07205nam a2200229 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024500580008226000160014030000100015650001640016652064950033065000180682565000130684365300150685665300140687165300310688565300110691665300270692765300210695420367372016-02-15 2015 bl uuuu m 00u1 u #d1 aALMEIDA, F. M. de aSemente de seringueira na alimentação de cordeiros. a2015.c2015 a62 f. aTese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga, BA. Co-orientador: Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, Embrapa Gado de Leite. aObjetivou-se com o trabalho avaliar o efeito da inclusão de semente de seringueira (SS) na dieta, sobre a cinética de produção de gases e degradabilidade in vitro e também sobre o consumo a digestibilidade, os balanços hídrico e de nitrogênio, o desempenho, o comportamento ingestivo, as características da carcaça e dos componentes não carcaças de 36 cordeiros machos, 1/2 Santa Inês x 1/2 Dorper, castrados, com peso corporal médio de 19,59 +- 3,39 kg e idade média de seis meses. Nos estudos in vitro, as dietas foram formuladas com relação volumoso/concentrado de 40:60, e inclusão (0,0; 80,0; 160,0 e 240,0 g/Kg de MS) da SS na matéria seca (MS) da dieta. Foram utilizados 64 frascos distribuídos em 4 dietas experimentais e 16 repetições. A pressão foi medida utilizando um transdutor de pressão nos tempos de 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 17, 20, 24, 28, 34, 48, 72 e 96 horas após a incubação. Para determinação da degrabilidade in vitro, amostras das dietas foram armazenadas em sacos de poliéster ANKON, e foram submetidas ao mesmo procedimento metodológico da cinética de produção de gases. No total foram 76 frascos distribuídos em 4 dietas, 3 tempos (12, 24 e 96h) e 6 repetições por tempo. A mesma dieta foi utilizada nos experimentos com ovinos sendo designadas às unidades experimentais em delineamento inteiramente casualizado, sendo quatro dietas experimentais com nove repetições. Ao final de 56 dias de experimento, os animais foram abatidos e as características de carcaça e dos componentes não-carcaça foram avaliados. Nos estudos in vitro, a inclusão da SS proporcionou efeito quadrático na produção de gases oriundo da fração não fibrosa da dienta e tem seu ponto máximo estimado em 70,59 g/Kg de inclusão da SS na dieta. O mesmo comportamento foi observado para o VFT em que o ponto máximo estimado é de 57,13 g/Kg da SS. O período de latência aumentou linearmente à inclusão da SS. O VFCF assim como as taxas de degradação das frações fibrosas e não fibrosas não foram influenciadas pela inclusão de SS nas dietas. A incubação até as 12 horas após o início do procedimento não foi suficiente para serem encontradas diferenças na degradabilidade da MS dos substratos. A partir de 24 horas de incubação foi possível observar diferenças sifgnificativas na degradabilidade da MS que tiveram comportamento quadrático em que o ponto de máximo estimado seria encontrado com a inclusão de 96,25 g/Kg da SS na dieta. Após 96 horas de incubação, a inclusão da SS inferiu diminuição linear na degradabilidade das dietas. Não houve efeito na concentração dos ácidos graxos acético, propiônico e butírico entre as dietas avaliadas nos tempos de 12 e 24 horas. A inclusão da SS influenciou negativamentte o consumo de MS (CMS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT). Por outro lado, o consumo de extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigido para cinzas e PB (FDNcp) e FDN indigestível, aumentaram a função da inclusão de SS. Houve diminuição linear na digestibilidade aparente da MS, MO, FDNcp e dos CNF com o aumento dos níveis de SS nas dietas, assim como para o NDT. O consumo, a excreção fecal e a quantidade retida de nitrogênio (N) diminuíram linearmente assim como o consumo da água. Ocorreu melhor utilização da água em função do CMS das dietas com níveis da SS. A excreção de água na urina, o balanço hídrico e o consumo de água em função do CMS diminuíram linearmente em função da inclusão de SS nas dietas. A conversão alimentar não foi influenciada pelas dietas, no entanto, a inclusão da SS nas dietas influenciou negativamente o desempenho. A inclusão da SS promoveu aumento linear no tempo despendido na alimentação (min/dia, mim/Kg, min/Kg FDNcp) e ruminação (min/dia e min/Kg MS), em contrapartida, houve decréscimo no tempo destinado ao ócio. O tempo em minutos por período de alimentação aumentou e o tempo por período de ócio, diminuiu linearmente em função da inclusão da SS nas dietas. Ocorreu maior participação do tempo em alimentação e ruminação e menor participação do tempo em ócio em percentual do tempo (% em 24h) com a inclusão da SS nas dietas. A quantidade de MS consumida durante cada período de refeilçao, a eficiência alimentar para MS e FDNcp, assim como a eficiência de ruminação de MS diminuíram linearmente a inclusão de SS na dieta, e efeito contrário ocorreu para o número de bolos ruminais (nº/dia), a quantidade de gramas por bolo ruminal e o tempo (h) de mastigação total. O peso ao abate dos cordeiros foi similar entre as dietas avaliadas, no entanto houve diferença para o peso de corpo vazio (PCV), de carcaça quente e fria que diminuíram linearmente à inclusão da SS nas dietas assim como os pesos de carcaça quente e fria. A perda de peso por resfriamento houve efeito quadrático e seu ponto mínimo estimado em 86,6 g/Kg da SS. As carcaças apresentaram diminuição linear no grau de cobertura de gordura e na conformação da carcaça em função da inclusão da SS nas dietas e efeito quadrático foi observado para a espessura de gordura subcutânea com ponto de máximo estimdo em 48,4 g/Kg da SS na dieta. Ocorreu decréscimo linear nos pesos da meia carcaça (PMC), pernil e do lombo. Quando comparado as médias dos pesos dos cortes em percentual ao PMC, apenas houve diferença para o lombo, apresentado comportamento linear decrescente em função da inclusão da SS à dieta. Os pesos da cabeça, pele, gordura omental, gordura mesentérica e gorduras internas totais regrediram de modo linear à inclusão de SS nas dietas. Na proporção dos componentes não-carcaça em função do PCV, apenas houve efeito significativo para o trato gastrointestinal que aumentou sua proporção em função dos níveis da SS nas dietas. A inclusão de até 240,0 g/Kg na dieta confere desempenho animal compatível com sistemas de confinamento que visem de médio a alto desempenho. A presença da casca da semente nas dietas pode ter sido a principal responsável pela limitação ao consumo e interferência nos parâmetros ligados à ruminação. A utilização de produtos regionais como a semente de seringueira na alimentação de cordeiros pode ser uma alternativa para diminuir dependência de alimentos tradicionalmente utilizados em sistemas de produção. aAlimentação aBorracha aCoprodutos aCordeiros aLipídeos na alimentação aOvinos aSemente de seringueira aSustentabilidade