04014nam a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000200006024500660008026000160014630000140016250001360017652034100031265000210372265000110374365000230375465000180377765000250379514066122006-03-14 2004 bl uuuu m 00u1 u #d1 aSOUZA, M. S. de aBiologia floral de Dipteryx odorata (Aubl.) Will. (Fabaceae). a2004.c2004 a70f.cil. aDissertação (Mestrado em Botânica Tropical) - Universidade Federal Rural da Amazônia/Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA. aEstudos sobre a biologia floral fazem parte dos conhecimentos básicos dos ecossistemas tropicais, mostrando-se importantes para o manejo e conservação dos recursos naturais. Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. (Fabaceae), é uma espécie de importância madeireira, medicinal, e aromática, devido à presença da cumarina, um óleo essencial encontrado nas sementes. O objetivo deste trabalho foi estudar a biologia floral de D. odorata em área plantada (Embrapa Amazônia Oriental -P A) e em área natural (Floresta Nacional do Tapajós -P A) investigando fatores limitantes à frutificação, tais como o ataque de larvas de insetos nos botões florais, impedindo o desenvolvimento das flores e, consequentemente, a formação de frutos. A pesquisa foi desenvolvida no período de 2002/2003. Foram realizados estudos sobre: morfologia floral, período da antese, receptividade de estigma, produção de néctar, produção de fragrância, relação pólen/óvulo, fenologia, visitantes florais, testes de polinização, ataque de larvas, germinação e crescimento do tubo polínico. A espécie apresenta flores hermafroditas papilionáceas, de coloração branca a rosada, dispostas em inflorescências paniculadas eretas terminais, com antese matutina, que exalam um forte odor adocicado. Estas flores são visitadas por diversos insetos, como abelhas, vespas, moscas, besouros, mariposas, borboletas e beija-flores. Porém, apresentam atributos que as enquadram na síndrome de melitofilia. O período de maior visitação coincide com o período de maior concentração de açúcares no néctar, durante a manhã. A floração é assincrônica e do tipo cornucópia, durando em média três a quatro semanas, tendo ocorrido entre os meses de setembro a dezembro. A frutificação ocorreu de outubro a julho e a disseminação entre os meses de maio a julho. Com os resultados obtidos através da relação pólen/óvulo e testes de polinização, esta espécie se enquadra no sistema reprodutivo de xenogamia obrigatória, sendo uma espécie auto-estéril, com o índice de auto-incompatibilidade (ISI)= 0,03. A eficácia da polinização natural, obtida através do índice de eficácia reprodutiva (RE), foi de 0,14. Entretanto, foi observada a presença do sistema de auto-incompatibilidade tardia, que impede o desenvolvimento completo e maturação dos frutos oriundos de autopolinização induzida. Estes frutos são abortados, em média, nas cinco primeiras semanas após o início do desenvolvimento dos frutos. Nos botões florais e flores, foram encontradas larvas de coleópteros, que causaram sérios danos nas flores e a consequente formação de frutos. Em área plantada, o nível de infestação de larvas variou de 18,74% a 48,15%. Em área natural, o nível de infestação foi de 9,54%. Houve diferença na germinação do pólen para os diferentes tratamentos e período coletados, nos testes de polinização aberta e autopolinização induzi da a germinação iniciou apenas com 72h. Nos pistilos usados para a polinização cruzada, observou-se germinação do pólen a partir de 48h. A redução na produção de frutos maduros em relação aos frutos iniciados pode estar sendo regulada pela ocorrência de aborto, disponibilidade e serviço dos polinizadores, e os danos causados pelo ataque de larvas nas flores, contribuindo para redução do número de frutos formados. aBiologia Vegetal aCumaru aMorfologia Vegetal aPolinização aReprodução Vegetal