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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Meio Ambiente. |
Data corrente: |
09/08/2013 |
Data da última atualização: |
09/08/2013 |
Tipo da produção científica: |
Artigo em Periódico Indexado |
Autoria: |
LIMA, M. A. de; PESSOA, M. C. P. Y.; VILLELA, O. V. |
Afiliação: |
MAGDA APARECIDA DE LIMA, CNPMA; MARIA CONCEICAO PERES YOUNG PESSOA, CNPMA; OMAR VIEIRA VILLELA, APTA-Vale do Paraíba. |
Título: |
Emissão de metano em cultivo de arroz irrigado por inundação. |
Ano de publicação: |
2013 |
Fonte/Imprenta: |
Tópicos em Ciência do Solo, Viçosa, v. 1, n. 3, p. 94-139, 2013. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
Introdução: O cultivo de arroz é uma das principais atividades destinadas à nutrição humana e que abastece grande parte da população do planeta. A grande diversidade de variedades de arroz permite seu cultivo em ampla faixa de agrossistemas. A decomposição anaeróbia de material orgânico em campos de arroz inundado produz o gás metano (CH4), que escapa para a atmosfera principalmente por meio de transporte mediado por plantas de arroz (IPCC, 2006). O arroz é uma planta semiaquática provida de aerênquima, tecido vascular que favorece a troca de gases entre as raízes e os tecidos acima da superfície da água, permitindo o transporte de 02 atmosférico para as raízes e de outros gases, como o CH4, produzido no solo anaeróbio (Neue, 1993). A emissão de CH4, gerado nessas condições constitui, porém, impacto ambiental para a atmosfera global. O CH4 é um importante gás de efeito estufa e influencia fortemente a fotoquímica da atmosfera, permanecendo por tempo relativamente pequeno, aproximadamente nove anos, na atmosfera, mas com potencial de aquecimento global 25 vezes maior que o do CO2 para um horizonte de 100 anos (IPCC, 2007). O CH4 é o segundo composto de C mais abundante na atmosfera depois do CO2. Estima-se que o CH4, contribua com cerca de 20 % do forçamento radiativo total; grande parte de suas fontes são biogênicas, dentre essas as várzeas, os campos de arroz inundados, a queima de biomassa, os animais ruminantes e os dejetos animais. Ao cultivo de arroz irrigado por inundação, atribui-se emissão anual global de CH4 na faixa de 31-112 Tg (Forster et aI. , 2007); Chen & Prinn (2006) estimaram valor anual de emissão de 112 Tg de CH, (Tg = 109 g) . Essa faixa razoavelmente ampla de estimativas de valores de emissão de CH4 por cultivos de arroz reflete forte incerteza sobre a contribuição dessa fonte antrópica à emissão deste gás. O CH4 é um gás quimicamente ativo na atmosfera, influenciando concentrações de vários outros componentes, como radicais hidroxila, ozônio e monóxido de carbono; a maior parte (95 %) do CH4, é removida da atmosfera pela reação com radicais hidroxila (OH), fotoquimicamente produzidos na atmosfera. Em menor proporção (5 %), organismos metanotróficos em solos de terras altas atuam também como sumidouros de CH4, atmosférico (Reeburgh, 2003). A primeira evidência de que a concentração do CH4, atmosférico estaria aumentando foi apresentada no início da década de 1980 (Graedel & McRae,1980; Rasmussen & Khalil, 1981). De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), as concentrações atmosféricas de CH4, aumentaram em 150 % (aprox. 2,5 vezes) desde 1750, partindo de 400 ppbv (em períodos glaciais) a 700 ppbv (em intervalos interglaciais) para 1.774 ± 1,22 ppbv, em 2005 (IPCC, 2007). Entretanto, medidas atmosféricas feitas nos últimos 25 anos apresentaram que a taxa de crescimento da concentração de CH4. diminuiu substancialmente de 1% ao ano no final da década de 1970 para zero, considerando-se o final da década de 1990 até 2005 (Dlugokencky et aI., 2011). As razões para essa queda ainda não são bem compreendidas, mas autores sugerem que a redução da taxa de crescimento reflete estabilização de emissões de CH4. Entretanto, dados recentes evidenciam novo aumento (aprox. 0,3 % ao ano) nas concentrações de CH4. a partir de 2007 (Dlugokencky et aI., 2011), cujas causas ainda são incertas, indicando, provavelmente, a ocorrência de fortes anomalias de precipitação pluvial (fenômeno La Nina) em áreas úmidas tropicais e o impacto de temperaturas anormalmente altas em regiões boreais em 2007 (Sussmann et aI., 2012). Este trabalho aborda o potencial de emissão de CH4. em campos de arroz inundado, os fatores e as variáveis que alteram a produção e emissão de CH 4, as estimativas com base em quantificação local e a simulação, incluindo avaliações realizadas em sistemas de produção no País e as práticas mais indicadas para sua mitigação. MenosIntrodução: O cultivo de arroz é uma das principais atividades destinadas à nutrição humana e que abastece grande parte da população do planeta. A grande diversidade de variedades de arroz permite seu cultivo em ampla faixa de agrossistemas. A decomposição anaeróbia de material orgânico em campos de arroz inundado produz o gás metano (CH4), que escapa para a atmosfera principalmente por meio de transporte mediado por plantas de arroz (IPCC, 2006). O arroz é uma planta semiaquática provida de aerênquima, tecido vascular que favorece a troca de gases entre as raízes e os tecidos acima da superfície da água, permitindo o transporte de 02 atmosférico para as raízes e de outros gases, como o CH4, produzido no solo anaeróbio (Neue, 1993). A emissão de CH4, gerado nessas condições constitui, porém, impacto ambiental para a atmosfera global. O CH4 é um importante gás de efeito estufa e influencia fortemente a fotoquímica da atmosfera, permanecendo por tempo relativamente pequeno, aproximadamente nove anos, na atmosfera, mas com potencial de aquecimento global 25 vezes maior que o do CO2 para um horizonte de 100 anos (IPCC, 2007). O CH4 é o segundo composto de C mais abundante na atmosfera depois do CO2. 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Palavras-Chave: |
Brasil; Emissão de gases; Estimativas; GEE; Mudanças climáticas. |
Thesagro: |
Arroz irrigado; Efeito estufa; Impacto ambiental; Metano; Simulação. |
Thesaurus Nal: |
Climate change; Greenhouse gas emissions; Irrigated farming; Rice. |
Categoria do assunto: |
P Recursos Naturais, Ciências Ambientais e da Terra |
Marc: |
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90. | | PESSOA, M. C. P. Y.; SA, L. A. N. de; FUJINAWA, M. F. Modelagem e simulação como ferramentas para o estudo de agentes de controle biológico de pragas. In: HALFELD-VIEIRA, B. A.; MARINHO-PRADO, J. S.; NECHET, K. de L.; MORANDI, M. A. B.; BETTIOL, W. (Ed.). Defensivos agrícolas naturais: uso e perspectivas. Brasília, DF: Embrapa, 2016. p. 744-801.Tipo: Capítulo em Livro Técnico-Científico |
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