acima de 36 meses. Foi realizado o exame clínico extra-oral dos 545 ovinos e verificou-se aumento de volume da mandíbula em 3,7%. Os animais acometidos apresentavam baixo escore corporal, pelos arrepiados e sem brilho, alguns com afrouxamento e perda dos dentes pré-molares e molares inferiores e superiores, formação de abscesso e fistula no local acometido, demonstração de dor à palpação e dificuldade de mastigação. Das 39 cabeças de animais jovens analisadas no exame macroscópico post-mortem, 51,3% apresentavam lesões periodontais e das 38 analisadas após a maceração, 73,7% também apresentavam lesões. Das cabeças com lesões no exame post-mortem, em 45% as lesões encontravam-se na maxila, 15% na mandíbula e 40% nas duas estruturas (maxila e mandíbula). Nas cabeças com lesões após a maceração, 50% encontravam-se na maxila e 50% na maxila e mandíbula. Das 17 cabeças de animais adultos analisadas no exame post-mortem e após a maceração, todas apresentavam lesões periodontais. No exame post-mortem, 11,8% apresentavam lesões na mandíbula e 88,2% nas duas estruturas; após a maceração, 5,9% na maxila, 11,8% na mandíbula e 82,3% nas duas estruturas. Os achados histopatológicos revelaram processo inflamatório piogranulomatoso. Para caracterização da microbiota bacteriana subgengival de 14 ovinos com periodontite foi realizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para pesquisa de micro-organismos pertencentes ao complexo vermelho de Socransky (Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e Treponema dentico/a) e outros possíveis periodontopatógenos Gram-negativos e Gram-positivos. Em 50% das amostras foi possível identificar Porphyromonas gingivalis, em 92,8% Tannerella forsythia e em 78,5% Treponema dentico/a. Os três periodontopatógenos pertencentes ao complexo vermelho ocorreram concomitantemente em 42,8% das amostras. Foram identificados ainda em pelo menos um animal examinado Campy/obacter rectus, Eikenella corrodens, Enterococcus faecium, Fusobacterium nucleatum, Prevotella intermedia, Prevotella /oeschii e Prevotella nigrescens. Não foram detectados nas 14 amostras Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Dialister pneumosintes, Enterococcus faecalis e Porphyromonas gu/ae. Os resultados permitem concluir que a periodontite ovina ocorrida no município de Benevides - P A possui etiologia infecciosa e acometeu um significativo número de animais, diversos com abaulamento da mandíbula; teve alta incidência nos jovens e envolveu a totalidade dos animais adultos examinados post-mortem e após a maceração. aBactéria aDoença aOvino aBolsa periodontal aDentição aPeriodontite