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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Meio-Norte. |
Data corrente: |
25/11/2019 |
Data da última atualização: |
25/11/2019 |
Autoria: |
GOMES, T. M. F. |
Afiliação: |
TÁSSIO MARCILIO FRANCISCO GOMES, UFPI. |
Título: |
Uso tradicional de plantas medicinais em comunidade rural no semiárido piauiense. |
Ano de publicação: |
2017 |
Fonte/Imprenta: |
2017. |
Páginas: |
58 f. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal do Piauí, Teresina. |
Conteúdo: |
Ao longo da história da humanidade, sempre existiu estreita relação entre o homem e as plantas, vinculada diretamente à sobrevivência, com papel decisivo na formação das populações no mundo. Nas comunidades tradicionais, assim como nas comunidades rurais, existe grande acervo de plantas nativas e cultivadas, que fornecem variados subprodutos que além de suprir as necessidades primárias dos habitantes dessas áreas, apresentam relevantes propriedades terapêuticas. O grande número de estudos ligados ao uso das plantas medicinais tornou a Etnobotânica, ramo de estudo da Etnobiologia, campo de interesse do meio científico, tanto pelo seu caráter holístico, interdisciplinar, como pela necessidade de compreender as nuances da inter-relação entre plantas e pessoas de culturas viventes. Objetivou-se pesquisar as espécies de uso terapêutico na comunidade rural Bezerro Morto, município de São João da Canabrava, região ecotonal do semiárido sul piauiense, Nordeste do Brasil, avaliando a sua importância, manipulação dos remédios, indicações de uso, versatilidade das plantas, bem como a existência de evidências de suporte da hipótese da Diversificação, além de identificar modelos de compartilhamento de conhecimentos tradicionais aplicados na comunidade. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 24 informantes-chaves, maiores de 18 anos em 41 excursões a área de pesquisa, e paralelamente, efetuaram-se turnês-guiadas para coleta das plantas citadas, para a obtenção dos índices de Importância Relativa (IR), e do Valor de Uso (VU), com a distinção entre VUpotencial e VUatual. Identificaram-se 25 espécies, distribuídas em 23 gêneros, pertencentes a 18 famílias botânicas, nas quais foram descritas 34 indicações terapêuticas, em sua maioria, feitas por mulheres (62,5%). Quanto ao status, 52,8% foram de plantas exóticas. Com 10 citações a erva-cidreira (Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex P. Wilson) foi a espécie mais frequente nos relatos, assim como a família que mais se destacou foi Lamiaceae (04 espécies). Dentre as partes utilizadas a folha foi a mais citada 54,1%; plantas de hábito herbáceo foram mais usadas 34,8%, seguidas de subarbustos 25%, e árvores 19,4%. O chá (infuso) constitui-se a forma dominante de uso com 59,8%, e 97,2% destas utilizações representam recursos recém-coletados. A espécie que atingiu o maior valor de IR foi o quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.) com IR=2,00, sendo que o maior VUatual=0,71 foi da erva-cidreira (Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex P. Wilson). Para o maior VUpotencial=0,08, a babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.) e o quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.) se sobressaíram. As maiores indicações de uso das plantas foram para gripe (15) e má digestão (12), e os sistemas corporais mais tratados foram o digestório (24) e respiratório (18). O compartilhamento do conhecimento no grupo familiar ocorre com base no modelo vertical (58,3%), apesar do intercâmbio intercultural, no entanto, a introdução de plantas não deve ser interpretada como a deterioração ou a aculturação do conhecimento tradicional, porém, representa o incremento do acervo ou das possibilidades terapêuticas do sistema médico tradicional. Observou-se pequena diversidade de espécies, porém, com o acúmulo do estoque de conhecimento das plantas, em que prevalecem as plantas exóticas, as quais possibilitam o incremento do espectro de saberes por serem utilizadas em doenças não ou pouco reativas às nativas, apoiando a hipótese da diversificação. As doenças mais tratadas com o uso de plantas medicinais são aquelas negligenciadas como comuns e causadas pela ineficiência das condições de saneamento básico e das práticas de higiene pessoal e da alimentação. MenosAo longo da história da humanidade, sempre existiu estreita relação entre o homem e as plantas, vinculada diretamente à sobrevivência, com papel decisivo na formação das populações no mundo. Nas comunidades tradicionais, assim como nas comunidades rurais, existe grande acervo de plantas nativas e cultivadas, que fornecem variados subprodutos que além de suprir as necessidades primárias dos habitantes dessas áreas, apresentam relevantes propriedades terapêuticas. O grande número de estudos ligados ao uso das plantas medicinais tornou a Etnobotânica, ramo de estudo da Etnobiologia, campo de interesse do meio científico, tanto pelo seu caráter holístico, interdisciplinar, como pela necessidade de compreender as nuances da inter-relação entre plantas e pessoas de culturas viventes. Objetivou-se pesquisar as espécies de uso terapêutico na comunidade rural Bezerro Morto, município de São João da Canabrava, região ecotonal do semiárido sul piauiense, Nordeste do Brasil, avaliando a sua importância, manipulação dos remédios, indicações de uso, versatilidade das plantas, bem como a existência de evidências de suporte da hipótese da Diversificação, além de identificar modelos de compartilhamento de conhecimentos tradicionais aplicados na comunidade. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 24 informantes-chaves, maiores de 18 anos em 41 excursões a área de pesquisa, e paralelamente, efetuaram-se turnês-guiadas para coleta das plantas citadas, para a obtenção dos índices de Impor... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Semiarido. |
Thesagro: |
Etnobôtanica; Planta Medicinal. |
Categoria do assunto: |
F Plantas e Produtos de Origem Vegetal |
Marc: |
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