02440nam a2200157 a 450000100080000000500110000800800410001910000190006024500770007926001260015630000120028252019350029465000130222965300170224265300230225917483292022-10-04 2009 bl uuuu u00u1 u #d1 aBARRETO, M. C. a100 anos de (im)permanência de Euclides da CunhabAmazônia e Nordeste. aIn: SEMINÁRIO INTERNACIONAL, 2009, Cantagalo, RJ. 100 Anos sem Euclides da Cunha: anais. Cantagalo, RJ: UERJ: UFRJc2009 ap. 1-9. aO trabalho investiga o pensamento de Euclides da Cunha sobre a mão-de-obra dos nordestinos dos sertões empregada nos seringais amazônicos. Segundo Cunha (1966) ?O sertanejo emigrante realiza uma anomalia sobre a qual nunca é demasiado insistir: é o homem que trabalha para escravizar-se. Enquanto o colono italiano se desloca de Gênova a mais remota fazenda de São Paulo, paternalmente assistido pelos nossos poderes públicos, o cearense efetua, à sua custa, desamparado, uma viagem mais difícil, em que os adiantamentos feitos pelos contratadores insaciáveis, inçados de parcelas fantásticas e de preços inauditos, o transformam as mais das vezes em devedor para sempre insolvente?. O recurso metodológico se baseia na análise da migração nordestina para a Região Norte, Amazônia, como fonte de mão-de-obra empregada na cultura da seringueira (Hevea brasiliensis) e pesquisa bibliográfica para seleção de citações e pensamentos euclidianos sobre a temática em foco. No Nordeste, a imagem dos latifúndios litorâneos, com imensos canaviais e, também, a aridez das terras sem água dos sertões. Em contraste, a ilusão, na Amazônia, de uma vida menos árdua nos campos de seringais, que na prática, significou o regime de semi-escravidão dos sertanejos. Segundo Rabello (1983): ?Não é para admirar que a Amazônia fosse, uma outra Canaã para as populações flageladas do Nordeste. Mas o que esperava o emigrante sertanejo estava longe de corresponder ao seu sonho. A Amazônia era mesmo uma miragem para os que alugavam os braços nos seringais?. Na prática, o emprego dos sertanejos nos seringais ocorreu em condições desumanas, pouca alimentação, doenças e, principalmente, o desaparecimento dos sonhos de fortuna e bem-aventurança. Nesse contexto, desmistificando a colonização da Amazônia pelos homens dos Sertões, Euclides da Cunha revela a realidade socioeconômica brasileira. aAmazonia aSeringueiros aSertão nordestino