03534naa a2200301 a 450000100080000000500110000800800410001910000200006024502510008026000090033130000110034052025030035165000140285465000130286865000270288165000100290865000180291865300220293665300160295865300150297470000170298970000170300670000180302370000230304170000260306470000210309077301210311118108072003-07-15 2003 bl uuuu u00u1 u #d1 aLEMES, M. R. S. aPredação de cervo-do-pantanal Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815) (Mammalia, cervidae) por onça-parda Puma concolor (Linnaeus, 1771) (Mammalia, felidae) no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica "Sergio Mota", Bacia do Rio Paraná. c2003 ap.292. aO cervo-do-pantanal ocorre em áreas abertas, periodicamente alagadas como várzeas, pântanos e savanas inundadas, chegam a pesar até 150 kg. Apresentam como principais predadores naturais à onça-pintada (Panthera onca, Linnaeus, 1758) e a onça-parda, esta sabidamente considerada uma predadora estrategista de animais de pequeno e médio porte. Apesar de ser o maior representante da família cervidae na América do Sul, há poucos relatos de predação por felinos de grande porte. O objetivo deste estudo foi avaliar as predações sofridas por cervos nas áreas de várzea da bacia do rio Paraná. O estudo foi realizado de dezembro de 2000 a abril de 2002, nas áreas adjacentes ao leito do rio do Peixe (Pres. Epitácio-Panorama, SP), rio Verde (Brasilândia, MS), rio Aguapeí (Paulicéia-São João do Pau D'Alho, SP) e rio Paraná (Quebracho e Nova Porto XV, MS), com 81 cervos monitorados semanalmente através de telemetria, sendo 48 fêmeas adultas (59%), 29 machos adultos (35%) e 4 filhotes lactentes (5%). Constatada a morte de um animal e observado sinais de predação coletavam-se registros fotográficos, ossos consumidos, vestígios deixados pelo predador e restos mortais para melhor análise posterior. Alguns critérios foram utilizados para a identificação do predador, como a presença de hematomas na região da mordida, posição da carcaça, especialmente a cabeça, ocorrência de fraturas, quantidade das partes internas e externas consumidas, distância entre as marcas dos caninos, observação se a carcaça estava coberta por folhas ou matéria orgânica, tamanho e forma da pegada, restos de pêlos, fezes, presença de arranhões no solo e histórico de predações da região. Constatou-se que 8 animais (9,88%) foram predados por onça-parda, sendo 4 fêmeas adultas (50%), 2 machos adultos (25%) e 2 jovens (25%). Observou-se que 62,50% (n=5) das predações ocorreram no final do período seco e começo das águas. Nesse período ocorreram 37,50% (n=3) de predações nas áreas adjacentes ao rio Verde, 37,50% (n=3) no rio Aguapeí, 25% (n=2) no rio do Peixe e nenhuma predação no rio Paraná. Concluiu-se que o cervo-do-pantanal é uma presa para onças-pardas. A degradação dos ecossistemas naturais dessa região é crescente, a constatação de interações ecológicas entre presa e predador considerando mamíferos de grande porte, comprova o papel fundamental da estrutura dessas áreas, para a manutenção da biodiversidade da região. apredation awildlife aBlastocerus Dichotomus aFauna aPuma Concolor aCervo-do-Pantanal aOnça-parda aPredação1 aANDRIOLO, A.1 aPIOVEZAN, U.1 aTORRES, H. A.1 aRAMOS, H. G. da C.1 aCOSTA, M. J. R. P. da1 aDUARTE, J. M. B. tIn: CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOZOOLOGIA, 2., 2003, Belo Horizonte, MG. Resumos... Belo Horizonte: PUC Minas, 2003.