Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Florestas. |
Data corrente: |
20/05/2008 |
Data da última atualização: |
20/05/2008 |
Autoria: |
SOARES, R. V.; SANTOS, J. F. |
Título: |
Comparação do perfil dos incêndios florestais em áreas protegidas nos períodos de 1983- 1987 e 1994-1997. |
Ano de publicação: |
2003 |
Fonte/Imprenta: |
Brasil Florestal, Brasília, DF, v. 22, n. 78, p. 9-17, dez. 2003. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
O objetivo deste trabalho foi estabelecer o perfil dos incêndios florestais no Brasil, com base em
dados coletados em áreas protegidas, no período de 1994 a 1997, através de formulários
preenchidos por empresas e instituições florestais. Foram informados 1.957 incêndios e apesar
deste número não representar a totalidade dos incêndios ocorridos no período estudado, constituiuse
numa boa base para se conhecer as principais características dos incêndios. Os resultados
obtidos neste período foram então comparados com os observados no período de 1983 a 1987.
A área média atingida por incêndio aumentou de 76 ha no período de 1983 a 1987 (primeiro
período) para mais de 135 ha no período de 1994 a 1997 (segundo período). Dos Estados avaliados,
Minas Gerais foi o líder nos dois períodos, tanto no número de incêndios informados (25,3% e
62,7%) como na área queimada (43,5% e 25,2% no primeiro e segundo períodos, respectivamente).
Houve uma inversão nas duas principais causas de incêndios nos dois períodos. No primeiro a
principal causa foi ?Queimas para limpeza?, com 33,6% vindo em seguida ?Incendiários?, com
29,8%, enquanto no período seguinte o grupo ?Incendiários?, com 56,6% das ocorrências, passou
para o primeiro lugar, ficando as ?Queimas para limpeza? em segundo lugar com 22,1%. Observouse
portanto um significativo aumento no número de incêndios causados por incendiários. Com
relação à área queimada o grupo ?Queimas para limpeza?, com 63,7% e 74,1% da superfície
atingida, no primeiro e segundo períodos, respectivamente, foi a principal causa, ficando o grupo
?Incendiários? em segundo lugar com 14,7% (1983 a 1987) e 19,8% (1994 a 1997). A principal
estação de incêndios no país se estende de julho a novembro, quando ocorreram 77% e 79,2%
dos incêndios, correspondendo a 90,7% e 98,6% da área atingida, nos dois períodos analisados,
respectivamente. No primeiro período (1983 a 1987) o maior número de incêndios (50% das
ocorrências) foi registrado em plantações de Eucalyptus sp, enquanto no segundo (1994 a 1997)
os incêndios em eucaliptos (31,6%) foram superados pelos registrados em ?Outro tipo de
vegetação? (39,7%), que inclui cerrado, capoeira e campo. Com relação à área queimada,
entretanto, no primeiro período o grupo ?Outro tipo de vegetação? ficou em primeiro lugar com
58,2%, enquanto no segundo período 92,5% da área queimada foi registrada em florestas nativas.
Com relação à distribuição dos incêndios através das classes de tamanho houve uma significativa
diferença na classe I (área < 0,1 ha), do primeiro (10,5% das ocorrências) para o segundo
período (23,9%). É importante ressaltar que quanto maior a eficiência no combate aos incêndios
florestais, maior a concentração dos mesmos na classe I. Em ambos os períodos a maioria dos
incêndios (41,4% no primeiro e 49,1% no segundo) se enquadrou na classe II (0,1 a 4,0 ha). MenosO objetivo deste trabalho foi estabelecer o perfil dos incêndios florestais no Brasil, com base em
dados coletados em áreas protegidas, no período de 1994 a 1997, através de formulários
preenchidos por empresas e instituições florestais. Foram informados 1.957 incêndios e apesar
deste número não representar a totalidade dos incêndios ocorridos no período estudado, constituiuse
numa boa base para se conhecer as principais características dos incêndios. Os resultados
obtidos neste período foram então comparados com os observados no período de 1983 a 1987.
A área média atingida por incêndio aumentou de 76 ha no período de 1983 a 1987 (primeiro
período) para mais de 135 ha no período de 1994 a 1997 (segundo período). Dos Estados avaliados,
Minas Gerais foi o líder nos dois períodos, tanto no número de incêndios informados (25,3% e
62,7%) como na área queimada (43,5% e 25,2% no primeiro e segundo períodos, respectivamente).
Houve uma inversão nas duas principais causas de incêndios nos dois períodos. No primeiro a
principal causa foi ?Queimas para limpeza?, com 33,6% vindo em seguida ?Incendiários?, com
29,8%, enquanto no período seguinte o grupo ?Incendiários?, com 56,6% das ocorrências, passou
para o primeiro lugar, ficando as ?Queimas para limpeza? em segundo lugar com 22,1%. Observouse
portanto um significativo aumento no número de incêndios causados por incendiários. Com
relação à área queimada o grupo ?Queimas para limpeza?, com 63,7% e 74,1% da superfície
atingida, no prim... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Brasil. |
Thesagro: |
Estatística; Incêndio Florestal; Proteção Florestal. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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