05099naa a2200241 a 450000100080000000500110000800800410001910000190006024500930007926000090017252044310018165000150461265000120462765000110463965000150465065300240466565300250468965300190471465300100473365300200474365300150476377300790477815514961996-04-10 1965 bl --- 0-- u #d1 aRIZZINI, C. T. aEstudos experimentais sobre o xilopodio e outros orgaos tuberosos de plantas do cerrado. c1965 a1 - Considerando que as formas de vida podem ser definidas, quanto a vegetação campestre brasileira, satisfatoriamente combinado características da parte aérea com características dos sistemas subterrâneos - dando maior peso a estes - alcançaram-se os seguintes grupos ou sinusias principais: I - Sinusias subarbustivo-arbustivas Sinusias: tuberosas, hipogeo-descendentes, hipogeo-difusas, tunicadas, epifitica, saproparasitica e terofitica. II - Sinusia arbustivo-arborea. Cada uma dessas sinusias principais e constituida por diversas formas de vida afins. 2. O xilopodio - ou "rizoma lenhoso" da maioria dos autores nao brasileiros - e formado pela tuberizacao ou da raiz primaria ou desta juntamente com o hipocotilo. E orgao subterraneo peculiar aos grasslands (no Brasil, campos e cerrados). 3 - O xilopodio pode ser determinado principalmente pelo patrimonio genetico ou pela interacao deste com fatores ambientais, no caso edaficos. 4 - E muito frequente a curvatura horizontal nas raizes dos xilopodios, que seguem, entao, um curso paralelo a superficie do terreno. 5 - Pretende este artigo revelar as condicoes edaficas que, a um tempo, levam a formacao do xilopodio rapidamente em Mimosa multipinna Benth. e a curvatura horizontal das raizes que nascem sobre aquele orgao. 6 - O xilopodio nao se constitui a sombra, mesmo que as plantas sejam cultivadas no solo natural da especie. Elas aparentam um como estado de estiolamento, sendo muito compridas e flexuosas e exibindo folhagem e raizes raquiticas. 7 - Microrrizas e outros microorganismos nao desempenham qualquer papel na formacao do referido orgao tubero-lenhoso da vegetacao campestre. 8 - Nao ha nenhum fator quimico na areia do solo de origem, capaz de favorecer o desenvolvimento do xilopodio. regas com extrato da mesma areia nao incrementam a estrutura em pauta. 9 - O fator edafico que responde pela rapida formacao do xilopodio e a forte compacidade do solo do habitat da especie. Em solos porosos, como area de praia, o xilopodio so aparece, e irregularmente, com prazos cerca de 3-4 vezes mais longos do que o faz na areia fina. 10 - Em consonancia com isso, solos inteiramente artificiais, experimentalmente obtidos por moagem de areia grossa, porem, com particulas identicas as da areia fina da Serra do Cipo - conduzem a formacao do orgao com a mesma rapidez com que ele surge no solo de origem. Solucao nutritiva faz-se mister para fornecer os nutrientes que faltam na areia grossa usada. 11 - Tambem a curvatura das raizes, que lhes confere trajeto horizontal e superficial, prende-se a extrema rigidez do substrato. A areia da Serra do Cipo nao impede a penetracao vertical das raizes primarias; e a rocha subjacente que o faz. A areia moida, porem, sendo por demais compacta, obriga-as a tanto. Adicionando-se 25% de areia grossa de praia a areia fina moida, obtem-se um substrato semelhante a areia da Serra do Cipo, no qual, finalmente, as raizes penetram verticalmente, como seria de esperar. 12 - Ao lado do impedimento mecanico, deve ocorrer um efeito indireto ligado a deficiente oxigenacao das camadas inferiores, neses casos, de exagerada compacidade. 13 - Em diversas arvores do cerrado revelou-se a existencia de um orgao tuberoso, equivalente ao xilopodio, nos primeiros anos de desenvolvimento. Mais tarde, em continuacao passam a ser longas e grossas raizes axiais. 14 - Podem ser apenas radiculares, porem, em geral, sao inicialmente hipocotilares e, mais tarde, hipocotilo-radiculares, tal como os xilopodios. 15 - Foram verificados, ate agora, em 13 especies arboreas do cerrado. 16 - Encerram mais ou menos metade do seu peso em agua. 17 - A designacao "tuberculos inicias", proposta para quejandas estruturas, prende-se ao fato de que, no curso do crescimento, eles perderam o carater tuberoso ao se transformarem em longas raizes pivotantes, peculiares as arvores das savanas. 18 - Os tuberculos caulinares de Corytholoma discolor (Lindl.) Frits. sao de origem hipocotilar, carecendo de raiz primaria desde o inicio. 19 - O bolbo de Hippeatrum rutilum Herb. e formado, inicialmente, pela porcao solida caulinar, a qual se junta, mais tarde, a porcao foliar escamosa. Multiplicam-se estes bolbos em estado jovem, gerando bolbilhos. 20 - Bromelia antiacantha Bertol., ao germinar, emite primeiro uma estrutura tuberosa peculiar, o protocormo, que, em seguida, origina a raiz primaria, a parte aerea e o rizoma. agrasslands aCerrado aPlanta aXilopódio aEstudo experimental aExperimental studies aOrgao tuberoso aPlant aTuberous organs aXylopodium tAnais da Academia Brasileira de Ciênciasgv.37, n.1, p.87-113, mar. 1965.