02179naa a2200217 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501300008326000090021352015420022265000110176465000140177565000280178965300120181765300170182965300140184665300190186065300220187977300600190111554962022-10-28 2002 bl uuuu u00u1 u #d1 aPINHEIRO, C. U. B. aExtrativismo, cultivo e privatização do jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf ex Holm.; Rutaceae ) no Maranhão, Brasil. c2002 aUm dos processos associados com a expansão de fronteiras em países em desenvolvimento consiste na privatização de recursos naturais, anteriormente de uso comum por populações tradicionais. Em geral, a privatização não só conduz à degradação dos recursos como também ao empobrecimento de comunidades locais dependentes desses recursos. Um exemplo desta transformação está no Estado do Maranhão, especialmente em uma região conhecida como "Pré-Amazônia", onde o jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf ex Holm.; Rutaceae), um recurso natural que beneficiava milhares de pessoas da zona rural, foi gradativamente privatizado. A expansão do mercado de pilocarpina (um alcalóide de extenso uso em oftalmologia) nos últimos 30 anos, provocou crescimento descontrolado no extrativismo de folhas de jaborandi, conduzindo ao esgotamento e à ameaça de extinção das populações naturais deste recurso vegetal. Paralelamente, esta pressão sobre as populações naturais acelerou o processo de domesticação desta espécie e a sua privatização pela indústria farmacêutica. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a exploração e cultivo do jaborandi no Maranhão, buscando o esclarecimento sobre os benefícios e malefícios econômicos, sociais e ambientais decorrentes da sua exploração. Os resultados obtidos mostram que, historicamente, não houve nenhum benefício significativo compartilhado entre a indústria farmacêutica e as populações envolvidas no extrativismo do jaborandi no Maranhão. aBotany aBotânica aPilocarpus Microphyllus aCultivo aExtrativismo aMaranhão aPrivatização aRecursos naturais tActa Botanica Brasilicagv. 16, n. 2, p. 141-150, 2002.