04249nam a2200217 a 450000100080000000500110000800800410001910000180006024501600007826000160023850001760025452034340043065000190386465000250388365000130390865000200392165000240394165000210396565300230398665300220400920460932021-12-22 2016 bl uuuu m 00u1 u #d1 aSOARES, B. V. aEfeitos antiparasitários e fisiológicos de Lippia spp. (Verbenaceae) em Colossoma macropomum e uso dessas plantas na medicina veterinária e aquicultura. a2016.c2016 aTese (Doutorado em Biodiversidade Tropical) - Universidade Federal do Amapá, Macapá. Orientador: Dr. Marcos Tavares-Dias; coorientador: Dr. Francisco Célio Maia Chaves. aO uso de produtos naturais em aquicultura e medicina veterinária vem ganhando destaque na busca de substâncias bioativas que causam menos danos aos animais, à natureza e ao homem, e nesse contexto o gênero Lippia se destaca pela potencial atividade terapêutica. Esse estudo investigou a atividade antiparasitária, in vitro e in vivo, os efeitos sanguíneos e histopatológicos dos óleos essenciais de Lippia alba (MiII.) N. E. Brown, Lippia sidoides Cham. 1832 e Lippia origanoides Kunth (Verbenaceae) em Colossoma macropomum Cuvier, 1818, naturalmente infectados. Os constituintes majoritários do óleo essencial de L. alba (LA) foram: carvona (61,7%) e limoneno (17,5%); do óleo essencial de L. sidoides (LS) foram: timol (64,5%) e p-cimeno (11,7%); e do óleo essencial de L. origanoides (LO) foram: carvacrol (49,7%), p-cimeno (13,3%) e timol (9,9%). Nos ensaios antiparasitários in vitro, monogenoideas Anacanthorus spathulatus, Notozothecium janauachensis e Mymarothecium boegeri das brânquias de C. macropomum foram expostas a diferentes concentrações desses três óleos essenciais. Os resultados in vitro indicaram efeito dose-dependente dos óleos essenciais, os quais mostraram 100% de eficácia em até uma hora de exposição 2560 e 1280 mg/L de LA, 360 e 160 mg/L de LS e 320 e 160 mg/L de LO. Nos testes in vivo, através de banhos terapêuticos, com 100 e 150 mg/L de LA, 10 e 20 mg/L de LS e 20 e 40 mg/L de LO não houve eficácia contra monogenoideas nas brânquias C. macropomum. Essas baixas concentrações desses três óleos essenciais foram usadas devido ao efeito anestésico das substâncias, cujos tempos de exposição foram de 30 minutos para as maiores e 60 minutos para as menores concentrações. Em C. macropomum, o óleo essencial LA causou alterações nos de níveis de glicose plasmática, proteínas plasmáticas totais, hemoglobina, hematócrito, número de eritrócitos, trombócitos, leucócitos totais, linfócitos, eosinófilos e neutrófilos. O óleo essencial de LS não influenciou os níveis de glicose e proteínas totais plasmáticas, mas reduziu o número de eritrócitos totais; enquanto óleo essencial de LO causou aumento nos níveis de proteínas totais, número de monócitos e neutrófilos, e aumentou o hematócrito dos peixes. Logo após banhos terapêuticos e depois de 24 horas de recuperação dos peixes, a tais concentrações dos diferentes óleos essenciais, a avaliação histopatológica das brânquias mostrou que LA e LS causaram alterações severas e danos irreversíveis, enquanto que o óleo essencial LO causou danos leves a moderados. As lesões observadas foram hiperplasia e fusão do epitélio lamelar, dilatação capilar, descolamento do epitélio e aneurisma lamelar, ruptura epitelial com hemorragia, congestão, edema e necrose, proliferação de células mucosas e células de cloreto e hipertrofia lamelar. Nenhum dos três óleos essenciais pode ser recomendado para banhos terapêuticos nas condições testadas devido aos efeitos anestésicos e alterações sanguíneas e histopatológicas causadas aos peixes, apesar da eficácia antiparasitária in vitro. Assim, devido esse potencial bioativo, in vitro, dos óleos essenciais de L. alba, L. sidoides e L. origanoides, estudos utilizando os seus constituintes químicos majoritários deveriam ser conduzidos, para testar in vivo os efeitos contra parasitos de C. macropomum. aBiodiversidade aColossoma Macropomum aEcologia aEcologia animal aPeixe de água doce aPlanta medicinal aPlantas medicinais aProdutos naturais