04139naa a2200193 a 450000100080000000500110000800800410001910000190006024500780007926000090015730000140016652035500018065000140373065300240374465300110376870000210377970000210380077301240382113120642007-08-22 2005 bl uuuu u00u1 u #d1 aBISCAIA, A. G. aSeca da taquara (Merostachys multiramea Hackel)e a problemática do fogo. c2005 c1 CD-ROM. aCada vez mais a taquara tem sido foco de preocupação, debates e estudos no setor florestal, dado o seu caráter invasor, difícil controle, rápido crescimento e propagação (em média 100.000 indivíduos por hectare em um taquaral). Em sua obra ?Geografia Física do Estado do Paraná?, MAACK (1968), já observava a abundância da taquara no Estado. Ocupando espaços e buscando recursos para sua subsistência, a taquara influencia o crescimento de plantações florestais e o estabelecimento de plântulas em florestas naturais e em áreas antropizadas, afetando assim a sua regeneração. Estudos realizados desde 2002 em General Carneiro/PR, avaliaram quatro formas de controle mecânico da taquara, e embora ainda não existam informações conclusivas, os resultados parciais já demonstram o efeito negativo da taquara sobre a regeneração natural. Segundo SANQUETTA et al. (1992), o efeito dos bambus sobre a regeneração de espécies florestais do Japão vem sendo estudado há décadas, dada a importância deste fator regulador no sucesso do estabelecimento das populações arbóreas. Adicionalmente, conforme GUILHERME (1999), os bambus podem interferir no estabelecimento de indivíduos arbóreos e na sua sobrevivência. Estudos realizados por FILGUEIRAS (1988), no Chile, YOUNG (1991), no Peru, e OLIVEIRA FILHO et al. (1994) e CARVALHO (1997), em florestas tropicais do Brasil, corroboram a importância que os bambus exercem como reguladores dos processos de regeneração florestal. Nos estados do Paraná e Santa Catarina, os gêneros mais observados são Chusquea e Merostachys, sendo uma das espécies de maior ocorrência nesta região a espécie chamada de taquara-lixa (Merostachys multiramea Hackel). Esta espécie possui um ciclo de aproximadamente 28 anos, quando produzem uma quantidade elevada de sementes e secam, iniciando assim um novo ciclo. Além das alterações sobre a regeneração e espécies arbóreas ao longo dos anos, o final do ciclo da taquara é o período mais preocupante devido a duas problemáticas: 1) a grande produção de sementes acarreta a explosão demográfica de ratos, chamada ?ratada?, dado o aumento da oferta de alimento. Muitos ratos, por sua vez, acabam migrando para as cidades quando o alimento acaba, aumentando assim o risco da transmissão de doenças graves o homem como a hantavirose e a leptospirose; 2) a seca da taquara gera uma grande quantidade de biomassa morta (cerca de 185 t/ha), com alto potencial inflamável. Na tentativa de combater os ratos muitos agricultores ateiam fogo no taquaral seco, porém essa medida não é eficaz, pois os ratos ficam abrigados em galerias abaixo do solo em profundidade suficiente para sobreviverem. Este fato gera preocupação com incêndios de larga escala na região. Por volta de 1977 foi registrada a última floração da taquara-lixa no Paraná e Santa Catarina, e o fato tem sido observado agora novamente. Essa preocupação tem posto em alerta muitas instituições. Em abril do corrente reuniram-se instituições de pesquisa, de extensão e de ensino, órgãos ambientais e de saúde, empresários e produtores rurais, além do público em geral, na cidade de Caçador/SC, por ocasião do ?Fórum Regional sobre a Seca de Taquara?. No fórum foram tomadas decisões emergenciais para amenizar o problema. Um das decisões foi o cancelamento de autorizações de queima em taquarais. O problema da seca da taquara precisa ser mais estudado, pois são vários os seus efeitos ambientais, econômicos e sociais. aIncêndio aEspécies invasoras aRatada1 aSANQUETTA, C. R.1 aCÔRTE, A. P. D. tIn: SEMINÁRIO DE ATUALIDADES DE PROTEÇÃO FLORESTAL, 2., 2005, Blumenau. Palestras e resumos. [Blumenau]: FURB, 2005.