06746nam a2200289 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024501580008226000160024030000100025650000970026652057990036365000250616265000280618765000100621565000240622565300220624965300390627165300230631065300110633365300210634465300090636565300290637465300280640365300250643117991412018-07-04 2004 bl uuuu m 00u1 u #d1 aNASCIMENTO, F. L. aEcologia de ovos e larvas de peixes nas bacias dos Rios Miranda (Bacia do Alto Paraguai) e Ivinhema (Bacia do Altao Paraná), Mato Grosso do Sul, Brasil. a2004.c2004 a42 f. aTese (Doutorado em ciências ambientais) -- Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR. aO conhecimento da dinâmica reprodutiva dos peixes e suas relações com os fatores ambientais, esta vinculado ao local e período de desova. Neste trabalho são apresentados os dados sobre a distribuição de ovos e larvas de peixes em geral, e das principais espécies exploradas pela pesca no Pantanal: Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887, (Osteichthyes, Myleinae) "pacu", Prochilodus lineatus Valenciennes, 1836 (Osteichthyes, Prochilodontidae) "curimbatá", Salminus maxillosus Valenciennes, 1849 (Osteichthyes, Salminae) "dourado"; Leporinus macrocephalus Garavello & Britski, 1988 (Osteichthyes, Anostomidae) "piavuçú" e, Pseudoplatystoma spp.. Bleeker, 1862 (Osteichthyes, Pimelodiade) considerado como "pintado-cachara" pela impossibilidade de separar as duas espécies, no rio Miranda, Alto rio Paraguai. Para avaliar essa dinâmica em uma bacia semelhante, o mesmo trabalho foi desenvolvido na bacia do rio Ivinhema, Alto rio Paraná. Especificamente procurou-se: (i) analisar a variação temporal na abundância de ovos e larvas de peixes, em diferentes anos; (ii) determinar em que trecho, dos rios Miranda e Ivinhema, ocorre a reprodução; (iii) conhecer a influência dos fatores abióticos na distribuição e densidade dos ictioplâncton sazonal e espacialmente. No rio Miranda, as coletas foram realizadas nos meses de outrubro a março, no final de cada quinzena, nos anos de 1996 a 1999. Foram definidos 15 pontos de coleta ao longo da bacia do rio Miranda, sendo oito no próprio rio sete nos seus afluentes (rios, Aquidauana, Salobra, Chapeña, Nioaque, Formoso, Prata e Santo Antonio). Na bacia do rio Ivinhema foram realizadas coletas mensais durante o período de setembro/1994 a fevereiro/1995 em quatro pontos de coleta, no próprio rio Ivinhema e em três alfuentes (Vacaria, Brilhante e Dourados). Para a coleta de larvas foi utilizada uma rede de plâncton, do tipo cônico-cilíndrico, com um fluxômetro para cálculo do volume de água filtrado. Foram coletadas, também, dados de temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica, vazão da água e pluviosidade. Diferenças na desnidade de ovos e larvas nos diferentes segmentos foram avaliadas pela ANOVA bi-fatorial (anos e trechos do rio como fatores) com teste a posteriore de Tukey. Os pressupostos da ANOVA foram testados pelo teste de Shapiro-Wilk, para normalidade e pelo teste de Levene, homocedasticidade e as diferenças significativas pelo modelo de Kruskal-Wallis. Para avaliar o grau de interação das variáveis ambientais, nos trechos amostrados, foram analisados escores dos eixos da Análise de Componente Principal (ACP). A análise de variância aplicada determinou quais as variáveis ambientais foram mais importantes para a reprodução nos diferentes trechos. Os escores dos eixos da ACP retidos para a interpretação foram submetidos a uma ANOVA. Na bacia do rio Miranda foram capturadas no primeiro período, novembro de 1996 a março de 1997, 5.979 larvas e 1.075 ovos; no segundo, de outubro/97 a março/98, 108.912 larvas e 1836 ovos; no terceiro, de outubro/98 a março/99, 13.465 larvas e 1.855 ovos. A soma dos três períodos estudados, independente do estágio de desenvolvimento, destaca Pseudoplatystoma sp., como o gênero mais abundante. As maiores densidades de ovos foram encontradas nos trechos superior e médio do rio Miranda, e as de larvas, em estágio inicial de todas as espécies, foram observadas, predominantemente, nos trechos médio e inferior, principalmente, nos meses de novembro a fevereiro. Isso indica que a reprodução dessas espécies ocorre entre o trecho médio e o superior do rio. Os dados de densidade de larvas foram significativos para normalidade (W=0.99 p>0,96) e homogeneidade de variância (F=0,6 p<0,05). A ANOVA bi-fatorial foi altamente significativa (F= 6,5 e p<0,05) confirmada pelo teste de Tukey com média de 0,03 e significância no trecho médio do rio Miranda. No eixo 1 os pontos de amostragem foram ordenados de maneira bastante nítida (F= 11,91; p<0,05), comprovando que as características ambientais entre o trecho "e" e meses (janeiro e fevereiro) diferem dos demais, evidenciado pelo teste de Tukey, (p<0,05). Na bacia do rio Ivinhema, foram capturados 23,325 ovos, dos quais 80,8% ocorreram no rio Dourados, 13,9% no rio Brilhante, seguido do rio Vacaria com 2,8% e 2,5% no rio Ivinhema. Quanto às larvas, foram capturadas um total de 16.012, sendo o rio Vacaria responsável pela maior captura (67,5%), seguido do rio Dourados com 20,1%, rio Brilhante com 11,1% e rio Ivinhema (1,6%). A densidade das larvas foi maior no período de chuvas, nos meses de outubro e dezembro e as em setembro. A correlação entre os escores do eixo retido da ACP e a densidade de larvas, demonstrou que o pH, teve o maior nível de contribuição positiva, tendo como contribuição negativa a precipitação, a correlação significativa (r=-0,58; p<0,003). Os dados levantados levam a conclusão que o rio Miranda (canal principal) é o local mais importante para a reprodução e que os tributários da margem esquerda não são propícios. Os fatores que influenciam diretamente no processo são: elevada turbidez, baixa transparência e níveis mais elevadas de oxigênio dissolvido, acompanhando o aumento das precipitações. Observa-se o aumento da densidade de larvas imediatamente após a subida das precipitações e das vazões, relacionadas positivamente à transparência e precipitação e negativamente à turbidez e oxigênio dissolvido. Na bacia do rio Ivinhema, os rios Dourados apresentaram as maiores densidades de ovos no mês de dezembro e Vacaria as maiores densidades de larvas apresentaram no mês de novembro, no período de altas precipitações e temperaturas. aProchilodus lineatus aLeporinus Macrocephalus aPeixe aSalminus Maxillosus aAlto Rio Paraguai aDistribuição espacial e temporal aFatores ambientais aLarvas aLocais de desova aOvos aPeríodo de reprodução aPiaractus meospotamicus aPseudoplatystoma spp