03674naa a2200277 a 450000100080000000500110000800800410001910000180006024501210007826000090019952027520020865000090296065000120296965000130298165000140299465000100300865000250301865300230304365300210306665300280308765300190311565300200313470000200315470000210317477302010319518115852005-01-14 2004 bl uuuu u00u1 u #d1 aVIEIRA, L. M. aNíveis de mercúrio total na carne de peixes como indicadores de contaminação em sistemas aquáticos do Pantanal. c2004 aA extração de ouro em Poconé, adjacências da Planície Pantaneira, em Mato Grosso, na década de 80, com emprego intensivo de mercúrio, constitui uma grave ameaça à biodiversidade e sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos do Pantanal e da Bacia Platina. Em ambientes naturais, o mercúrio pode sofrer metilação, levando à formação de metilmercúrio, acumulando-se nesta forma na carne dos peixes. O metilmercúrio é extremamente biotóxico, podendo afetar a saúde do homem pelo consumo de pescado contaminado. O Pantanal é a maior área sazonalmente alagável do mundo, detendo elevada significância ambiental e sócio-econômica pela abundância e diversidade da fauna e flora. Os peixes, além de serem abundantes e diversificados, possuem larga distribuição geográfica e, por isso, são muito utilizados na dieta humana como fonte de proteína. O consumo continuado de peixes com altas concentrações de metil mercúrio constitui-se em um fator de risco para as populações que os consomem, devendo estes níveis ser monitorados. O presente estudo teve o objetivo de determinar os níveis de Hg total no músculo de peixes de expressão sócio-econômica e ambiental, de modo a subsidiar a legislação ambiental e programas, projetos, planos e ações visando a conservação dos ecossistemas aquáticos do Pantanal. Os peixes foram capturados nos rios Bento Gomes e Cuiabá, em Mato Grosso e no rio Paraguai/Baía do Castelo, em Mato Grosso do Sul. Após o descongelamento das amostras armazenadas à - 18 0C o mercúrio total foi determinado por espectrofotometria de absorção atômica com geração de vapor frio. Foram ava liados os teores de Hg total em 89 espécimes de peixes carnívoros, onívoros, herbívoros e detritívoros, sendo 13 provenientes do Rio Cuiabá; 21 do rio Bento Gomes e 55 da Baía do Castelo/Rio Paraguai. Todas a médias dos níveis de Hg total encontradas na carne dos peixes avaliados se situaram a baixo do nível crítico (500 ng.g-1 - peso úmido), estabelecido para consumo humano pela legislação internacional e brasileira. Os peixes carnívoros (cachara, pintado, piranha e dourado) foram os que apresentaram os níveis de mercúrio mais elevados e os detritívoros os mais baixos. A ordem de concentração de mercúrio na carne dos peixes demonstrou a seguinte tendência: carnívoros > onívoros > herbívoros >detritívoros. Notou-se tendência dos níveis de mercúrio serem mais elevados em peixes capturados nos locais mais próximos aos garimpos. Estes resultados, além de destacarem os peixes carnívoros como bons indicadores de contaminação ambiental, evidenciaram também a ocorrência de biomagnificação do mercúrio nas cadeias tróficas no Pantanal. afish amercury aPantanal aMercúrio aPeixe aPoluição Ambiental aBiomagnifiçação aBiomagnification aEnvironmental pollution aMetilmercúrio aTecido muscular1 aNUNES, V. da S.1 aCAMPOS, R. C. de tIn: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS DO PANTANAL, 4., 2004, Corumbá, MS. Sustentabilidade regional: anais. Corumbá: Embrapa Pantanal: UCDB: UFMS: SEBRAE-MS, 2004. (CD-ROM).