04091nam a2200169 a 450000100080000000500110000800800410001910000210006024501450008126000160022630000160024250001410025852034580039965000220385765000210387965000210390014034972018-03-07 2002 bl uuuu m 00u1 u #d1 aBENCHIMOL, R. L. aEfeito da casca de caranguejo e de resíduos de Piper aduncum no controle da fusariose e no desenvolvimento de mudas de pimenteira-do-reino. a2002.c2002 a123 f.cil. aTese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. Orientador: Cleber Novais Bastos, CEPLAC/SUPOR. aA fusariose, provocada por Fusarium solani f sp. piperis, é a doença mais prejudicial à cultura da pimenta-do-reino na Amazônia, acarretando grandes prejuízos aos produtores dessa especiaria e às economias regional e nacional. Dentre as estratégias de controle dessa doença, a aplicação de fungicidas tem sido tradicionalmente recomendada. Porém, a eficiência biológica e econômica do controle químico é limitada, podendo causar ainda prejuízos ao meio ambiente. A aplicação de materiais orgânicos no solo pode ser considerada como forma alternativa de controle dessa doença. Alguns materiais de origem animal, como a casca de caranguejo ( Ucides cordatus), e vegetal, como os resíduos de Piper aduncum, piperácea nativa da Amazônia, vêm sendo testados no controle de doenças provocadas por fitopatógenos. A atuação desses materiais no controle de fitopatógenos se deve à presença de substâncias ativas encontradas nos mesmos, como a quitina, na casca de caranguejo (CC), a qual pode estimular microorganismos degradadores desse polímero, presente na parede celular de F. solani f. sp. piperis, e o óleo essencial, em P. aduncum, o qual contém dilapiol, substância comprovadamente ativa na inibição de alguns fitopatógenos in vitro e in vivo. Com base nas hipóteses de que a adição ao solo de CC e de resíduos de P. aduncum, antes (FPAD) e após (PAD) a extração do óleo essencial, auxiliaria na redução da incidência de fusariose nas raízes e favoreceria o desenvolvimento de mudas de pimenteira-do-reino, foram conduzidos diversos experimentos, com o objetivo de avaliar esses materiais em diferentes concentrações e períodos de pré-incubação, em solo de mata natural (N) ou autoclavado (A) e de pimental abandonado (P), em casa-de- vegetação. Mediu-se a sobrevivência das plantas, além de algumas características morfofisiológicas como: produção de massa seca, alocação de biomassa e fotossíntese líquida, além da biomassa microbiana do solo. A CC, quando pré-incubada no solo por }5 dias antes do transplantio, na concentração de 1,0% (m/m), aumentou em 20% a sobrevivência das mudas de pimenteira-do-reino por, no mínimo, 90 dias. A incorporação da CC ao solo, sem pré-incubação ou pré-incubada por 15 e 30 dias antes do transplantio, nas concentrações de 0,5 e 1,0% (m/m), favoreceu o aumento da produção de massa seca das plantas e a alocação de biomassa das mesmas para a parte aérea, principalmente para as folhas. A taxa fotossintética líquida das mudas tendeu a aumentar ou a permanecer inalterada na presença de 0,5 e 1,0% (m/m) de CC. A concentração de 2,0% (m/m) de casca de caranguejo, no entanto, reduziu a produção de massa seca e a taxa fotossintética das mudas. A adição de PAD ao solo, mais particularmente dos resíduos sólidos (RS), na concentração de 3,0% (m/m), aumentou a sobrevivência das mudas à fusariose em 80%. O favorecimento da sobrevivência das mudas, em 83%, foi também observado na presença de FPAD, quando esse material foi pré-incubado no solo por 45 dias, antes de transplantio, na concentração de 3,0%. A produção de massa seca, a alocação de biomassa e a taxa de fotossíntese líquida das mudas de pimenteira-do-reino foram favorecidas pela adição ao solo de 3,0% de RS de PAD. Conclui-se que a CC e os resíduos de PAD e FPAD têm potencial de uso no controle da fusariose da Pimenteira-do-reino. aControle Químico aDoença Fúngica aPimenta do Reino