03911nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000280006024502050008826000160029330000110030950002340032052030630055465000250361765000100364265000110365265300110366365300190367465300120369315661622003-02-06 2000 bl uuuu m 00u1 u #d1 aFONSECA, M. F. de A. C. aConstrucao social do mercado de alimentos organicos - estrategias dos diferentes atores da rede de producao e comercializacao de frutas, legumes e verduras (FLV) in natura no Estado do Rio de Janeiro. a2000.c2000 a235 f. aDissertacao apresentada ao Curso de Pos-Graduacao em Desenvolviento Agricultura e Sociedade na Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos pra a obtencao do titulo de mestre em Desenvolvimento e Agricultura. aA crise do modelo agricola produtiva, uma maior consciencia ambiental, alimentar e sanitaria, um novo estilo de vida almejado, alem da mudanca nos habitos do consumidor, nas politicas e, das alternativas de emprego nao agricola nas areas rurais associadas as diferentes estrategias de reproducao da unidade familiar rural, vem levando a que agricultores, busquem alternativas aos sistemas produtivos convencionais e as formas tradicionais de apresentacao, de distribuicao e de venda dos alimentos. Nesse novo contexto do Sistema Agroalimentar (SAA), a producao e o mercado de produtos organicos veem crescendo no mundo, deixando de ser um mercado informal para alcancar os canais formais de comercializacao. Entretanto, problemas de producao (frequencia, diversificacao, qualidade), formas de negociacao entre os diferentes atores da cadeia alimentar, certificacao do produto, distribuicao, entrada nos grandes canais varejistas, assim como o sobrepreco cobrado aos consumidores, veem sendo questionados pelo movimento organico do pais e no mundo. Este projeto pretende descrever e analisar as estrategias dos diferentes atores da rede de producao e comercializacao dos organicos no Estado do Rio de Janeiro. A enfase foi dada na construcao social desse mercado de alimentos de qualidade, na sua dinamica, nas interrelacoes entre os atores e suas interdependencias, analisando os funcionamentos e os desfuncionamentos, as articulacoes e desarranjos organizacionais, que possibilitaram o estabelecimento dessa rede tecnico economica. Baseou-se em entrevistas semi-estruturadas com os diversos atores da rede, alem de fontes secundarias. O objetivo principal era o de perceber, atraves da narrativa da sua historia, como se constroi um mercado de produtos de qualidade superior, como os organicos. Ha um forte elemento de voluntarismo na criacao do mercado, tanto pelas politicas quanto pela acao de atores chaves, estando entao, a construcao do mercado associada a redes sociais interagindo no tempo e no espaco, implementando uma dinamica ditada por fatores externos e internos a cada ator. A questao da demanda fica clara ser tambem uma questao de construcao social, tendo, em parte, uma motivacao endogena que depende da eficacia da cadeia como um todo, e em parte, depende da acao de determinados agentes internos ou externos a rede (governo, pesquisa privada, a saude dos alimentos). Observamos ao longo da construcao desse mercado, que as experiencias exitosas, em grande parte, foram porque, a ABIO, a associacao de agricultores, elaboradora das normas de qualidade, foi capaz de construir articulacoes vencedoras, com diferentes atores chaves, nas diversas esferas da sociedade, em diferentes momentos. A definicao institucional foi colocada, a evolucao cresce para a normalizacao industrial dos produtos, passando a definicao da qualidade a ser menos centrada sobre as regras estritas da tradicao e mais, sobre as exigencias tecnologicas especificas para o aval, passando de uma coordenacao domestico-civica para uma coordenacao industrial-mercantil. aAgricultura Familiar aFruta aLegume aBrasil aRio de Janeiro aVerdura