Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Semiárido. |
Data corrente: |
28/03/2008 |
Data da última atualização: |
20/10/2014 |
Autoria: |
SIQUEIRA, K. M. M. de. |
Título: |
Ecologia da polinização de fruteiras na região do Vale do São Francisco. |
Ano de publicação: |
2007 |
Fonte/Imprenta: |
2007 |
Páginas: |
189 f. |
Descrição Física: |
il. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Tese (Doutorado em Ciências Biológicas - Zoologia) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. |
Conteúdo: |
Este estudo procurou compreender aspectos da ecologia da polinização de frutíferas cultivadas no Vale do Submédio São Francisco, no pólo de irrigação Petrolina-PE/Juazeiro-BA., durante os anos de 2005/2007. Os trabalhos foram desenvolvidos em plantios comerciais de Mangifera indica L.(Anacardiaceae), variedades Tommy Atkins e Haden, de Passiflora edulis f. flavicarpa Deg. (Passifloraceae), de Malpighia emarginata DC. (Malpighiaceae) variedades Sertaneja, Flor Branca e Okinawa e de Psidium guajava L. (Myrtaceae) variedade Paluma. Em M. indica, as panículas apresentaram flores masculinas e hermafroditas, na proporção de 2:1, registrando-se dicogamia. Foram registradas 21 espécies de visitantes florais, pertencentes às ordens; Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Odonata. Apis mellifera foi à espécie mais freqüente. Dentre os dípteros, destacaram-se Belvosia bicincta (17,7%) e Musca domestica (10,2%) em cultivo convencional e orgânico, respectivamente. A utilização de agrotóxicos durante a floração reduziu a freqüência de visitas das abelhas em 50% e dos dípteros em 20%. Devido ao seu comportamento, freqüência e ativo deslocamento nas inflorescências, A. mellifera foi considerada como o polinizador mais eficiente da cultura. Nos experimentos de polinização, foi registrado sucesso reprodutivo na polinização espontânea com a variedade Tommy Atkins. A relação fruto/panícula foi de 1,8 para a Tommy Atkins e de 0,71, para Haden e a relação fruto/flor foi considerada baixa em ambas as variedades Ao longo do desenvolvimento dos frutos, as taxas de aborto nos primeiros 15 dias foram de 60,92% e 58,3% para a Tommy Atkins e Haden, respectivamente. As maiores taxas foram registradas aos 28 dias para a Tommy Atkins (98,85%) e aos 50 dias (92,6%) para a Haden. O completo desenvolvimento dos frutos ocorreu aos 120 dias, identificando-se as fases chumbinho (7 dias), ervilha (23 dias), azeitona (33 dias), castanha(40 dias), ovo (50 dias) e fruto em estádio final. Em P. edulis f. flavicarpa, mais de 94% dos grãos de pólen foram viáveis e os estigmas permaneceram receptivos durante toda a antese. O volume de néctar foi de 100 μL, com 48% °brix. Registrou-se 10% de flores com quatro estigmas que, quando polinizadas manualmente, apresentaram frutos maiores e com maior número de sementes (477,77 ± 76,83, n= 9). Os visitantes florais identificados foram A. mellifera, Trigona spinipes, Xylocopa grisescens, X. frontalis e X. cearensis. Apis mellifera e T. spinipes foram consideradas pilhadores de pólen e néctar, respectivamente. As abelhas do gênero Xylocopa foram mais freqüentes nas flores durante a estação seca e A. mellifera durante a estação chuvosa. Os polinizadores efetivos foram X. grisescens e X. frontalis, constatando-se uma limitação desses polinizadores nas áreas estudadas. Os locais de nidificação de X. grisescens e X. frontalis, foram registrado nas áreas de caatinga, no entorno dos cultivos, em troncos secos de umburana de cambão (Commiphora leptophloeos-Burseraceae). Os resultados indicam que há disponibilidade de substrato nas áreas estudadas, não sendo este fator limitante para a multiplicação destas abelhas. A espécie C. leptophloeos apresentou distribuição agregada (Pi= 2,18), como também, os ninhos nas árvores e nas áreas. A maior relação ninho/hectare e abelha/planta registradas foram de 6,7 e 4,7, respectivamente. Em M. emarginata, o número de elaióforos variou entre variedades e entre indivíduos. A antese das flores foi diurna, ocorrendo entre 4h30 e 5h com os grãos de pólen disponíveis e os estigmas receptivos. A viabilidade polínica da variedade Okinawa foi baixa (14%), quando comparada com a Flor Branca (92%) e Sertaneja (83%). O sucesso reprodutivo com a autopolinização espontânea variou de 4 a 6%. Na polinização inter-cultivares, a menor taxa de frutificação foi registrada quando a Okinawa foi usada como doadora de pólen (1%) e a maior taxa com a Sertaneja (43%). Na polinização natural (controle), destacouse a Sertaneja com 46% de frutificação. Os visitantes florais registrados foram Centris aenea, C. (Ptilotopus) maranhensis, C. tarsata, C. trigonoides, C. obsoleta e Frieseomelitta doederleini. Devido a sua freqüência, comportamento e fidelidade floral, C. aenea, foi considerada o polinizador efetivo da cultura na região. Para P. guajava L., variedade Paluma, a antese ocorreu entre 5h e 5h30, com emissão de odor adocicado, estando os grãos de pólen disponíveis. Mais de 95% dos grãos de pólen permaneceram viáveis, por mais de 10 horas, e a receptividade estigmática se estendeu pelo mesmo período. Foi registrada autopolinização espontânea (62,1%), porém com um maior percentual de frutificação com a polinização em condições naturais (74,5%). As maiores taxas de queda de frutos imaturos ocorreu aos 60 dias (24 a 45%) após a polinização. Não foi registrada polinização pelo vento. Registrou-se correlação positiva entre peso dos frutos e número de sementes. Os visitantes florais identificados foram A. mellifera, Melipona mandacaia, T. spinipes, Exomalopsis analis, Partamona seridoensis, F. doederleini, C. aenea, X. grisescens, X. frontalis, X. cearensis e Ptiloglossa sp. O pico de visitação ocorreu entre 5h30 e 6h30. As abelhas C. aenea, e as do gênero Xylocopa, foram consideradas como polinizadores efetivos da cultura. De modo geral, foi observado que nas frutíferas estudadas há um incremento na frutificação com a polinização natural, indicando a importância dos visitantes florais para a produção. MenosEste estudo procurou compreender aspectos da ecologia da polinização de frutíferas cultivadas no Vale do Submédio São Francisco, no pólo de irrigação Petrolina-PE/Juazeiro-BA., durante os anos de 2005/2007. Os trabalhos foram desenvolvidos em plantios comerciais de Mangifera indica L.(Anacardiaceae), variedades Tommy Atkins e Haden, de Passiflora edulis f. flavicarpa Deg. (Passifloraceae), de Malpighia emarginata DC. (Malpighiaceae) variedades Sertaneja, Flor Branca e Okinawa e de Psidium guajava L. (Myrtaceae) variedade Paluma. Em M. indica, as panículas apresentaram flores masculinas e hermafroditas, na proporção de 2:1, registrando-se dicogamia. Foram registradas 21 espécies de visitantes florais, pertencentes às ordens; Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Odonata. Apis mellifera foi à espécie mais freqüente. Dentre os dípteros, destacaram-se Belvosia bicincta (17,7%) e Musca domestica (10,2%) em cultivo convencional e orgânico, respectivamente. A utilização de agrotóxicos durante a floração reduziu a freqüência de visitas das abelhas em 50% e dos dípteros em 20%. Devido ao seu comportamento, freqüência e ativo deslocamento nas inflorescências, A. mellifera foi considerada como o polinizador mais eficiente da cultura. Nos experimentos de polinização, foi registrado sucesso reprodutivo na polinização espontânea com a variedade Tommy Atkins. A relação fruto/panícula foi de 1,8 para a Tommy Atkins e de 0,71, para Haden e a relação fruto/flor foi considerada baixa em ambas as... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Brasil; Malpighia earginata; Vale do São Francisco. |
Thesagro: |
Abelha; Acerola; Fruta; Goiaba; Inseto; Manga; Mangifera Indica; Maracujá; Passiflora Edulis; Polinização; Psidium Guajava. |
Thesaurus Nal: |
Fruits. |
Categoria do assunto: |
A Sistemas de Cultivo |
Marc: |
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Foram registradas 21 espécies de visitantes florais, pertencentes às ordens; Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Odonata. Apis mellifera foi à espécie mais freqüente. Dentre os dípteros, destacaram-se Belvosia bicincta (17,7%) e Musca domestica (10,2%) em cultivo convencional e orgânico, respectivamente. A utilização de agrotóxicos durante a floração reduziu a freqüência de visitas das abelhas em 50% e dos dípteros em 20%. Devido ao seu comportamento, freqüência e ativo deslocamento nas inflorescências, A. mellifera foi considerada como o polinizador mais eficiente da cultura. Nos experimentos de polinização, foi registrado sucesso reprodutivo na polinização espontânea com a variedade Tommy Atkins. A relação fruto/panícula foi de 1,8 para a Tommy Atkins e de 0,71, para Haden e a relação fruto/flor foi considerada baixa em ambas as variedades Ao longo do desenvolvimento dos frutos, as taxas de aborto nos primeiros 15 dias foram de 60,92% e 58,3% para a Tommy Atkins e Haden, respectivamente. As maiores taxas foram registradas aos 28 dias para a Tommy Atkins (98,85%) e aos 50 dias (92,6%) para a Haden. O completo desenvolvimento dos frutos ocorreu aos 120 dias, identificando-se as fases chumbinho (7 dias), ervilha (23 dias), azeitona (33 dias), castanha(40 dias), ovo (50 dias) e fruto em estádio final. Em P. edulis f. flavicarpa, mais de 94% dos grãos de pólen foram viáveis e os estigmas permaneceram receptivos durante toda a antese. O volume de néctar foi de 100 μL, com 48% °brix. Registrou-se 10% de flores com quatro estigmas que, quando polinizadas manualmente, apresentaram frutos maiores e com maior número de sementes (477,77 ± 76,83, n= 9). Os visitantes florais identificados foram A. mellifera, Trigona spinipes, Xylocopa grisescens, X. frontalis e X. cearensis. Apis mellifera e T. spinipes foram consideradas pilhadores de pólen e néctar, respectivamente. As abelhas do gênero Xylocopa foram mais freqüentes nas flores durante a estação seca e A. mellifera durante a estação chuvosa. Os polinizadores efetivos foram X. grisescens e X. frontalis, constatando-se uma limitação desses polinizadores nas áreas estudadas. Os locais de nidificação de X. grisescens e X. frontalis, foram registrado nas áreas de caatinga, no entorno dos cultivos, em troncos secos de umburana de cambão (Commiphora leptophloeos-Burseraceae). Os resultados indicam que há disponibilidade de substrato nas áreas estudadas, não sendo este fator limitante para a multiplicação destas abelhas. A espécie C. leptophloeos apresentou distribuição agregada (Pi= 2,18), como também, os ninhos nas árvores e nas áreas. A maior relação ninho/hectare e abelha/planta registradas foram de 6,7 e 4,7, respectivamente. Em M. emarginata, o número de elaióforos variou entre variedades e entre indivíduos. A antese das flores foi diurna, ocorrendo entre 4h30 e 5h com os grãos de pólen disponíveis e os estigmas receptivos. A viabilidade polínica da variedade Okinawa foi baixa (14%), quando comparada com a Flor Branca (92%) e Sertaneja (83%). O sucesso reprodutivo com a autopolinização espontânea variou de 4 a 6%. Na polinização inter-cultivares, a menor taxa de frutificação foi registrada quando a Okinawa foi usada como doadora de pólen (1%) e a maior taxa com a Sertaneja (43%). Na polinização natural (controle), destacouse a Sertaneja com 46% de frutificação. Os visitantes florais registrados foram Centris aenea, C. (Ptilotopus) maranhensis, C. tarsata, C. trigonoides, C. obsoleta e Frieseomelitta doederleini. Devido a sua freqüência, comportamento e fidelidade floral, C. aenea, foi considerada o polinizador efetivo da cultura na região. Para P. guajava L., variedade Paluma, a antese ocorreu entre 5h e 5h30, com emissão de odor adocicado, estando os grãos de pólen disponíveis. Mais de 95% dos grãos de pólen permaneceram viáveis, por mais de 10 horas, e a receptividade estigmática se estendeu pelo mesmo período. Foi registrada autopolinização espontânea (62,1%), porém com um maior percentual de frutificação com a polinização em condições naturais (74,5%). As maiores taxas de queda de frutos imaturos ocorreu aos 60 dias (24 a 45%) após a polinização. Não foi registrada polinização pelo vento. Registrou-se correlação positiva entre peso dos frutos e número de sementes. Os visitantes florais identificados foram A. mellifera, Melipona mandacaia, T. spinipes, Exomalopsis analis, Partamona seridoensis, F. doederleini, C. aenea, X. grisescens, X. frontalis, X. cearensis e Ptiloglossa sp. O pico de visitação ocorreu entre 5h30 e 6h30. As abelhas C. aenea, e as do gênero Xylocopa, foram consideradas como polinizadores efetivos da cultura. De modo geral, foi observado que nas frutíferas estudadas há um incremento na frutificação com a polinização natural, indicando a importância dos visitantes florais para a produção. 650 $aFruits 650 $aAbelha 650 $aAcerola 650 $aFruta 650 $aGoiaba 650 $aInseto 650 $aManga 650 $aMangifera Indica 650 $aMaracujá 650 $aPassiflora Edulis 650 $aPolinização 650 $aPsidium Guajava 653 $aBrasil 653 $aMalpighia earginata 653 $aVale do São Francisco
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