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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Cerrados. |
Data corrente: |
22/02/2018 |
Data da última atualização: |
05/10/2018 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Anais de Congresso |
Autoria: |
SILVA, F. A. M. da; EVANGELISTA, B. A.; MALAQUIAS, J. V.; MULLER, A. G.; OLIVEIRA, A. D. de. |
Afiliação: |
FERNANDO ANTONIO MACENA DA SILVA, CPAC; BALBINO ANTONIO EVANGELISTA, CNPASA; JUACI VITORIA MALAQUIAS, CPAC; ARTUR GUSTAVO MULLER, CPAC; ALEXSANDRA DUARTE DE OLIVEIRA, CPAC. |
Título: |
Variabilidade da precipitação pluviométrica e da temperatura do ar em Planaltina-DF, ao longo de 40 anos. |
Ano de publicação: |
2017 |
Fonte/Imprenta: |
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROMETEOROLOGIA, 20.; SIMPÓSIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESERTIFICAÇÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, 5., 2017, Juazeiro. A agrometeorologia na solução de problemas multiescala: anais 2017... Juazeiro: Sociedade Brasileira de Agrometeorologia, 2017. |
Páginas: |
p. 3099-3112 |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E DA
TEMPERATURA DO AR EM PLANALTINA-DF, AO LONGO DE
40 ANOS
Fernando A. Macena da Silva1, Balbino A. Evangelista2, Juaci V. Malaquias3, Artur G.
Muller1, Alexsandra D. de Oliveira1
1Pesquisador, Embrapa Cerrados, Planaltina, Distrito Federal, E-mail: fernando.macena@embrapa.br;
artur.mulle@embrapa.br; Alexsandra.duarte@embrapa.br
2Analista, Embrapa Pesca e Aquicultura, Palmas, Tocantins, E-mail: balbino.evangelista@embrapa.br;
3Analista, Embrapa Cerrados, Planaltina, Distrito Federal, E-mail: juaci.malaquias@embrapa.br.
RESUMO: O principal objetivo dessa publicação foi realizar análise temporal da
precipitação pluvial e da temperatura do ar registradas na Estação Principal da Embrapa
Cerrados e disponibilizar informações que possam ser utilizadas na pesquisa e no
planejamento de atividades agrícolas e da sociedade em geral. Foram analisados quatro
decênios no período entre 1974 a 2014. A análise dos primeiros quarenta anos de dados
meteorológicos, referentes ao período compreendido entre os anos 1974 e 2013, revela
variabilidades climáticas importantes. A precipitação pluviométrica apresenta variação
negativa no tempo, com médias de precipitação acumulada anual, nos dois primeiros
decênios, acima da média geral dos quarenta anos, enquanto nos dois decênios
seguintes, abaixo da média geral. A análise de ocorrência de veranicos dentro da estação
chuvosa permitiu observar que dezembro, fevereiro e janeiro, respectivamente, são os
meses com menor risco de ocorrência de veranicos com mais de 10 dias seguidos sem
chuva. A análise temporal indica tendência de aumento da temperatura das máximas
média anual, enquanto as médias anuais das mínimas e das médias, entre os decênios,
praticamente não apresentam oscilação.
PALAVRAS-CHAVE: mudanças climáticas, agroclimatologia, séries temporais, veranico,
analise frequencial, elementos meteorológicos.
VARIABILITY OF RAINFALL PRECIPITATION AND AIR
TEMPERATURE IN PLANALTINA-DF, OVER 40 YEARS
ABSTRACT: The main objective of this publication is to carry out a temporal analysis
of rainfall and air temperature recorded at Embrapa Cerrados meteorological main
station and to provide useful information for agricultural research and planning as well
as for society in general. Four decades of data were analyzed in the period between
1974 and 2014. Analysis of the first forty years of meteorological data for the period
between 1974 to 2013 reveals important climatic variations. Rainfall precipitation
presents a negative variation in time, with average annual cumulative precipitation in
the first two decades above the 40-year average annual cumulative precipitation. In the
following two decades, the average is below the 40-year average. The analysis of the
occurrence of dry spells within the rainy season showed that December, February and
January, respectively, are the months with the lowest risk of occurrence of 10-day dry
spells. The temporal analysis indicates a trend of increase in the average annual
maximum temperature, while the average annual minimum and mean temperatures are
quite stable over the years.
KEYWORDS: climate change, Agroclimatology, time series, dry spell, frequency
analysis, meteorological elements.
INTRODUÇÃO
Evidências científicas contemporâneas têm advertido para mudanças na
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, com média global de CO2 em 2015
de 400±0,1 ppm, e incrementos ainda maiores se considerados os outros gases de efeito
estufa (CH4 e N2O), alterando o padrão de comportamento da temperatura e
precipitação, com consequências nas atividades humanas e, em especial, aquelas
relacionadas à produção de alimentos (WMO, 2016; IPCC, 2013; 2007). O ano de 2016
apresentou aumento de temperatura de 1,1 ºC quando comparado ao período préindustrial
(WMO, 2016). Outras estimativas indicam que a temperatura média do
planeta, até o fim do século XXI, poderá aumentar até 1,5 °C em relação ao período
1850 a 1900 para todos os cenários RCP (Representative Concentration Pathways),
exceto o RCP2.6 que prevê um aumento de 2 °C (IPCC, 2013).
Eventos extremos com precipitações mais frequentes e intensas, secas e outros
tipos de ocorrências prejudiciais ao cenário climáticoa deverão impactar tanto na
quantidade quanto na qualidade do rendimento dos cultivos (IPCC, 2013; HATFIELD
et al., 2011), com implicações diretas em mudanças nos índices de risco que governam a
disponibilidade hídrica e a duração dos períodos de estiagem.
As consequências das alterações climáticas poderão variar entre as regiões
brasileiras. As regiões Norte e Centro-Oeste podem ser significativamente prejudicadas
pela mudança climática Atualmente, a região Centro-Oeste responde por 42% da
produção brasileira de grãos, com importantes produtos na pauta de exportação
(CONAB, 2015). As regiões Sudeste e Sul podem se beneficiar da mudança do clima,
uma vez que a probabilidade de ocorrência de eventos extremos pode ser aumentada.
As incertezas sobre a dimensão desses fenômenos implicam na necessidade de
estudos regionalizados para melhorar o conhecimento da evolução do clima local. A
Embrapa Cerrados, mantem em sua estrutura uma estação climatológica (SILVA et al.,
2014), cujos registros, constam a partir do mês de janeiro de 1974 e constituem uma das
mais longas e permitem estudos das variações e tendências do clima local. Assim, o
objetivo do trabalho foi realizar uma análise temporal da precipitação pluviométrica e
da temperatura do ar monitoradas no período de 1974 a 2013 na Estação Principal da
Embrapa Cerrados.
MATERIAL E MÉTODOS
As variáveis climáticas básicas utilizadas nesse trabalho foram registradas na
Estação Climatológica Principal da Embrapa Cerrados, localizada na região
administrativa de Planaltina, no Distrito Federal, com coordenadas geográficas de 15º
35? 30? de latitude Sul e 47º 42' 30" de longitude Oeste e, altitude de 1007 metros. Esta
estação está registrada na base de dados HIDRO da ANA - Agência Nacional de Águas,
como sendo: Estação CPAC-Principal, Código: 01547016. As variáveis climáticas
foram registradas por meio de uma estação climatológica convencional composta por
instrumentos mecânicos entre os anos de 1974 e 1997 e, a partir de 1998, foi utilizada
uma estação automática composta por sensores eletrônicos da marca Campbell
Scientific®. A série climática analisada refere-se ao período compreendido entre os
anos de 1974 e 2013, totalizando um conjunto de 40 anos de dados diários.
Foram adotados na estação os padrões preconizados pela Organização
Meteorológica Mundial (WMO, 1989). Para o controle de qualidade dos dados, foram
identificados e eliminados os erros sistemáticos e aleatórios, além do preenchimento das
interrupções nos registros dos dados. Vale ressaltar que nesta estação não houve
interrupção no registro dos dados superior a 30 dias. As observações foram baseadas em
registros médios horários, obtida pelas médias ou totais de leituras efetuadas a cada 30
segundos, para, em seguida, estabelecer o valor médio ou total diário. Na etapa de
análise de consistência, os dados históricos passaram por um tratamento estatístico
prévio para identificação e correção dos registros anômalos ou discrepantes (outliers),
com a utilização e análise de gráficos de dispersão e box-plots.
Com o auxílio de uma planilha eletrônica do BR Office.org 3.0, foram realizados
os seguintes procedimentos: avaliação temporal dos 40 anos da série histórica para
obtenção dos totais e médias anuais e mensais para caracterização sazonal; análise dos
dados agrupados em séries decenais. Em seguida, foi feito o preenchimento das falhas
de acordo com a média histórica ou normal, calculada pela média dos valores ocorridos
na mesma data das falhas ao longo dos anos.
Em seguida, aplicou-se análise estatística ao conjunto de dados para se
determinar as médias mensal e anual, mediana, quartis inferior (Q1) e superior (Q3),
desvio-padrão (s), coeficiente de variação (CV), coeficiente de assimetria (A), curtose
(K) e valores extremos com seus respectivos anos de ocorrência. As medidas de
assimetria (coeficiente de Bowley) e de curtose (coeficiente de Moors) são baseadas em
quantis (ZAR, 1996).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 1 são apresentadas as informações da precipitação acumulada mensal
e anual na estação principal da Embrapa Cerrados. Analisando-se essa tabela, observase
que a média anual nesse período foi de 1345,8 mm e que, geralmente, o início da
estação chuvosa acontece a partir do mês de setembro, com registro de precipitação
média de 36,5 (±36,8 mm), e se estende até o mês de abril, cuja média é 93,9 (±54,8
mm) (Tabela 2). Apesar da estação chuvosa se iniciar em setembro, o seu
estabelecimento para fins de planejamento agropecuário, acontece no mês de outubro
quando se adotam critérios de quantidade e frequência, nesse período foi observado
média de 126 (±89 mm) (Tabela 2).
O trimestre mais chuvoso se concentra nos meses de novembro, dezembro e
janeiro com valores acumulados médios de precipitação próximo dos 635 mm (Tabela
1), que representa 47% da média anual, quantidade de água suficiente para o suprimento
hídrico das principais culturas de grãos cultivadas no Bioma Cerrado, se bem
distribuídas no tempo e no espaço.
A análise estatística descritiva pode ser observada na Tabela 2, onde se
verificam as médias mensais, a mediana e os quartis inferior (Q1) e superior (Q3), que
representam, respectivamente, 25% e 75% dos menores valores de ocorrência do total
de chuva acumulada no mês, além do desvio-padrão, coeficiente de variação, e o
comportamento de distribuição dos dados representados pela assimetria e curtose.
A análise dessa tabela revela que as médias mensais são maiores do que as
medianas, isto se justifica em função da ocorrência de eventos extremos de precipitação.
Podemos sugerir que quanto mais distante as médias da mediana, maior a intensidade
e/ou frequência de eventos extremamente elevados em relação à mediana do mês. A
distribuição é simétrica para a maioria dos meses, com exceção dos meses de junho,
julho e agosto, quando o coeficiente de assimetria A é igual a 1. Considerando-se que
junho, julho e agosto são meses com baixos índices pluviométricos, pode-se afirmar que
o elevado número de meses sem precipitação não permite o ajuste a distribuição normal
dos valores em torno da média, pois a média é próxima de zero e não existem valores
negativos. A chuva acumulada nos meses mais chuvosos na Embrapa Cerrados
apresentaram coeficientes de assimetria iguais a zero e o comportamento dos dados
próximo ao padrão mesocúrtico, sendo este forte indício de distribuição normal dos
dados.
Em relação aos quartis de ocorrência de chuva, pode-se observar que em 50%
dos anos (mediana), o total de chuva acumulada no mês de janeiro foi superior a 198,7
mm, em 75% dos anos superou os 155,2 mm e, em 25% foi maior do que 320,1. Já para
outubro, considerado o mês do estabelecimento da estação chuvosa, a média e mediana
ficaram muito próximas, 126,0 mm e 122,3 mm, respectivamente e, em 75% dos anos, o
total acumulado nesse mês ultrapassou 57,2 mm, enquanto em 25% dos anos foi
superior a 156,3 mm (Tabela 2).
No mês de novembro, a diferença entre a média e a mediana foi de apenas 8,2
mm, sendo que em 75% dos anos, o total acumulado nesse mês ultrapassou 132,8 mm e,
em 25% dos anos foi superior a 252,4 mm e CV de 42,5%. O menor valor acumulado
para este mês foi de 51,2 mm, observado no ano de 1982, e maior foi de 367,2 mm
registrados no ano de 1998, (Tabela 2).
Tabela 1. Precipitação pluvial total mensal (mm.mês-1) e anual (mm.ano-1) na Estação
Principal da Embrapa Cerrados entre 1974 e 2013.
ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ANO
1974 176,3 108,3 516,8 150,2 23,7 2,5 0,0 36,0 2,2 231,6 137,2 181,0 1565,8
1975 108,8 238,5 189,7 199,0 9,8 0,0 8,2 0,0 3,1 104,4 254,4 156,4 1272,3
1976 146,9 311,8 186,3 12,2 59,4 0,0 12,1 3,6 140,7 160,5 321,7 243,4 1598,6
1977 388,8 50,2 108,3 154,6 53,6 18,8 0,0 6,6 9,6 99,2 170,4 221,8 1281,9
1978 307,1 266,2 243,3 143,9 52,9 0,0 2,8 0,0 1,7 120,1 145,4 246,9 1530,3
1979 627,4 252,0 341,7 37,3 23,6 0,0 1,4 32,2 16,5 127,0 130,7 231,4 1821,2
1980 470,5 426,6 46,5 98,6 5,5 1,8 0,0 0,0 42,2 22,8 180,1 290,0 1584,6
1981 218,5 14,5 372,1 58,3 16,6 33,9 19,1 12,8 7,5 460,8 259,2 163,0 1636,3
1982 326,9 105,9 379,6 62,6 48,5 0,0 0,4 34,0 63,5 142,5 51,2 235,5 1450,6
1983 452,9 250,1 289,4 130,2 29,5 0,0 17,4 0,0 24,2 205,5 250,8 348,0 1998,0
1984 169,9 191,7 283,6 106,7 0,0 0,0 0,0 49,6 114,9 104,8 140,4 291,4 1453,0
1985 452,3 130,7 251,3 64,3 11,3 0,0 0,0 2,1 17,5 134,3 164,5 295,8 1524,1
1986 157,4 190,8 159,1 80,1 23,1 0,0 20,6 32,5 19,1 154,9 75,1 223,0 1135,7
1987 156,3 139,5 175,9 112,5 28,5 11,6 0,0 0,0 66,4 56,6 197,1 266,3 1210,7
1988 180,1 279,7 409,9 141,9 7,8 0,0 0,0 0,0 1,5 218,0 233,5 203,5 1675,9
1989 193,6 216,7 65,5 47,5 0,0 11,7 8,3 36,1 59,2 146,0 257,1 599,7 1641,4
1990 169,7 153,8 159,0 70,0 148,4 0,0 67,7 12,6 95,4 168,7 102,4 103,5 1251,2
1991 526,3 213,2 316,5 92,8 18,7 0,0 0,0 0,0 79,2 122,5 168,5 261,7 1799,4
1992 371,9 330,1 124,3 199,1 20,7 0,0 0,0 26,4 98,9 123,8 348,6 240,8 1884,6
1993 162,1 315,1 21,9 83,2 16,3 14,7 0,0 14,4 39,4 96,8 89,5 256,9 1110,3
1994 190,1 117,0 311,9 87,3 35,2 28,9 0,4 0,0 0,0 46,1 259,1 100,8 1176,8
1995 241,4 191,0 153,7 163,6 18,9 4,2 0,0 0,0 0,0 116,1 256,6 206,7 1352,2
1996 108,5 60,8 210,1 34,9 28,5 0,0 0,0 17,1 16,8 48,2 181,6 214,5 921,0
1997 336,7 86,9 359,5 139,5 46,4 20,8 0,0 0,0 52,6 34,7 144,6 116,2 1337,9
1998 162,9 175,1 140,9 87,0 19,3 3,1 0,0 2,0 17,0 139,1 367,2 123,6 1237,2
1999 121,7 181,9 64,7 48,5 10,1 0,2 0,0 0,1 101,6 173,8 191,5 362,7 1256,8
2000 219,7 230,7 78,7 0,1 0,0 1,7 0,6 93,4 42,0 287,8 199,8 141,1 1295,6
2001 77,0 40,3 204,3 68,8 11,7 0,0 0,0 32,7 50,6 77,3 234,5 248,3 1045,5
2002 206,6 124,6 74,3 63,0 18,8 0,0 2,6 19,2 41,0 32,0 98,0 151,1 831,2
2003 203,8 137,8 181,5 37,3 9,4 0,0 0,0 29,3 18,4 22,7 133,5 163,7 937,4
2004 323,2 444,8 300,2 153,4 19,4 4,7 0,0 4,1 0,0 71,5 92,1 190,4 1603,8
2005 228,0 194,2 376,5 88,2 11,4 0,5 0,0 27,9 57,3 8,4 210,9 257,4 1460,7
2006 53,0 199,9 120,9 53,5 8,4 0,0 0,0 1,0 36,4 205,5 107,9 180,8 967,3
2007 151,7 160,5 11,1 6,6 1,4 0,3 0,0 0,0 0,0 57,4 78,6 297,7 765,3
2008 226,9 134,5 106,8 91,9 0,3 0,0 0,0 0,3 43,7 16,5 154,5 152,1 927,5
2009 149,8 161,4 63,7 220,4 77 3,8 0 51,9 65,4 125,5 112,8 157,5 1189,2
2010 112,7 122 271 68 3,4 0,3 0 0 0 122 251,7 308,9 1260
2011 136,7 162,7 171,4 30,9 3,9 2 0 0 5,3 295 291,9 315,5 1415,3
2012 216,7 116,1 64,5 171,3 34,6 1,3 0 0 10,6 32,3 332,7 127,8 1107,9
2013 319 96,1 143,2 97,4 18,9 51,1 0 1,6 0 126,2 187,8 220,9 1318,1
Média 238,7 183,1 201,2 93,9 24,4 5,4 4,0 14,5 36,5 126,0 189,1 227,4 1345,8
Tabela 2. Estatística descritiva da precipitação pluvial total (mm) média, mediana (50%),
quartil inferior ? Q1 (25%), quartil superior ? Q3 (75%), desvio-padrão (DP), coeficiente de
variação (CV), coeficiente de assimetria (A), curtose (K) e valores extremos com seus
respectivos anos de ocorrência, para o período de 1974 a 2013.
Mês Média
Mediana
Q1 Q3
Desvio
Padrão
CV
(%)
Assime
tria
Curtose
Mínimo
Ano de
Ocorrência
Máximo
Ano de
Ocorrência
Jan 238,7 198,7 155,2 320,1 130,4 54,6 0 1,4 53,0 2006 627,4 1979
Fev 183,1 168,9 120,8 232,7 95,3 52,0 0 1,2 14,5 1981 444,8 2004
Mar 201,2 178,7 107,9 292,1 122,1 60,7 0 1,2 11,1 2007 516,8 1974
Abr 93,9 87,2 57,1 140,1 54,8 58,4 0 1,1 0,1 2000 220,4 2009
Mai 24,4 18,9 9,2 28,8 27,0 110,9 0 1,8 0,0 * 148,4 1990
Jun 5,4 0,3 0,0 3,9 11,1 202,9 1 3,5 0,0 * 51,1 2013
Jul 4,0 0,0 0,0 0,8 11,7 289,2 1 11,0 0,0 * 67,7 1990
Ago 14,5 2,9 0,0 28,3 20,3 139,9 1 0,7 0,0 * 93,4 2000
Set 36,5 21,7 4,8 57,8 36,8 100,6 0 1,1 0,0 * 140,7 1976
Out 126,0 122,3 57,2 156,3 89,0 70,7 0 1,5 8,4 2005 460,8 1981
Nov 189,1 180,9 132,8 252,4 80,3 42,5 0 0,9 51,2 1982 367,2 1998
Dez 227,4 222,4 161,6 262,9 90,3 39,7 0 1,1 100,8 1994 599,7 1989
Anual 1345,8 1306,9 1166,5 1570,5 295,4 22,0 0 1,2
- - -
Observa-se ainda na Tabela 2, elevados desvios padrões em torno da média para
o período chuvoso, com variação entre 80,3 mm para o mês de novembro e 130,4 mm
no mês de janeiro, contudo neste mesmo período os CVs não superaram a marca dos
60,7%, o que indica melhor homogeneidade entre os valores registrados durante a
estação chuvosa. Já para o período correspondente à estação seca, os desvios padrões
são menores em relação à estação chuvosa, porém os CVs são mais elevados com
valores de 110,9%, 202,9%, 289,2%, 139,9% e 100,6% para os meses de maio, junho,
julho, agosto e setembro, respectivamente, devido ao fato da média ser reduzida nesses
meses e ocorrência de valores extremos relativos elevados. Isto pode ser observado para
o mês de julho que apresenta precipitação média de 4,0 mm e ocorrência de um valor
máximo superior a 60 mm, ou seja, aproximadamente 15 vezes superior à média do
respectivo mês, apesar de 60 mm acumulado no mês ser considerado um valor baixo
para os meses do período chuvoso.
Quanto à ocorrência de valores acumulados extremos de precipitação pluvial
durante a estação chuvosa, destaca-se outubro do ano de 2005, que apresentou total
acumulado de apenas 8,4 mm, considerado, portanto, o outubro mais seco da série
estudada. Já o mês de janeiro de 1979, foi o que apresentou maior valor acumulado,
627,4 mm (Tabela 2). Os resultados médios mensais e anuais por decênio são
apresentados nas Figuras 1 e 2, respectivamente, enquanto na Figura 3 são apresentados
os desvios das precipitações anuais médias por decênio em função da média anual geral
dos quarentas anos da série registrada na Estação Principal da Embrapa Cerrados. Na
Figura 2 verifica-se que as médias anuais nos decênios foram, respectivamente, 1.574,0
mm, 1.468,6 mm, 1.139,2 mm e 1.201,5 mm. Quando se compara a média da
precipitação acumulada em cada decênio com a média geral dos quarenta anos, (1.345,8
mm), observa-se declínio contínuo do valor médio precipitado, acumulado anual, de
228,1 mm e 122,8 mm para o primeiro e segundo decênios, respectivamente, mesmo
assim essas médias foram superiores à média de todo o período. Já para o terceiro e
quarto decênios, os desvios foram negativos em 206,7 mm e 144,3 mm (Figura 3),
respectivamente. Observou-se ainda, no quarto decênio, uma pequena elevação da
média anual, de 62,3 mm, em relação ao terceiro decênio, porém com valores bem
abaixo quando comparado à média de todo o período.
Quando se compara os valores médios dos decênios, observam-se diferenças
ainda mais elevadas. Por exemplo, a média anual precipitada nos primeiros dez anos foi
1.574 mm e nos últimos dez anos foi de 1201,5 mm, uma diminuição de 372,5 mm, ou
seja, uma redução de 23,7%na precipitação pluviométrica. Essa diferença se torna ainda
maior se compararmos o primeiro com o terceiro decênio, ou seja, uma diferença de
434,8 mm, o que representa uma diminuição de 27,6% (Figura 2), fato esse já relatado
por Silva et al., 2014.
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação (mm)
Mês
1974-1983 1984-1993
1994-2003 2004-2013
Figura 1. Valores acumulados médios mensais de precipitação pluvial (mm), referentes
aos períodos decenais¸ na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
Figura 2. Valores médios decenais de precipitação pluvial (mm) na Estação Principal
da Embrapa Cerrados.
Figura 3. Desvios das precipitações médias decenais em relação à média geral dos
quarenta anos na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
Essa diminuição do total precipitado foi observada ao longo de alguns meses da
estação chuvosa. Ao compararmos as duas últimas décadas com as primeiras, os meses
que compõem a estação chuvosa apresentaram menores valores acumulados, exceto no
mês de novembro (Figura 4). Ainda na época chuvosa, nota-se que os meses de janeiro,
março, maio e outubro, apresentaram declínio contínuo do valor médio precipitado nos
três primeiros decênios, confirmando os resultados encontrados por Silva et al., (2014),
com estabilização/decréscimo no último decênio, cujos valores precipitados médios
foram muito próximos aos do terceiro decênio.
Figura 4. Valores acumulados médios mensais de precipitação pluviométrica (mm) por
decêndio, na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
A partir da Figura 4 visualiza-se diminuição mais expressiva do valor médio
precipitado entre o primeiro e último decênios para os meses de janeiro e março, quando
os totais médios acumulados diminuíram 130,6 mm e 104,4 mm, respectivamente, ou
seja, nos últimos dez anos os índices pluviométricos foram 40,5% e 39% inferiores,
respectivamente, em meses importantes para o estabelecimento e desenvolvimento da
maioria dos cultivos sob sequeiro.
De modo geral, é interessante observar na Figura 4, que os meses de outubro
(estabelecimento da estação chuvosa) e março, nos últimos 20 anos apresentaram
decréscimo nos totais pluviométricos e que o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro que
apresenta os maiores totais pluviométricos, reduziu esses totais nas duas últimas
décadas. É conveniente salientar que nesse trimestre a probabilidade de ocorrência de
veranicos (até 5 dias) podem ser superiores a 30% (Tabela 3), o que pode comprometer
o estabelecimento dos principais cultivos da região.
Os dados apresentados na Tabela 3 mostram a quantidade e a frequência de
ocorrência de dias consecutivos sem chuva (veranicos) superior a 5 mm com duração
(dias) de: até 5; 6 a 10; 11 a 15; 16 a 20; 21 a 25; 26 a 30; e 31 a 35 dias, de 1974 a
2013. Observa-se que para quarenta anos de dados analisados, aconteceram entre 33 e
28 períodos de até 10 dias consecutivos sem chuva nos meses de janeiro e fevereiro, o
que equivalem, respectivamente, a 82% e 70% de probabilidade de ocorrência de
veranicos de até 10 dias nesses meses. Já para períodos de até 15 dias consecutivos sem
chuvas, para os mesmos meses, a frequência foi oito e três, que correspondem,
respectivamente, a 20% e 8% de probabilidade de ocorrência.
Na Tabela 3, detecta-se a ocorrência de 20 e 34 períodos de até 10 dias
consecutivos sem chuva nos meses de novembro e dezembro, o que equivalem,
respectivamente, a 50%, 85% de probabilidade de ocorrência no mínimo, de um período
de até 10 dias consecutivos sem chuva na região nesses meses. Já para períodos de até
15 dias consecutivos sem chuva, para os mesmos meses, a frequência foi de 15 e 5
vezes, que correspondem, respectivamente, a 38% e 12% de probabilidade de
ocorrência. Vale ressaltar que dezembro, janeiro e fevereiro representam meses de
grande importância para a estação de crescimento, pois, geralmente é quando as culturas
já foram plantadas e dependem do suprimento hídrico adequado para o crescimento e
definição do rendimento final.
Os valores médios mensais das temperaturas máximas do ar separados por
decênio encontram-se na Tabela 4 e Figura 5. As médias das máximas mensais variaram
entre 26,5 °C e 29,8 °C, sendo agosto, outubro e setembro os meses que apresentam as
maiores temperaturas médias máximas de 28,45°C, 29,25 °C e 29,83°C,
respectivamente. Os meses que apresentam as menores médias das máximas foram
junho e julho com 26,5 °C e 26,7 °C, respectivamente.
Comparando-se a média anual das máximas de cada decênio com a máxima
geral, 27,8 °C, dos quarenta anos, observa-se que as médias das temperaturas máximas
do primeiro decênio ficaram 0,7 °C abaixo da média de todo o período; já no segundo
decênio 0,1 °C. No terceiro e no quarto decênios houve um aumento de 0,5 °C e 0,3 °C,
respectivamente, em relação à média geral (Figura 5).
Quando se compara a evolução entre os decênios, observa-se um aumento
contínuo de 0,6 °C da temperatura máxima nos três primeiros decênios, e uma
diminuição de 0,2 °C do quarto em relação ao terceiro. Porém observa-se um aumento
1,2 °C entre o terceiro e o primeiro decênio; e 1,0 °C entre o quarto e o primeiro
decênio. Por meio dessa análise verifica-se que houve elevação das temperaturas
máximas, onde o terceiro decênio (1994 a 2003) foi o que apresentou maior elevação
(Tabela 4 e Figura 5).
Os dados apresentados na Figura 6 destacam com mais evidências as diferenças
das médias máximas mensais entre os decênios. Observa-se que todos os meses do ano,
nos dois últimos decênios, apresentaram temperaturas médias máximas superiores às
dos dois primeiros decênios, sendo setembro e outubro os meses que apresentaram
maior diferença, 1,5 ºC e 1,8 ºC, respectivamente, enquanto a menor foi observada para
o mês de março, 0,6 ºC.
Os meses mais frios do ano: maio, junho e julho ficaram mais quentes nos dois
últimos decênios cerca de 1,2 ºC, 0,7 ºC e 1,3 ºC, respectivamente. Ao analisar a Tabela
4, pode-se sugerir uma ligeira tendência de valores mais elevados nos últimos 20 anos,
para os meses de fevereiro, março, setembro, outubro e dezembro quando comparados
aos decênios (1974-1983) e (1984-1993), o que não pode ser evidenciado pelos valores
médios. Este aumento da temperatura máxima pode ser parcialmente decorrente da
menor precipitação nestes decênios, onde a menor disponibilidade hídrica reduz a
evapotranspiração real e o gasto de energia neste processo, podendo favorecer o
aumento da temperatura do ar durante os períodos de maior disponibilidade de energia.
A Tabela 5 permite inferir uma ligeira tendência de valores maiores nos últimos
20 anos, para os meses de janeiro, fevereiro e março quando comparados aos decênios
(1974-1983) e (1984-1993). Na Figura 7, destacam-se as diferenças das médias mínimas
mensais entre os decênios. Observa-se que os meses referentes à estação chuvosa
(outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março) durante o terceiro e quarto
decênios apresentaram temperaturas médias mínimas iguais ou superiores às do
primeiro decênio, sendo outubro e janeiro os meses que apresentaram as maiores
elevações das mínimas, 0,4 °C, e que o segundo decêndio apresenta a menor média das
mínimas em todos os meses em relação aos demais decêndios.
Figura 5. Desvios das médias das temperaturas máximas anuais por decênio em relação
à média geral dos quarentas anos na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
A análise mensal por decênio da temperatura mínima encontra-se na Tabela 5 e
na Figura 7. Comparando-se a média anual das mínimas de cada decênio com a média
geral dos quarenta anos apresentadas nessa tabela, observa-se que as variações foram
mínimas, pois o primeiro e o quarto decênios foram iguais à média geral; o segundo
ficou 0,4 °C abaixo; enquanto o terceiro decênio apresentou um aumento de 0,3 °C em
relação à média. Quando se compara a evolução entre os decênios, observa-se
diminuição da temperatura mínima média de 0,4 °C do segundo em relação ao primeiro;
no terceiro decênio as temperaturas mínimas se elevaram e superaram as médias do
segundo e do primeiro em até de 0,7 °C e 0,3 °C, respectivamente; e no quarto decênio
as temperaturas mínimas diminuíram 0,3 °C em relação ao terceiro (Figura 7).
Tabela 4. Valores médios mensais e anuais da temperatura do ar máxima (ºC),
referentes aos períodos decenais, na Estação Principal da Embrapa Cerrados de 1974 a
2013.
Decênio Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual
1974-1983 26.6 27.0 27.5 26.8 26.2 26.0 25.8 27.9 29.1 28.1 27.0 26.7 27.1
1984-1993 27.4 27.7 27.8 28.1 27.5 26.5 26.7 28.2 29.2 29.0 28.0 26.7 27.7
1994-2003 28.1 28.4 28.3 28.1 27.3 26.9 27.3 29.2 30.4 29.9 28.0 28.1 28.3
2004-2013 27.5 28.2 28.1 28.2 27.4 26.7 27.1 28.6 30.6 30.0 27.9 27.5 28.1
Média 27.4 27.8 27.9 27.8 27.1 26.5 26.7 28.5 29.8 29.2 27.7 27.3 27.8
Tabela 3. Frequência e probabilidade de ocorrências (entre parêntesis) de dias
consecutivos sem chuvas (veranicos) registrados na Estação Principal da Embrapa
Cerrados entre 1974 e 2013.
Meses
Períodos de duração (Dias)
até 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35
Janeiro 14 (35%) 33 (82%) 08 (20%) 01 (02%) 01 (02%)
Fevereiro 11 (28%) 28 (70%) 03 (08%) 05 (12%) 01 (02%)
Março 08 (20%) 27 (68%) 14 (35%) 06 (15%)
Abril 07 (18%) 31 (78%) 13 (32%) 13 (32%) 04 (10%) 04 (10%)
Maio 01 (02%) 09 (22%) 11 (28%) 11 (28%) 05 (12%) 12 (30%) 09 (22%)
Junho 01 (02%) 04 (10%) 02 (05%) 04 (10%) 34 (85%)
Julho 01 (02%) 03 (08%) 03 (08%) 01 (02%) 03 (08%) 33 (82%)
Agosto 04 (10%) 09 (22%) 07 (18)% 04 (10%) 05 (12%) 22 (55%)
Setembro 02 (05%) 21 (52%) 15 (38%) 10 (25%) 08 (20%) 10 (25%)
Outubro 07 (18%) 38 (95%) 09 (22%) 07 (18%) 03 (08%) 01 (02%) 01 (02%)
Novembro 13 (32%) 20 (50%) 15 (38%) 01 (02%)
Dezembro 09 (22%) 34 (85%) 05 (12%) 01 (02%)
Figura 6. Valores médios mensais da temperatura do ar máxima (ºC), referentes aos
períodos decenais, na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
Tabela 5. Valores médios mensais e anuais da temperatura do ar mínima (ºC),
referentes aos períodos decenais, na Estação Principal da Embrapa Cerrados de 1974 a
2013.
Decênio Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual
1974-1983 17,7 17,7 17,8 17,2 15,6 14,2 13,3 15,2 17,0 17,6 17,8 17,6 16,5
1984-1993 17,4 17,4 17,4 16,8 15,1 12,9 12,8 14,5 16,2 17,4 17,4 17,7 16,1
1994-2003 18,1 18,0 18,1 17,2 15,2 13,5 13,8 15,4 17,4 18,2 18,3 18,3 16,8
2004-2013 18,0 18,0 18,0 17,2 15,2 14,0 13,1 14,4 16,7 18,1 17,8 17,9 16,5
Média 17,8 17,8 17,8 17,1 15,3 13,7 13,2 14,9 16,8 17,8 17,8 17,9 16,5
Figura 7. Valores médios mensais da temperatura do ar mínima (ºC), referentes aos
períodos decenais, registrados na Estação Principal da Embrapa Cerrados.
CONCLUSÕES
A análise dos primeiros quarenta anos de dados meteorológicos, referentes ao período
compreendido entre os anos 1974 e 2013, revela variabilidades climáticas importantes.
A precipitação pluviométrica apresenta variação negativa no tempo, com médias de
precipitação acumulada anual, nos dois primeiros decênios, acima da média geral dos
quarenta anos, enquanto nos dois decênios seguintes, abaixo da média geral.
A análise de ocorrência de veranicos dentro da estação chuvosa permitiu observar que
dezembro, fevereiro e janeiro, respectivamente, são os meses com menor risco de
ocorrência de veranicos com mais de 10 dias seguidos sem chuva.
A análise temporal indica tendência de aumento da temperatura das máximas média
anual, enquanto as médias anuais das mínimas e das médias, entre os decênios,
praticamente não apresentam oscilação.
REFERÊNCIAS
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Brasileira: Grãos Safra 2014/2015: Oitavo Levantamento: Maio De 2015Conab,
Brasília, pp. 2015. (Acesso em: 08 de maio 20175) .
HATFIELD, J., K. BOOTE, B.A. KIMBALL, R. IZAURRALDE, D. Ort, A. Thomson,
and D. Wolfe. Climate Impacts on Agriculture: Implications for Crop Production.
Agron. J. 103:351?370. 2011.
IPCC. Climate change 2007: The physical science basis: summary for policymakers.
Geneva: IPCC, 2007. 18 p. Disponível em: .
Acesso em: 10 junho 2011.
IPCC, 2013: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2013: The Physical
Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the
Intergovernmental Panel on Climate Change [Stocker, T.F., D. Qin, G.-K. Plattner, M.
Tignor, S.K. Allen, J. Boschung, A. Nauels, Y. Xia, V. Bex and P.M. Midgley (eds.)].
Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA.
SILVA, F. A. M. da; EVANGELISTA, B.A.; MALAQUIAS, J.V. Normal
Climatológica de 1974 a 2003 da Estação Principal da Embrapa Cerrados. Planaltina,
DF: Embrapa Cerrados, 2014.
ZAR J.H. Biostatistical analysis. 3rd ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1996.
WMO -WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION. Greenhouse Gas Bulletin,
2016. Disponível em:
. Acesso em: 8 maio. 2017. MenosVARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E DA
TEMPERATURA DO AR EM PLANALTINA-DF, AO LONGO DE
40 ANOS
Fernando A. Macena da Silva1, Balbino A. Evangelista2, Juaci V. Malaquias3, Artur G.
Muller1, Alexsandra D. de Oliveira1
1Pesquisador, Embrapa Cerrados, Planaltina, Distrito Federal, E-mail: fernando.macena@embrapa.br;
artur.mulle@embrapa.br; Alexsandra.duarte@embrapa.br
2Analista, Embrapa Pesca e Aquicultura, Palmas, Tocantins, E-mail: balbino.evangelista@embrapa.br;
3Analista, Embrapa Cerrados, Planaltina, Distrito Federal, E-mail: juaci.malaquias@embrapa.br.
RESUMO: O principal objetivo dessa publicação foi realizar análise temporal da
precipitação pluvial e da temperatura do ar registradas na Estação Principal da Embrapa
Cerrados e disponibilizar informações que possam ser utilizadas na pesquisa e no
planejamento de atividades agrícolas e da sociedade em geral. Foram analisados quatro
decênios no período entre 1974 a 2014. A análise dos primeiros quarenta anos de dados
meteorológicos, referentes ao período compreendido entre os anos 1974 e 2013, revela
variabilidades climáticas importantes. A precipitação pluviométrica apresenta variação
negativa no tempo, com médias de precipitação acumulada anual, nos dois primeiros
decênios, acima da média geral dos quarenta anos, enquanto nos dois decênios
seguintes, abaixo da média geral. A análise de ocorrência de veranicos dentro da estação
chuvosa permitiu observar que dezembro, fevereiro e janeiro, respectivamente, são os
mes... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Agroclimatologia. |
Thesagro: |
Clima; Mudança Climática; Veranico. |
Categoria do assunto: |
P Recursos Naturais, Ciências Ambientais e da Terra |
Marc: |
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Registro original: |
Embrapa Cerrados (CPAC) |
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Biblioteca(s): |
Embrapa Agroindústria Tropical. |
Data corrente: |
28/01/2015 |
Data da última atualização: |
28/01/2015 |
Tipo da produção científica: |
Resumo em Anais de Congresso |
Autoria: |
MARTINS, T. da S.; SERRANO, L. A. L.; MELO, D. S.; HAWERROTH, F. J.; TANIGUCHI, C. A. K.; FEITOSA, M. M. |
Afiliação: |
THAIS da SILVA MARTINS, UFC - Graduação em Agronomia; LUIZ AUGUSTO LOPES SERRANO, CNPAT; DHEYNE SILVA MELO, CNPAT; FERNANDO JOSE HAWERROTH, CNPAT; CARLOS ALBERTO KENJI TANIGUCHI, CNPAT; MARINA MONTEIRO FEITOSA, UFC - Graduanda em Agronomia. |
Título: |
Substratos comerciais e adubo de liberação lenta (NPK 16-08-12) na produção de porta-enxerto de cajueiro ?CCP 06?, a pleno sol. |
Ano de publicação: |
2014 |
Fonte/Imprenta: |
In: REUNIÃO NORDESTINA DE CIÊNCIA DO SOLO, 2., 2014, Ilhéus. Resumos... Ilhéus: UESC, 2014. |
Idioma: |
Português |
Palavras-Chave: |
Anacardium occidentale L; Matéria seca total; Propagação. |
Categoria do assunto: |
-- |
URL: |
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/116712/1/RES14023.pdf
|
Marc: |
LEADER 00683nam a2200193 a 4500 001 2006968 005 2015-01-28 008 2014 bl uuuu u00u1 u #d 100 1 $aMARTINS, T. da S. 245 $aSubstratos comerciais e adubo de liberação lenta (NPK 16-08-12) na produção de porta-enxerto de cajueiro ?CCP 06?, a pleno sol. 260 $aIn: REUNIÃO NORDESTINA DE CIÊNCIA DO SOLO, 2., 2014, Ilhéus. Resumos... Ilhéus: UESC$c2014 653 $aAnacardium occidentale L 653 $aMatéria seca total 653 $aPropagação 700 1 $aSERRANO, L. A. L. 700 1 $aMELO, D. S. 700 1 $aHAWERROTH, F. J. 700 1 $aTANIGUCHI, C. A. K. 700 1 $aFEITOSA, M. M.
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Registro original: |
Embrapa Agroindústria Tropical (CNPAT) |
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