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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Cerrados. |
Data corrente: |
28/02/2005 |
Data da última atualização: |
28/02/2005 |
Autoria: |
BRITO, M. A. de. |
Título: |
Fitossociologia e ecologia de população de Dipteryx alata Vog. (baru) em área de transição cerrado denso/mata estacional, Pirenópolis, GO. |
Ano de publicação: |
2004 |
Fonte/Imprenta: |
2004. |
Páginas: |
127 f. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Tese (Doutorado em Ecologia) - Universidade de Brasília, Brasília. |
Conteúdo: |
O barueiro (Dipterix alata Vog.) é uma espécie de planta da família Leguminosae Papilionoideae, que ocorre naturalmente no Bioma Cerrado brasileiro, com distribuição ampla nos estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. D. alata apresenta frutos comestíveis (polpa e semente), que são disseminados durante a estação seca, época de baixa disponibilidade de frutos no Cerrado, sendo fonte de alimentos para vários grupos da fauna, como macacos, morcegos, roedores (cutia, paca, entre outros) e insetos (coleópteros). Suas flores são intensivamente visitadas por insetos, especialmente abelhas. Representa importância econômica para as populações do Cerrado, especialmente da região do Estado de Goiás, por meio da comercialização de suas sementes. Com o objetivo de conhecer a estrutura fitossociológica de vegetação com ocorrência natural de D. alata, bem como aspectos da ecologia populacional dessa espécie, foram selecionadas duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional, localizadas acerca de 30 km da cidade de Pirenópolis, Goiás. A primeira área apresenta relevo plano, sendo denominada, no presente estudo, de Transição Plana, e a segunda, sobre relevo acidentado, foi denominada de Transição Acidentada. Os objetivos específicos do estudo foram: a) verificar a composição florística e estrutura fitossociológica do componente lenhoso de uma área de transição Cerrado Denso/Mata Estacional sobre relevo plano (Transição Plana), com ocorrência natural de Dipterix alata; b) determinar a estrutura populacional de Dipterix alata em duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional (Transição Plana e Transição Acidentada). c) relacionar a distribuição (densidade) de indivíduos de D. alata com propriedades químicas do solo nas duas áreas de estudo; d) dividir a dinâmica populacional de D. alata em uma área de transição Cerrado Denso/Mata Estacional sobre relevo plano (Transição Plana), no período de um ano (2001-2002). Para o levantamento fitossociológico, foram demarcadas 100 parcelas de 10m x 10 m, de Transição Plana, onde foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP)<= 5 cm. O estudo demográfico de D. alata foi realizado em duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional, em novembro de 2001 e em novembro de 2002 (Transição Plana) e em maio de 2003 (Transição Acidentada). Em cada área foram demarcadas 100 parcelas de 10m x 10 m, onde foram mapeados e tomadas medidas de diâmetro no nível do solo e altura total de todos os indivíduos de D. alata. A Transição Plana apresentou 96 espécies lenhosas. O Índice de Shannon (H') foi de 3,94 nats/indivíduo, enquanto o Índice de equabilidade de Pielou (J') foi de 0,86. As espécies Qualea grandiflora, Simarouba versicolor, Xylopia aromatica e Dipterix alata foram as mais importantes dessa comunidade. Os resultados da análise dos solos nas duas áreas de estudo revelaram que os solos da Transição Plana são menos férteis do que os da Transição Acidentada. Na Transição Plana, foram amostrados 1258 indivíduos de D. alata em um hectare, compreendendo 776 plântulas (indivíduos com altura inferior ou igual a 30cm); 459 juvenis (indivíduos maiores que 30 cm e com DAP menor que 11cm) e 23 adultos (indivíduos com DAP igual ou maior que 11 cm), em novembro de 2001. Na Transição Acidentada, foram mapeados, em maio de 2003, 164 indivíduos de D. alata em um hectare, compreendendo 53 plântulas; 100 juvenis e 11 adultos. Nos dois locais de estudo (Transição Plana e Transição Acidentada), as distribuições de diâmetro de D. alata foi desbalanceada, sugerindo recrutamento episódico. Por outro lado observa-se que as populações, especialmente a da Transição Plana, apresentam potencial para atingir o equilíbrio ao longo do tempo. O pequeno tamanho da população de D. alata da Transição Acidentada, em comparação com a Transição Plana, pode ser decorrente de dificuldades no recrutamento e baixa sobrevivência das plântulas nos útimos anos. Em relação a distribuição espacial dos estádios de plântulas, juvenis e adultos, a avaliação do Índice de Morisita, em função do tamanho de parcelas, mostrou que as plântulas, juvenis e adultos de D. alata apresentaram padrão de distribuição agregado em todos os tamanhos de parcelas nas duas áreas de estudo (Transição Plana e Transição Acidentada), com exceção dos adultos da Transição Plana, que apresentaram padrão aleatório nas parcelas de maior tamanho. No estudo da dinâmica populacional de D. alata, na Transição Plana, verificou-se que as distribuições da população total de D. alata por classes de diâmetro e de altura não diferiram significativamente entre os dois censos (2001 e 2002). Assim sendo, a população manteve o padrão observado no ano de 2001. A população de D. alata apresentou aumento líquido de 60 indivíduos em um ano de estudo. No período de 1 ano (2001 a 2002), a população total de D. alata apresentou alta taxa de sobrevivência (97%), com taxas de recrutamento anual e mortalidade anual de 7,63% ano (elevado a -1) e 2,86% ano (elevado a -1), respectivamente. A taxa de mudança populacional total de D. alata foi de 4,77% ano (elevado a -1), indicando que a taxa de mortalidade foi compensada pelo recrutamento. Os resultados alcançados no presente estudo poderão contribuir para subsidiar a conservação e o uso sustentável de Dipteryx alata no Cerrado. MenosO barueiro (Dipterix alata Vog.) é uma espécie de planta da família Leguminosae Papilionoideae, que ocorre naturalmente no Bioma Cerrado brasileiro, com distribuição ampla nos estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. D. alata apresenta frutos comestíveis (polpa e semente), que são disseminados durante a estação seca, época de baixa disponibilidade de frutos no Cerrado, sendo fonte de alimentos para vários grupos da fauna, como macacos, morcegos, roedores (cutia, paca, entre outros) e insetos (coleópteros). Suas flores são intensivamente visitadas por insetos, especialmente abelhas. Representa importância econômica para as populações do Cerrado, especialmente da região do Estado de Goiás, por meio da comercialização de suas sementes. Com o objetivo de conhecer a estrutura fitossociológica de vegetação com ocorrência natural de D. alata, bem como aspectos da ecologia populacional dessa espécie, foram selecionadas duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional, localizadas acerca de 30 km da cidade de Pirenópolis, Goiás. A primeira área apresenta relevo plano, sendo denominada, no presente estudo, de Transição Plana, e a segunda, sobre relevo acidentado, foi denominada de Transição Acidentada. Os objetivos específicos do estudo foram: a) verificar a composição florística e estrutura fitossociológica do componente lenhoso de uma área de transição Cerrado Denso/Mata Estacional sobre relevo plano (Transição Plana), com ocorrência natural de Dipterix al... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Baru; Cerrado denso; Estrutura populacional; Mata estacional. |
Thesagro: |
Cerrado; Dipteryx Alata. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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Representa importância econômica para as populações do Cerrado, especialmente da região do Estado de Goiás, por meio da comercialização de suas sementes. Com o objetivo de conhecer a estrutura fitossociológica de vegetação com ocorrência natural de D. alata, bem como aspectos da ecologia populacional dessa espécie, foram selecionadas duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional, localizadas acerca de 30 km da cidade de Pirenópolis, Goiás. A primeira área apresenta relevo plano, sendo denominada, no presente estudo, de Transição Plana, e a segunda, sobre relevo acidentado, foi denominada de Transição Acidentada. Os objetivos específicos do estudo foram: a) verificar a composição florística e estrutura fitossociológica do componente lenhoso de uma área de transição Cerrado Denso/Mata Estacional sobre relevo plano (Transição Plana), com ocorrência natural de Dipterix alata; b) determinar a estrutura populacional de Dipterix alata em duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional (Transição Plana e Transição Acidentada). c) relacionar a distribuição (densidade) de indivíduos de D. alata com propriedades químicas do solo nas duas áreas de estudo; d) dividir a dinâmica populacional de D. alata em uma área de transição Cerrado Denso/Mata Estacional sobre relevo plano (Transição Plana), no período de um ano (2001-2002). Para o levantamento fitossociológico, foram demarcadas 100 parcelas de 10m x 10 m, de Transição Plana, onde foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP)<= 5 cm. O estudo demográfico de D. alata foi realizado em duas áreas de transição Cerrado Denso/Mata Estacional, em novembro de 2001 e em novembro de 2002 (Transição Plana) e em maio de 2003 (Transição Acidentada). Em cada área foram demarcadas 100 parcelas de 10m x 10 m, onde foram mapeados e tomadas medidas de diâmetro no nível do solo e altura total de todos os indivíduos de D. alata. A Transição Plana apresentou 96 espécies lenhosas. O Índice de Shannon (H') foi de 3,94 nats/indivíduo, enquanto o Índice de equabilidade de Pielou (J') foi de 0,86. As espécies Qualea grandiflora, Simarouba versicolor, Xylopia aromatica e Dipterix alata foram as mais importantes dessa comunidade. Os resultados da análise dos solos nas duas áreas de estudo revelaram que os solos da Transição Plana são menos férteis do que os da Transição Acidentada. Na Transição Plana, foram amostrados 1258 indivíduos de D. alata em um hectare, compreendendo 776 plântulas (indivíduos com altura inferior ou igual a 30cm); 459 juvenis (indivíduos maiores que 30 cm e com DAP menor que 11cm) e 23 adultos (indivíduos com DAP igual ou maior que 11 cm), em novembro de 2001. Na Transição Acidentada, foram mapeados, em maio de 2003, 164 indivíduos de D. alata em um hectare, compreendendo 53 plântulas; 100 juvenis e 11 adultos. Nos dois locais de estudo (Transição Plana e Transição Acidentada), as distribuições de diâmetro de D. alata foi desbalanceada, sugerindo recrutamento episódico. Por outro lado observa-se que as populações, especialmente a da Transição Plana, apresentam potencial para atingir o equilíbrio ao longo do tempo. O pequeno tamanho da população de D. alata da Transição Acidentada, em comparação com a Transição Plana, pode ser decorrente de dificuldades no recrutamento e baixa sobrevivência das plântulas nos útimos anos. Em relação a distribuição espacial dos estádios de plântulas, juvenis e adultos, a avaliação do Índice de Morisita, em função do tamanho de parcelas, mostrou que as plântulas, juvenis e adultos de D. alata apresentaram padrão de distribuição agregado em todos os tamanhos de parcelas nas duas áreas de estudo (Transição Plana e Transição Acidentada), com exceção dos adultos da Transição Plana, que apresentaram padrão aleatório nas parcelas de maior tamanho. No estudo da dinâmica populacional de D. alata, na Transição Plana, verificou-se que as distribuições da população total de D. alata por classes de diâmetro e de altura não diferiram significativamente entre os dois censos (2001 e 2002). Assim sendo, a população manteve o padrão observado no ano de 2001. A população de D. alata apresentou aumento líquido de 60 indivíduos em um ano de estudo. No período de 1 ano (2001 a 2002), a população total de D. alata apresentou alta taxa de sobrevivência (97%), com taxas de recrutamento anual e mortalidade anual de 7,63% ano (elevado a -1) e 2,86% ano (elevado a -1), respectivamente. A taxa de mudança populacional total de D. alata foi de 4,77% ano (elevado a -1), indicando que a taxa de mortalidade foi compensada pelo recrutamento. Os resultados alcançados no presente estudo poderão contribuir para subsidiar a conservação e o uso sustentável de Dipteryx alata no Cerrado. 650 $aCerrado 650 $aDipteryx Alata 653 $aBaru 653 $aCerrado denso 653 $aEstrutura populacional 653 $aMata estacional
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9. | | SANO, S. M.; BRITO, M. A. de; RIBEIRO, J. F. Baru. In: VIEIRA, R. F.; AGOSTINI-COSTA, T. da S.; SILVA, D. B. da; FERREIRA, F. R.; SANO, S. M. (Ed.). Frutas nativas da região centro-oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2010. p. 83-107Tipo: Capítulo em Livro Técnico-Científico |
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19. | | SANO, S. M.; BRITO, M. A.; RIBEIRO, J. F. Dipteryx alata: Baru. In: VIEIRA, R. F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. (Série Biodiversidade; 44). p. 203-215.Tipo: Capítulo em Livro Técnico-Científico |
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