03337nam a2200265 a 450000100080000000500110000800800410001910000290006024501540008926000530024330000100029650000240030652024950033065000250282565000200285065000200287065000190289065000210290965300180293065300250294865300190297365300260299265300300301865300230304811492232023-03-07 1997 bl uuuu m 00u1 u #d1 aOLIVEIRA, L. M. S. R. de aDois anos em umba realidade do cotidiano feminino; condicoes de vida e de trabalho das mulheres rurais que atuam na producao de uva para exportacao. aCruz das Almas: UFBA - Escola de Agronomiac1997 a234p. aDssertacao Mestrado aEsta pesquisa segue uma perspectiva de genero e analisa a qualidade de vida e de trabalho das operarias rurais que atuam na producao de uva fina de mesa para exportacao, nos municipios de Juazeiro e Casa Nova no Estado da Bahia. Para amostra, foram selecinadas quatorze empresas, das quais tres privadas e onze vinculadas ao sistema cooperativo, exportadoras de uva e empregadoras de mao-de-obra feminina, constituindo 30%, tanto do numero de empresas relacionadas que apresentavam essas caracteristicas, como do numero de empregados fixos nelas existentes. O metodo utilizado foi o qualitativo e a base teorica para explicacao dos fenomenos observados, a Concepcao Materialista da Historia. As principais conclusoes deste trablaho sugerem que a modernizacao da agricultura nos municipios referenciados favoreceu a expansao da area cultivada, ocasioinando transformacoes nas relacoes de trabalho, dentre as quais a presenca das mulhelres como mao-de-obra assalariada, porem, para executarem funcoes subalternas e de baixa remuneracao. Tomando-se como referencial os criterios da Organizacao Internacional do Trabalho, constatou-se que o "trabalhar e o viver" de grande contingente dessa populacao, nao satisfaz as condicoes minimas requeridas por aquela instituicao. Faltam salario justo, liberdade para criacao e manifestacao, moradia decente, instalacoes sanitarias, agua potavel, assistencia medica, creche e escola para os seus filhos. Muitos dos direitos trabalhistas e sociais assegurados na Constituicao sao ignorados. A jornada de trabalho, quando ampliada para dez ou doze horas diarias, nao gerante a 40% das operarias e operarios o equivalente em dinheiro das horas extras praticadas, sob a alegacao de que os mesmos ja ganham por produtividade. A licenca maternidade nao e usufruida por todas as maes, 92,31% dos pais nao gozam a licenda paternidade e 36,0% dos operarios nao gozam ferias. A despeito do baixo nivel de qualificacao dos empregados, nao ha investimento em capacitacao por parte dos empresarios. As empreas vinculadas ao sistema cooperativo, para sobreviverem a competicao com as demais empresas privadas, lancam mao dos mesmos metodos organizacionais por elas empregados. Para as mulheres rurais, o ingresso no mercado de trabalho assalariado nao tem se constituido um elemento libertador. Continuam elas na dependencia formal em relacao aos homens e aos estereotipos construidos culturalmente, elaborados a partir das condicoes sociais em que elas se encontram. acultural environment aquality of life arural sociology aNĂ­vel de Vida aSociologia Rural aFemale labour aMao-de-obra feminina aNivel cultural aNivel socio-economico aSocioeconomic environment aTrabalhadora rural