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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Soja. |
Data corrente: |
31/05/2005 |
Data da última atualização: |
08/07/2005 |
Autoria: |
MOSCARDI, F.; SANTOS, B. |
Título: |
Produção comercial do nucleopoliedrovirus de Anticarsia gemmatalis Hubner (Lep.: Noctuidae) em laboratório. |
Ano de publicação: |
2005 |
Fonte/Imprenta: |
In: SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLÓGICO, 9., 2005, Recife. Anais... Recife, 2005. p. 42. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
O nucleopoliedrovirus da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis (AgMNPV), é atualmente utilizado em cerca de 2,0 milhões de hectares de soja no Brasil. Apesar da tentativa de duas empresas privadas (Nova Era e Geratec) tentarem a produção desse vírus em laboratório, no início da década de 1990, produzindo até 150.000 ha equivalente de vírus/ano (Geratec), essas empresas cessaram a produção, pois o custo do produto final não era competitivo com o do inseticidas químicos disponíveis. Nesse contexto, até 2003, toda a produção do AgMNPV passou a ser realizada somente em campo, por pequenas empresas que fornecem a matéria prima (lagartas mortas pelo vírus) às empresas conveniadas com a Embrapa Soja, para posterior processamento, formulação e controle de qualidade. No entanto, a produção em campo passou a não atender a demanda crescente pelo inseticida biológico desde 1999. Além disso, a qualidade do material coletado em campo decresceu muito nos últimos anos, com o material produzido contendo muita matéria orgânica não desejável. A partir de 2000, todos os procedimentos anteriores de produção do vírus em laboratório foram revistos, sendo motivo de tese de doutorado (B. Santos, UFPR, 2003), que resultou em consideráveis avanços na produção do AgMNPV em laboratório, com um produto final de maior qualidade e com custo competitivo com os dois inseticidas químicos utilizados contra A. gemmatalis. Obteve-se, nesse estudo, redução do custo entre 60-85%, substituindo o agar-agar por outro agente gelificante e reduzindo com 50% a caseína na dieta, propiciando a implementação de um "Laboratório Piloto" na Coodetec, Cascavel, PR, para a produção do AgMNPV, em junho de 2003. Os insetos foram criados em caixas plásticas (30 x 35 x 12 cm), contendo 400g de dieta artificial inoculada com vírus e recebendo cerca de 350 lagartas no início do 4° instar nesse sistema, obteve-se a produção de 26 g de lagartas por caixa, considerando uma taxa média de canibalismo de 42%. Nessa condição, o custo de produção de uma dose (produto para um ha) foi de R$ 0,93. Comparativamente, o custo de produção em campo é de R$ 0,63, sendo que, por esse método, obtém-se 35 a 50 doses/Kg de material coletado. Os resultados em laboratório, após processar 1000 kg de lagartas, variaram entre 65 a 72 doses/kg, compensando, o maior custo da produção em laboratório, que também, proporcionará um abastecimento contínuo de matéria prima de maior qualidade para a formulação do bioinseticida. Os resultados foram tão favoráveis, que a Coodetec inaugurou em novembro de 2004 uma "biofábrica" do AgMNPV, que é a maior dentre todas as outras iniciativas, no mundo, de produção de uma vírus entomopatogênico em condições controladas de laboratório. Essa "biofábrica" constitui-se de dois blocos independentes e climatizados: um para produção do inseto (700 m²) e outro para produção do vírus (750 m²). No primeiro, realiza-se a criação desde a fase adulta, para a obtenção dos ovos, até o início do quarto instar larval. Diariamente, 3% dessas lagartas são destinadas à obtenção de pupas, para manter a colônia do inseto. O restante (97%) é destinado ao laboratório de produção do vírus, onde as lagartas são criadas em caixas com aproximadamente 350 lagartas e 420 g de dieta inoculada com o vírus. Após 7 dias, as lagartas mortas são coletadas e destinadas à formulação do bioinseticida COOPERVÍRUS PM. Nessa condição, tem-se obtido um rendimento médio de 35 g de lagartas mortas/caixa, superior ao obtido no projeto piloto. Com os trabalhos iniciados em dez./2004, o laboratório está expandindo a produção até atingir o máximo de sua capacidade, quando haverá a geração de 45 empregos diretos e a produção de vírus para a aplicação em 1,3 a 1,5 milhões de hectares de soja/ano, demandando a inoculação de cerca de 600.000 lagartas/dia. Essa biofábrica é, sem dúvida, a maior, mundialmente, envolvendo a produção de um vírus entomopatogênico e pode servir de modelo para a produção de outros inseticidas virais associados a pragas de outras culturas. No momento (março de 2005), a Embrapa Soja, Londrina, PR, finalizou a construção de um "Laboratório Piloto", para aperfeiçoar o processo e propiciar o treinamento de pessoal de outras empresas conveniadas com a Embrapa Soja, interessadas em produzir o inseticida biológico em laboratório. Esse laboratório terá a capacidade de inocular 25.000 a 30.000 lagartas/dia com o vírus. Com essa iniciativa, espera-se que outras empresas privadas adotem o procedimento de produção do inseticida biológico em laboratório, visando atender a crescente demanda pelo AgMNPV e ofertar um produto de alta qualidade aos sojicultores. MenosO nucleopoliedrovirus da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis (AgMNPV), é atualmente utilizado em cerca de 2,0 milhões de hectares de soja no Brasil. Apesar da tentativa de duas empresas privadas (Nova Era e Geratec) tentarem a produção desse vírus em laboratório, no início da década de 1990, produzindo até 150.000 ha equivalente de vírus/ano (Geratec), essas empresas cessaram a produção, pois o custo do produto final não era competitivo com o do inseticidas químicos disponíveis. Nesse contexto, até 2003, toda a produção do AgMNPV passou a ser realizada somente em campo, por pequenas empresas que fornecem a matéria prima (lagartas mortas pelo vírus) às empresas conveniadas com a Embrapa Soja, para posterior processamento, formulação e controle de qualidade. No entanto, a produção em campo passou a não atender a demanda crescente pelo inseticida biológico desde 1999. Além disso, a qualidade do material coletado em campo decresceu muito nos últimos anos, com o material produzido contendo muita matéria orgânica não desejável. A partir de 2000, todos os procedimentos anteriores de produção do vírus em laboratório foram revistos, sendo motivo de tese de doutorado (B. Santos, UFPR, 2003), que resultou em consideráveis avanços na produção do AgMNPV em laboratório, com um produto final de maior qualidade e com custo competitivo com os dois inseticidas químicos utilizados contra A. gemmatalis. Obteve-se, nesse estudo, redução do custo entre 60-85%, substituindo o agar-agar por outr... Mostrar Tudo |
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Controle Biológico; Praga de Planta; Soja. |
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Nesse contexto, até 2003, toda a produção do AgMNPV passou a ser realizada somente em campo, por pequenas empresas que fornecem a matéria prima (lagartas mortas pelo vírus) às empresas conveniadas com a Embrapa Soja, para posterior processamento, formulação e controle de qualidade. No entanto, a produção em campo passou a não atender a demanda crescente pelo inseticida biológico desde 1999. Além disso, a qualidade do material coletado em campo decresceu muito nos últimos anos, com o material produzido contendo muita matéria orgânica não desejável. A partir de 2000, todos os procedimentos anteriores de produção do vírus em laboratório foram revistos, sendo motivo de tese de doutorado (B. Santos, UFPR, 2003), que resultou em consideráveis avanços na produção do AgMNPV em laboratório, com um produto final de maior qualidade e com custo competitivo com os dois inseticidas químicos utilizados contra A. gemmatalis. Obteve-se, nesse estudo, redução do custo entre 60-85%, substituindo o agar-agar por outro agente gelificante e reduzindo com 50% a caseína na dieta, propiciando a implementação de um "Laboratório Piloto" na Coodetec, Cascavel, PR, para a produção do AgMNPV, em junho de 2003. Os insetos foram criados em caixas plásticas (30 x 35 x 12 cm), contendo 400g de dieta artificial inoculada com vírus e recebendo cerca de 350 lagartas no início do 4° instar nesse sistema, obteve-se a produção de 26 g de lagartas por caixa, considerando uma taxa média de canibalismo de 42%. Nessa condição, o custo de produção de uma dose (produto para um ha) foi de R$ 0,93. Comparativamente, o custo de produção em campo é de R$ 0,63, sendo que, por esse método, obtém-se 35 a 50 doses/Kg de material coletado. Os resultados em laboratório, após processar 1000 kg de lagartas, variaram entre 65 a 72 doses/kg, compensando, o maior custo da produção em laboratório, que também, proporcionará um abastecimento contínuo de matéria prima de maior qualidade para a formulação do bioinseticida. Os resultados foram tão favoráveis, que a Coodetec inaugurou em novembro de 2004 uma "biofábrica" do AgMNPV, que é a maior dentre todas as outras iniciativas, no mundo, de produção de uma vírus entomopatogênico em condições controladas de laboratório. Essa "biofábrica" constitui-se de dois blocos independentes e climatizados: um para produção do inseto (700 m²) e outro para produção do vírus (750 m²). No primeiro, realiza-se a criação desde a fase adulta, para a obtenção dos ovos, até o início do quarto instar larval. Diariamente, 3% dessas lagartas são destinadas à obtenção de pupas, para manter a colônia do inseto. O restante (97%) é destinado ao laboratório de produção do vírus, onde as lagartas são criadas em caixas com aproximadamente 350 lagartas e 420 g de dieta inoculada com o vírus. Após 7 dias, as lagartas mortas são coletadas e destinadas à formulação do bioinseticida COOPERVÍRUS PM. Nessa condição, tem-se obtido um rendimento médio de 35 g de lagartas mortas/caixa, superior ao obtido no projeto piloto. Com os trabalhos iniciados em dez./2004, o laboratório está expandindo a produção até atingir o máximo de sua capacidade, quando haverá a geração de 45 empregos diretos e a produção de vírus para a aplicação em 1,3 a 1,5 milhões de hectares de soja/ano, demandando a inoculação de cerca de 600.000 lagartas/dia. Essa biofábrica é, sem dúvida, a maior, mundialmente, envolvendo a produção de um vírus entomopatogênico e pode servir de modelo para a produção de outros inseticidas virais associados a pragas de outras culturas. No momento (março de 2005), a Embrapa Soja, Londrina, PR, finalizou a construção de um "Laboratório Piloto", para aperfeiçoar o processo e propiciar o treinamento de pessoal de outras empresas conveniadas com a Embrapa Soja, interessadas em produzir o inseticida biológico em laboratório. Esse laboratório terá a capacidade de inocular 25.000 a 30.000 lagartas/dia com o vírus. Com essa iniciativa, espera-se que outras empresas privadas adotem o procedimento de produção do inseticida biológico em laboratório, visando atender a crescente demanda pelo AgMNPV e ofertar um produto de alta qualidade aos sojicultores. 650 $aControle Biológico 650 $aPraga de Planta 650 $aSoja 700 1 $aSANTOS, B. 773 $tIn: SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLÓGICO, 9., 2005, Recife. Anais... Recife, 2005. p. 42.
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7. | | GUERA, K. C. S.; BALDISSERA, T. C.; GIOSTRI, A. F.; MICHETTI, M.; PORTO, C. G. M.; SANTOS, B. R. C. dos; PONTES, L. da S. Composição morfológica de seis forrageiras perenes tropicais em sistema arborizado com Eucaliptus dunni e ao sol pleno. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ARBORIZAÇÃO DE PASTAGENS EM REGIOES SUBTROPICAIS, 1., 2013, Colombo. Anais. Colombo: Embrapa Florestas, 2014. p. 150-156. (Embrapa Florestas. Documentos, 268).Biblioteca(s): Embrapa Florestas. |
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9. | | PONTES, L. da S.; BALDISSERA, T. C.; BARRO, R. S.; GIOSTRI, A. F.; STAFIN, G.; SANTOS, B. R. C.; PORFIRIO-DA-SILVA, V.; CARVALHO, P. C. de F. Interactive N supply and cutting intensity effect on canopy height at 95% light interception. In: GENERAL MEETING OF THE EUROPEAN GRASSLAND FEDERATION, 25., 2014, Aberystwyth, Wales. EGF at 50: the future of European grasslands: proceedings. Zurich: EGF, 2014. p. 353-355. Disponível online. (Grassland science in Europe, v. 19).Tipo: Artigo em Anais de Congresso |
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10. | | MAGALHÃES, C. A. de S.; SANTOS, B. L. da S. dos; PETTER, F. A.; MATOS, E. da S.; FURTINI, I. V.; MORALES, M. M. The use of biochar-urea pellet formulations to reduced nitrogen losses. Nativa, v. 10, n. 2, p. 184-190, 2022.Tipo: Artigo em Periódico Indexado | Circulação/Nível: B - 2 |
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