Registro Completo
Biblioteca(s): |
Embrapa Soja. |
Data corrente: |
13/07/2005 |
Data da última atualização: |
22/05/2006 |
Autoria: |
OLIVEIRA, F. A. de; BORKERT, C. M.; CASTRO, C. de; SFREDO, G. J. |
Título: |
Resposta da soja à aplicação de potássio em solos arenosos. |
Ano de publicação: |
2004 |
Fonte/Imprenta: |
In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL, 32., 2004, Passo Fundo. Atas e resumos. Passo Fundo; Embrapa Trigo, 2004. |
Páginas: |
p. 68-69. |
Série: |
(Embrapa Trigo. Documentos, 47). |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
A cultura da soja não tem apresentado respostas elevadas à adubação potássica nas áreas tradicionais de cultivo. Uma das justificativas é a elevada capacidade de extração do nutriente do solo, não só pelo desenvolvimento do sistema radicular, mas pelo aproveitamento de formas de K não trocáveis no solo. No entanto, a expansão de soja nos Cerrados tem incorporado ao processo produtivo solos de textura média a arenosa, com teor de argila inferior a 200 g/kg, CTC baixa e originalmente pobres em potássio. A elevação do K trocável nesses solos está associada à adubação corretiva em quantidades superiores à expectativa de exportação pela soja e, normalmente, associada à recomendação de parcelamento. Dependendo da textura do solo, o K+ apresenta elevada mobilidade no perfil e suas perdas estão frequentemente associadas à lixiviação, tornando discutível a eficiência da adubação corretiva para aumentar a disponibilidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficiência de doses de K, aplicadas em três épocas, sobre a produtividade e o estado nutricional de soja e sobre sua disponibilidade num solo de CTC de 4,0 cmolc. dm-3. O trabalho conduzido em Ituira, MT, na safra 2001/02, em área cultivada anteriormente com a sucessão soja-milheto, em LVA de textura média (220 g/kg de argila), com as seguintes características químicas da camada 0 - 2- cm: pH(CaCl2 0.01M) = 6,3; M.o. = 9,6 g/dm3; P(Mehlich-1) = 16 mg/dm3; K, Ca, Mg, CTC = 0,05 1,7 1,1 e 4,8 cmol/dm3, respectivamente e V = 58%. Os tratamentos foram dispostos num fatorial 6x3 e delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Todo o potássio foi aplicado a lanço, na forma de KCI. Foram aplicados, uniformemente a todos os tratamentos, 100 kg/ha de P2O5, por ocasião da semeadura. As unidades experimentais apresentaram tamanho de 5 m de comprimento por 6 m de largura e área útil de 6,75 m², equivalente a cinco linhas de 3 m. Foi utilizada a cultivar de soja precoce MG/BR 46 Conquista, inoculada e semeada em espaçamento de 0,45 m e população de 12 plantas por metro linear. Foram avaliadas a concentração de nutrientes na folha recém-madura, correspondente à terceira folha a partir do ápice da haste principal das plantas, coletadas em R1, a produtividade de grãos a 13% de umidade e as características químicas do solo, após o cultivo da soja, amostrado em camadas de 20 cm até a profundidade de 100 cm. Foi aplicada a análise da variância, o teste de comparação de médias, para as épocas de aplicação e o ajuste dos dados de quantidade aplicadas por regressão polinomial. A variação nas épocas de aplicação de potássio não foi significativa para nenhum dos índices avaliados. Dessa forma, a aplicação de potássio a lanço em pré-semeadura consiste em mais uma alternativa para essa adubação. A aplicação de potássio promoveu aumento significativo da disponibilidade de K no solo, acentuadamente na camada 20 - 40 cm. A retenção do potássio na camada mais superficial foi reduzida por causa da CTC baixa desse solo. No entanto, o processo mais intenso de lixiviação de K foi limitado à profundidade de 40 cm, de maneira que o nutriente permaneceu disponível às plantas, concentrado ainda numa região de ocupação do solo pela rizosfera. O teor de K foi elevado significativamente pela aplicação de K, atingindo valor de 19 g/kg para a maior quantidade aplicada. Contudo, o aumento da disponibilidade de K no solo e o maior aproveitamento pelas plantas não se se refletiu em aumento de produtividade. Com exceção do K trocável, os níveis iniciais de fertilidade do solo estavam adequados e determinaram produtividade média elevada para o experimento, 4.366 kg/ha. A ausência de resposta da soja à adubação potássica pode estar relacionada à capacidade de aproveitamento de formas de K não trocáveis no solo, que não foram avaliadas neste experimento, e ao maior aproveitamento do potássio original, pelo maior volume de exploração do solo pelo sistema radicular da planta, notadamente na camada 20 - 40 cm desse solo. Conclui-se que a resposta de soja à adubação potássica em solos de reduzida CTC está relacionada à disponibilidade de K nas camadas de 0 - 20 cm e 20 - 40 de profundidade e à capacidade de desenvolvimento do sistema radicular em atingir até essa profundidade. MenosA cultura da soja não tem apresentado respostas elevadas à adubação potássica nas áreas tradicionais de cultivo. Uma das justificativas é a elevada capacidade de extração do nutriente do solo, não só pelo desenvolvimento do sistema radicular, mas pelo aproveitamento de formas de K não trocáveis no solo. No entanto, a expansão de soja nos Cerrados tem incorporado ao processo produtivo solos de textura média a arenosa, com teor de argila inferior a 200 g/kg, CTC baixa e originalmente pobres em potássio. A elevação do K trocável nesses solos está associada à adubação corretiva em quantidades superiores à expectativa de exportação pela soja e, normalmente, associada à recomendação de parcelamento. Dependendo da textura do solo, o K+ apresenta elevada mobilidade no perfil e suas perdas estão frequentemente associadas à lixiviação, tornando discutível a eficiência da adubação corretiva para aumentar a disponibilidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficiência de doses de K, aplicadas em três épocas, sobre a produtividade e o estado nutricional de soja e sobre sua disponibilidade num solo de CTC de 4,0 cmolc. dm-3. O trabalho conduzido em Ituira, MT, na safra 2001/02, em área cultivada anteriormente com a sucessão soja-milheto, em LVA de textura média (220 g/kg de argila), com as seguintes características químicas da camada 0 - 2- cm: pH(CaCl2 0.01M) = 6,3; M.o. = 9,6 g/dm3; P(Mehlich-1) = 16 mg/dm3; K, Ca, Mg, CTC = 0,05 1,7 1,1 e 4,8 cmol/dm3, respectivamente e V = 58%. Os tr... Mostrar Tudo |
Thesagro: |
Adubação; Fertilidade do Solo; Soja. |
Categoria do assunto: |
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Marc: |
LEADER 05055naa a2200217 a 4500 001 1468201 005 2006-05-22 008 2004 bl uuuu u00u1 u #d 100 1 $aOLIVEIRA, F. A. de 245 $aResposta da soja à aplicação de potássio em solos arenosos. 260 $c2004 300 $ap. 68-69. 490 $a(Embrapa Trigo. Documentos, 47). 520 $aA cultura da soja não tem apresentado respostas elevadas à adubação potássica nas áreas tradicionais de cultivo. Uma das justificativas é a elevada capacidade de extração do nutriente do solo, não só pelo desenvolvimento do sistema radicular, mas pelo aproveitamento de formas de K não trocáveis no solo. No entanto, a expansão de soja nos Cerrados tem incorporado ao processo produtivo solos de textura média a arenosa, com teor de argila inferior a 200 g/kg, CTC baixa e originalmente pobres em potássio. A elevação do K trocável nesses solos está associada à adubação corretiva em quantidades superiores à expectativa de exportação pela soja e, normalmente, associada à recomendação de parcelamento. Dependendo da textura do solo, o K+ apresenta elevada mobilidade no perfil e suas perdas estão frequentemente associadas à lixiviação, tornando discutível a eficiência da adubação corretiva para aumentar a disponibilidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficiência de doses de K, aplicadas em três épocas, sobre a produtividade e o estado nutricional de soja e sobre sua disponibilidade num solo de CTC de 4,0 cmolc. dm-3. O trabalho conduzido em Ituira, MT, na safra 2001/02, em área cultivada anteriormente com a sucessão soja-milheto, em LVA de textura média (220 g/kg de argila), com as seguintes características químicas da camada 0 - 2- cm: pH(CaCl2 0.01M) = 6,3; M.o. = 9,6 g/dm3; P(Mehlich-1) = 16 mg/dm3; K, Ca, Mg, CTC = 0,05 1,7 1,1 e 4,8 cmol/dm3, respectivamente e V = 58%. Os tratamentos foram dispostos num fatorial 6x3 e delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Todo o potássio foi aplicado a lanço, na forma de KCI. Foram aplicados, uniformemente a todos os tratamentos, 100 kg/ha de P2O5, por ocasião da semeadura. As unidades experimentais apresentaram tamanho de 5 m de comprimento por 6 m de largura e área útil de 6,75 m², equivalente a cinco linhas de 3 m. Foi utilizada a cultivar de soja precoce MG/BR 46 Conquista, inoculada e semeada em espaçamento de 0,45 m e população de 12 plantas por metro linear. Foram avaliadas a concentração de nutrientes na folha recém-madura, correspondente à terceira folha a partir do ápice da haste principal das plantas, coletadas em R1, a produtividade de grãos a 13% de umidade e as características químicas do solo, após o cultivo da soja, amostrado em camadas de 20 cm até a profundidade de 100 cm. Foi aplicada a análise da variância, o teste de comparação de médias, para as épocas de aplicação e o ajuste dos dados de quantidade aplicadas por regressão polinomial. A variação nas épocas de aplicação de potássio não foi significativa para nenhum dos índices avaliados. Dessa forma, a aplicação de potássio a lanço em pré-semeadura consiste em mais uma alternativa para essa adubação. A aplicação de potássio promoveu aumento significativo da disponibilidade de K no solo, acentuadamente na camada 20 - 40 cm. A retenção do potássio na camada mais superficial foi reduzida por causa da CTC baixa desse solo. No entanto, o processo mais intenso de lixiviação de K foi limitado à profundidade de 40 cm, de maneira que o nutriente permaneceu disponível às plantas, concentrado ainda numa região de ocupação do solo pela rizosfera. O teor de K foi elevado significativamente pela aplicação de K, atingindo valor de 19 g/kg para a maior quantidade aplicada. Contudo, o aumento da disponibilidade de K no solo e o maior aproveitamento pelas plantas não se se refletiu em aumento de produtividade. Com exceção do K trocável, os níveis iniciais de fertilidade do solo estavam adequados e determinaram produtividade média elevada para o experimento, 4.366 kg/ha. A ausência de resposta da soja à adubação potássica pode estar relacionada à capacidade de aproveitamento de formas de K não trocáveis no solo, que não foram avaliadas neste experimento, e ao maior aproveitamento do potássio original, pelo maior volume de exploração do solo pelo sistema radicular da planta, notadamente na camada 20 - 40 cm desse solo. Conclui-se que a resposta de soja à adubação potássica em solos de reduzida CTC está relacionada à disponibilidade de K nas camadas de 0 - 20 cm e 20 - 40 de profundidade e à capacidade de desenvolvimento do sistema radicular em atingir até essa profundidade. 650 $aAdubação 650 $aFertilidade do Solo 650 $aSoja 700 1 $aBORKERT, C. M. 700 1 $aCASTRO, C. de 700 1 $aSFREDO, G. J. 773 $tIn: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL, 32., 2004, Passo Fundo. Atas e resumos. Passo Fundo; Embrapa Trigo, 2004.
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