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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Unidades Centrais. |
Data corrente: |
28/04/2020 |
Data da última atualização: |
13/05/2020 |
Tipo da produção científica: |
Capítulo em Livro Técnico-Científico |
Autoria: |
SANTANA, C. A. M.; SOUZA, G. da S. e; CAMPOS, S. K.; DEL'ARCO SANCHES, I.; GOMES, E. G.; SANO, E. E. |
Afiliação: |
CARLOS AUGUSTO MATTOS SANTANA, SIRE; GERALDO DA SILVA E SOUZA, SIRE; SILVIA KANADANI CAMPOS, SIRE; IEDA DEL'ARCO SANCHES, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE; ELIANE GONCALVES GOMES, SIRE; EDSON EYJI SANO, CPAC. |
Título: |
Dinâmicas agropecuárias e socioeconômicas no Cerrado, de 1975 a 2015. |
Ano de publicação: |
2020 |
Fonte/Imprenta: |
In: BOLFE, E. L.; SANO, E. E.; CAMPOS, S. K. (Ed.). Dinâmica agrícola no cerrado: análises e projeções. Brasília, DF: Embrapa, 2020. v. 1, cap. 5, p. 141-192. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
Fruto de uma espetacular transformação experimentada a partir dos anos 1970 (Salim, 1986), a região do bioma Cerrado passou a desempenhar rapidamente um papel fundamental na segurança alimentar do País e do mundo. Considerado até a década de 1960 como pouco apto para o desenvolvimento de atividades agrícolas, o Cerrado se converteu na principal região produtora de alimentos do Brasil. Esse fenômeno teve como principais alicerces: a ciência, a tecnologia, o empreendedorismo dos produtores, o preço da terra, as melhorias da infraestrutura, a dinâmica dos mercados e as políticas públicas (Rezende, 2002; Castro, 2003; Muller; Martha Júnior, 2008; Contini et al., 2010). As características do desenvolvimento observado incluem o papel central exercido pela acentuada evolução dos níveis de produtividade, especialmente após 1995, e pela crescente convivência harmônica das explorações agropecuárias com a utilização sustentável dos recursos naturais.No triênio 1975?1977, a produção brasileira de soja, carro-chefe da agricultura nacional, totalizou, em termos médios, 11,2 milhões de toneladas. Naquele período, o Cerrado teve uma participação média de 8% no total produzido dessa oleaginosa. Aproximadamente quatro décadas mais tarde, isto é, em 2014?2016, a contribuição média da região foi de 93,5 milhões de toneladas, ou seja, 52% da quantidade produzida pelo País naqueles 3 anos. Fato similar ocorreu com a participação do Cerrado na produção de outros três produtos de destaque da pauta agrícola do Brasil: o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Especificamente, a contribuição da região para a produção desses três produtos aumentou, respectivamente, de 22%, 29% e 30% em 1975?1977 para 54%, 51% e 96% em 2014?2016.A região também tem um papel expressivo na pecuária bovina, porém, em contraste com o observado com as culturas mencionadas anteriormente, a participação do Cerrado no rebanho bovino brasileiro é relativamente menor. Conforme assinalado no Capítulo 1, o rebanho bovino aumentou de 34% em 1975 para 41% em 1993 e posteriormente diminuiu ao longo dos anos, situando entre 35% e 36% no período 2005?2015 (IBGE, 2018). Como sugerem os dados supracitados, o Cerrado foi palco de um processo de mudanças rápidas e profundas nos últimos 40 anos no setor agropecuário. Esse processo não ocorreu de forma homogênea nas suas 110 microrregiões (Anexo A). Algumas registraram grande expansão, outras experimentaram mudanças menores, resultando, em alguns casos, na queda da sua contribuição para a formação do produto interno bruto (PIB) da região. Conforme esses fatos, o objetivo geral deste capítulo é contribuir para um melhor entendimento sobre as principais mudanças observadas no perfil agropecuário e socioeconômico do Cerrado no período entre 1975 e 2015. Ênfase das análises é dirigida em um primeiro momento às microrregiões do bioma e posteriormente àquelas mais dinâmicas em termos de contribuição para o valor da produção das culturas temporárias (exemplo: as de arroz, feijão, soja, milho, algodão, etc.) e expansão do rebanho bovino no período considerado. A dinâmica espaço-temporal das culturas permanentes tem sido menos acentuada em relação às culturas temporárias. Dessa forma, menor atenção relativa é dada aos processos de mudanças relacionadas com essas culturas.Em termos específicos, o presente capítulo busca responder as seguintes questões: como a agricultura se deslocou espacialmente entre as diferentes microrregiões do Cerrado ao longo dessas quatro décadas? A dinâmica de deslocamento provocou alguma concentração espacial da produção? Quais microrregiões do Cerrado apresentaram maior dinamismo em termos de aumento da sua contribuição para o valor da produção das culturas temporárias e para o crescimento do rebanho bovino nos últimos 40 anos? Quais mudanças foram observadas no perfil agropecuário e socioeconômico das microrregiões mais dinâmicas do Cerrado no período 1975?2015? O que ocorreu com o rebanho bovino e com a área cultivada com as culturas temporárias nos municípios que mais se destacaram nessas microrregiões? O capítulo foi organizado em quatro seções contadas a partir dessa introdução. A segunda seção apresenta as metodologias utilizadas para identificar as principais dinâmicas espaciais observadas no Cerrado nos últimos 40 anos. Ademais, fornece uma medida aproximada da intensidade das mudanças registradas. A seção inclui também as metodologias usadas para: identificar as microrregiões mais dinâmicas em termos da evolução do valor da produção das culturas temporárias e do rebanho bovino; examinar as dinâmicas socioeconômicas em microrregiões selecionadas; e analisar as transformações agrícolas e pecuárias ocorridas no âmbito de alguns municípios. Os resultados obtidos por meio dessas metodologias são objeto da terceira seção. Posteriormente, algumas reflexões finais são apresentadas a título de conclusão do capítulo 5 MenosFruto de uma espetacular transformação experimentada a partir dos anos 1970 (Salim, 1986), a região do bioma Cerrado passou a desempenhar rapidamente um papel fundamental na segurança alimentar do País e do mundo. Considerado até a década de 1960 como pouco apto para o desenvolvimento de atividades agrícolas, o Cerrado se converteu na principal região produtora de alimentos do Brasil. Esse fenômeno teve como principais alicerces: a ciência, a tecnologia, o empreendedorismo dos produtores, o preço da terra, as melhorias da infraestrutura, a dinâmica dos mercados e as políticas públicas (Rezende, 2002; Castro, 2003; Muller; Martha Júnior, 2008; Contini et al., 2010). As características do desenvolvimento observado incluem o papel central exercido pela acentuada evolução dos níveis de produtividade, especialmente após 1995, e pela crescente convivência harmônica das explorações agropecuárias com a utilização sustentável dos recursos naturais.No triênio 1975?1977, a produção brasileira de soja, carro-chefe da agricultura nacional, totalizou, em termos médios, 11,2 milhões de toneladas. Naquele período, o Cerrado teve uma participação média de 8% no total produzido dessa oleaginosa. Aproximadamente quatro décadas mais tarde, isto é, em 2014?2016, a contribuição média da região foi de 93,5 milhões de toneladas, ou seja, 52% da quantidade produzida pelo País naqueles 3 anos. Fato similar ocorreu com a participação do Cerrado na produção de outros três produtos de destaque da pauta ... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Dinâmica geográfica; Sustentabilidade. |
Thesagro: |
Cerrado; Mudança Climática. |
Categoria do assunto: |
-- |
URL: |
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/212959/1/Dinamicas-agroopecuaias-e-socioeconomica-no-cerrado.pdf
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Marc: |
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As características do desenvolvimento observado incluem o papel central exercido pela acentuada evolução dos níveis de produtividade, especialmente após 1995, e pela crescente convivência harmônica das explorações agropecuárias com a utilização sustentável dos recursos naturais.No triênio 1975?1977, a produção brasileira de soja, carro-chefe da agricultura nacional, totalizou, em termos médios, 11,2 milhões de toneladas. Naquele período, o Cerrado teve uma participação média de 8% no total produzido dessa oleaginosa. Aproximadamente quatro décadas mais tarde, isto é, em 2014?2016, a contribuição média da região foi de 93,5 milhões de toneladas, ou seja, 52% da quantidade produzida pelo País naqueles 3 anos. Fato similar ocorreu com a participação do Cerrado na produção de outros três produtos de destaque da pauta agrícola do Brasil: o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Especificamente, a contribuição da região para a produção desses três produtos aumentou, respectivamente, de 22%, 29% e 30% em 1975?1977 para 54%, 51% e 96% em 2014?2016.A região também tem um papel expressivo na pecuária bovina, porém, em contraste com o observado com as culturas mencionadas anteriormente, a participação do Cerrado no rebanho bovino brasileiro é relativamente menor. Conforme assinalado no Capítulo 1, o rebanho bovino aumentou de 34% em 1975 para 41% em 1993 e posteriormente diminuiu ao longo dos anos, situando entre 35% e 36% no período 2005?2015 (IBGE, 2018). Como sugerem os dados supracitados, o Cerrado foi palco de um processo de mudanças rápidas e profundas nos últimos 40 anos no setor agropecuário. Esse processo não ocorreu de forma homogênea nas suas 110 microrregiões (Anexo A). Algumas registraram grande expansão, outras experimentaram mudanças menores, resultando, em alguns casos, na queda da sua contribuição para a formação do produto interno bruto (PIB) da região. Conforme esses fatos, o objetivo geral deste capítulo é contribuir para um melhor entendimento sobre as principais mudanças observadas no perfil agropecuário e socioeconômico do Cerrado no período entre 1975 e 2015. Ênfase das análises é dirigida em um primeiro momento às microrregiões do bioma e posteriormente àquelas mais dinâmicas em termos de contribuição para o valor da produção das culturas temporárias (exemplo: as de arroz, feijão, soja, milho, algodão, etc.) e expansão do rebanho bovino no período considerado. A dinâmica espaço-temporal das culturas permanentes tem sido menos acentuada em relação às culturas temporárias. Dessa forma, menor atenção relativa é dada aos processos de mudanças relacionadas com essas culturas.Em termos específicos, o presente capítulo busca responder as seguintes questões: como a agricultura se deslocou espacialmente entre as diferentes microrregiões do Cerrado ao longo dessas quatro décadas? A dinâmica de deslocamento provocou alguma concentração espacial da produção? Quais microrregiões do Cerrado apresentaram maior dinamismo em termos de aumento da sua contribuição para o valor da produção das culturas temporárias e para o crescimento do rebanho bovino nos últimos 40 anos? Quais mudanças foram observadas no perfil agropecuário e socioeconômico das microrregiões mais dinâmicas do Cerrado no período 1975?2015? O que ocorreu com o rebanho bovino e com a área cultivada com as culturas temporárias nos municípios que mais se destacaram nessas microrregiões? O capítulo foi organizado em quatro seções contadas a partir dessa introdução. A segunda seção apresenta as metodologias utilizadas para identificar as principais dinâmicas espaciais observadas no Cerrado nos últimos 40 anos. Ademais, fornece uma medida aproximada da intensidade das mudanças registradas. A seção inclui também as metodologias usadas para: identificar as microrregiões mais dinâmicas em termos da evolução do valor da produção das culturas temporárias e do rebanho bovino; examinar as dinâmicas socioeconômicas em microrregiões selecionadas; e analisar as transformações agrícolas e pecuárias ocorridas no âmbito de alguns municípios. Os resultados obtidos por meio dessas metodologias são objeto da terceira seção. Posteriormente, algumas reflexões finais são apresentadas a título de conclusão do capítulo 5 650 $aCerrado 650 $aMudança Climática 653 $aDinâmica geográfica 653 $aSustentabilidade 700 1 $aSOUZA, G. da S. e 700 1 $aCAMPOS, S. K. 700 1 $aDEL'ARCO SANCHES, I. 700 1 $aGOMES, E. G. 700 1 $aSANO, E. E. 773 $tIn: BOLFE, E. L.; SANO, E. E.; CAMPOS, S. K. (Ed.). Dinâmica agrícola no cerrado: análises e projeções. Brasília, DF: Embrapa, 2020.$gv. 1, cap. 5, p. 141-192.
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Registro original: |
Embrapa Unidades Centrais (AI-SEDE) |
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URL |
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| Acesso ao texto completo restrito à biblioteca da Embrapa Soja. Para informações adicionais entre em contato com valeria.cardoso@embrapa.br. |
Registro Completo
Biblioteca(s): |
Embrapa Soja. |
Data corrente: |
01/11/2007 |
Data da última atualização: |
14/11/2008 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Anais de Congresso / Nota Técnica |
Circulação/Nível: |
-- - -- |
Autoria: |
LOPES, P. V. L.; MARTINS, M. C.; TAMAI, M. A.; CARVALHO, C. G. P. de; OLIVEIRA, A. C. B. de. |
Afiliação: |
Pedro Vinicio Lima Lopes, Fundação Bahia; Mônica Cagnin Martins, Fundação Bahia; Marco Antonio Tamai, Fundação Bahia; Cláudio Guilherme Portela de Carvalho, CNPSo; Ana Cláudia Barneche de Oliveira, CPACT. |
Título: |
Viabilidade do cultivo de genótipos de girassol em época safrinha no Oeste da Bahia. |
Ano de publicação: |
2007 |
Fonte/Imprenta: |
In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE GIRASSOL, 17.; SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE A CULTURA DO GIRASSOL, 5., 2007, Uberaba. Anais... Londrina: Embrapa Soja, 2007. |
Páginas: |
p. 98-100. |
Série: |
(Embrapa Soja. Documentos, 292). |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Organizado por Odilon Ferreira Saraiva, Regina Maria Villas Bôas de Campos Leite, Simone Ery Grosskopf. |
Conteúdo: |
Foi instalado um ensaio na safrinha 2007 no município de Barreiras-BA com o objetivo de avaliar a viabilidade de cultivo de girassol em época safrinha no Oeste da Bahia. A semeadura foi realizada em 07 de março de 2007 utilizando os genótipos Agrobel 960, M 734, Hélio 358, Aguará 3, BRHS 01 (híbridos) e Embrapa 122 (variedade). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Os parâmetros avaliados foram: data de maturação fisiológica, diâmetro do capítulo, massa de 100 sementes e produtividade. Mesmo com a semeadura realizada na época safrinha, os genótipos completaram o seu ciclo de desenvolvimento em 92 dias, em média. O menor ciclo foi observado para BRHS 01 e Embrapa 122 (87 dias), enquanto que o maior, para o M 734 e Hélio 358 (95 dias). Os genótipos mais produtivos foram os híbridos Agrobel 960 (1.463 kg/ha), M 734 (1.680 kg/ha) e Aguará 3 (1.723 kg/ha), que tiveram produtividades acima dos demais genótipos avaliados. Os híbridos M 734 e BRHS 01 produziram as sementes mais pesadas (60g e 61g, respectivamente) juntamente com a variedade Embrapa 122 (59g). Não houve diferença significativa no diâmetro do capítulo dos seis materiais avaliados. Com os resultados obtidos conclui-se que é viável o cultivo do girassol em época safrinha no Oeste da Bahia. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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Embrapa Soja (CNPSO) |
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