04222naa a2200289 a 450000100080000000500110000800800410001910000180006024501160007826000090019450001090020352033050031265000130361765000130363065000190364365000140366265300170367665300170369365300180371065300230372865300140375165300150376570000160378070000200379670000200381677300960383617946592008-03-19       1999    bl ---       0--  u    #d1 aVIEIRA, L. M.  aRisco de contaminacao do Pantanal por biocidas empregados na agropecuaria da Bacia do Alto Taquari, MS, Brasil.  c1999  aSimposio de Toxicologia, 1999, Ribeirao Preto. Agricultura e preservacao da qualidade da agua - resumos.  aOs pesticidas constituem um largo espectro de produtos quimicos utilizados na agropecuaria para combater insetos, doencas de plantas e animais, e controlar plantas que competem com as culturas e pastagens. Os impactos de toxicidade cronica humana e ambiental dos pesticidas foram durante muitos anos ignorados ou considerados irrelevantes. O crescimento da agropecuaria na Bacia do Alto Taquari (BAT, MS), area aproximada de 29 mil km2, intensificada a partir dos anos 70, passou a representar uma seria ameaca a estabilidade principalmente dos ecossistemas aquaticos do Pantanal que estao a jusante, face a elevada carga de pesticidas utilizados. Ha o risco de contaminacao das cadeias alimentares poder atingir o homem principalmente pelo consumo de pescado contaminado, recurso natural abundante no Pantanal e de elevada importancia ecologica e socio-economica na Bacia do Rio Taquari. Preocupado com essa problematica o CPAP-EMBRAPA  esta desenvolvendo uma acao de pesquisa para avaliar o potencial de contaminacao do Pantanal por residuos de pesticidas utilizados nos municipios da BAT em Mato Grosso do Sul (Alcinopolis, Camapua, Costa Rica, Coxim, Pedro Gomes, Rio Verde, Sonora e Sao Gabriel D'Oeste). Para atingir esta meta foi organizado um banco de dados informatizado extraido dos receituarios agronomicos do CREA-MS emitidos de 1988 a 1996. A avaliacao esta sendo realizada com base nos grupos quimicos e principios ativos e quantidade de pesticida usada. Os dados evidenciaram que no periodo avaliado foram utilizados nos municipios da BAT um total de 1.172.733 L e 50.700 kg de herbicidas; 393.321 L e 11.930 kg de inseticidas e 33.851 kg e 5.461 L de fungicidas. Desses totais o municipio de Sao Gabriel D'Oeste foi o que mais empregou pesticidas. Utilizou 400.556L (34,05%) e 4.811 kg (9,5%) de herbicidas; 102.185 L (26,10%) e 2.559 kg (21,46%) de inseticidas, e 20.314 kg (62,5%) e 3.419 L (62,6%) de fungicidas. No municipio de Sao Gabriel D'Oeste a cultura de soja se destacou em primeiro lugar no consumo de pesticidas. Do total de pesticidas (herbicidas + inseticida + fungicida) utilizado nesse municipio (506.160 L e 27.684 kg), foram utilizados na cultura de soja 481.603 L (95%) e 26.086 kg (94,2%). Os principais grupos quimicos de fungicidas empregados em Sao Gabriel D'Oeste foram ditiocarbamatos (6.963 kg); triazois (899 kg); ftalamidas (498 kg) e benzimidazols (444 kg). Nos herbicidas, os grupos quimicos mais utilizados foram dinitroanilinas, base de trifuralina (231.795 L), imidazolinonas (57.749 L) e difenilester (32.911 L). Os inseticidas mais empregados foram os organofosforados (65.203 L), carbamatos (21.842 L) e piretroides (10.722 L). A trifuralina e o herbicida de pre-emergencia mais utilizado na cultura da soja em Sao Gabriel D'Oeste. Quando aplicada em dose superior a recomendada seus residuos fitotoxicos podem permanecer no solo por um periodo de 4 anos. Apresenta toxicidade para as algas mesmo quando ha incorporacao ocacional nos sistemas aquaticos, e quando ocorre entrada continua, e toxica para as algas e para os peixes. Ha tambem um potencial de contaminacao em niveis subletais, pois sabe-se que nestes niveis muitos pesticidas afetam a relacao predador x presa, habitos alimentares, sucesso reprodutivo e o metabolismo geral dos peixes.  aPantanal  atoxicity  aContaminação  aPesticida  aAgricultural  aAgropecuaria  aContamination  aMato Grosso do Sul  aPesticide  aToxicidade1 aGALDINO, S.1 aPADOVANI, C. R.1 aNUNES, V. da S.  tSeparata de Revista Brasileira de Toxicologia, São Paulogv.12, n.1, ed. esp., p.43, 1999.