05984nam a2200205 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024503080008226000160039030000110040650001490041752051050056665000130567165000280568465000130571265000110572565000210573665300210575721103492022-10-03 2019 bl uuuu m 00u1 u #d1 aDIAS, J. do S. A. aPotencial anti-fúngico dos óleos fixos de Copaifera sp., Carapa guianensis Aubl. e Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. sobre Aspergillus nomius Kurtzman, Horn & Hesseltine e Aspergillus fumigatus Fresenius isolados de Bertholletia excelsa Humb. & Bompland e avaliação da toxicidade aguda em Danio rerio. a2019.c2019 a216 f. aTese (Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia) - Universidade Federal do Amapá, Macapá. Orientador: José Carlos Tavares Carvalho, Unifap. aA crescente demanda por alimentos isentos de resíduos oriundos de defensivos agrícolas tem alterado o comportamento de produtores na busca de novas formas eficientes de produção, com baixo custo e menor agressividade ao meio ambiente. Como fonte de produtos fungicidas tem-se utilizado diversas plantas e seus produtos, dos quais já foram isolados compostos como flavonoides, cumarinas e terpenóides com atividades fungicidas que podem ser utilizados como conservantes naturais em alimentos. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial anti-fúngico dos óleos fixos de Carapa guianensis, Copaifera sp. e Dipteryx odorata sobre Aspergillus nomius e Aspergillus fumigatus e a toxicidade aguda em Danio rerio. Os óleos fixos obtidos por diferentes técnicas de extração, de amêndoas de C. guianensis, diretamente do tronco de Copaifera sp. e por prensa hidráulica, de sementes de D. odorata, avaliados pela metodologia “Poison food” e testados em diferentes concentrações, em meio de cultura CYA, diferiram entre si quanto à atividade antifúngica contra os patógenos A. nomius e A. fumigatus isolados de Bertholletia excelsa. Observou-se que o óleo de Copaifera sp. quando comparado aos óleos de C. guianensis e D. odorata apresentou maior efeito inibitório sobre A. nomius e A. fumigatus, inclusive demonstrando maior efeito inibitório, quando comparado à nanoemulsão constituída por este mesmo óleo. Por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM), estabeleceu-se a composição do óleo fixo de Dipteryx odorata. Através desta técnica, foram identificados ácidos graxos saturados (20%), ácidos graxos monoinsaturados (55%) e ácidos graxos poliinsaturados (8%), correspondendo a 83% de sua constituição. Dentre estes, 53% foi de ácido oleico, 13% de ácido palmítico, 8% de ácido linoleico, 2% de ácido vacênico e 7% de ácido esteárico. A atividade antimicrobiana de D. odorata, assim como acontece com Copaifera sp., talvez possa estar relacionada à natureza lipofílica dos óleos resinas, essa lipofilicidade favorece uma interação entre os componentes do óleo e os lipídios da parede e membrana celular fúngica, interferindo em sua permeabilidade, causando mudanças estruturais. Desta forma, verificou-se que o potencial antifúngico dos óleo de Copaifera sp. e D. odorata apresentaram efeitos fungicida e fungistático, respectivamente. Enquanto que, o óleo de Carapa guianensis demonstrou efeito fungicida nas primeiras 24 horas, porém, perdendo seu efeito ao longo das avaliações. Porém, ao comparar-se a ação anti-fúngica do óleo de Copaífera sp. com a ação anti-fúngica de sua nanoemulsão, verificou-se que o óleo nas concentrações de 0,1 µg/ml; 0,5 µg/ml; 1,0 µg/ml; 1,5 µg/ml; 2,0 µg/ml; 4,0 µg/ml; 6,0 µg/ml, apresentou maior porcentagem de inibição do crescimento micelial sobre A. nomius (PIC = 60%, nas 24, 48 e 72 h) e sobre A. fumigatus (PIC = 100%, nas 24h; 80% nas 48h e 60% nas 72h), do que a nanoemulsão, nas concentrações de 500 µg/mL (26,4% nas 216 h), 250 µg/mL, 125 µg/mL, 62,5 µg/mL e 31,2 µg/mL. Embora, tenha-se verificado, que a nanoemulsão na concentração de 500 µg/ml, inibiu a esporulação de A. nomius, quando comparada ao controle (meio de cultura sem a nanoemulsão), de acordo com a fotomicrografia eletrônica de varredura (MEV). Verificou-se também, que a ação do óleo de D. odorata, foi superior ao efeito do Itraconazol sobre A. nomius, enquanto que a ação do óleo igualou-se ao efeito do Itraconazol sobre o crescimento micelial de A. fumigatus, nas primeiras 24 h. Quanto à toxicidade do óleo de D. odorata em Danio rerio, foi possível verificar que o mesmo não causou a morte dos animais. Porém, foi capaz de ocasionar alterações histopatológicas em seus órgãos internos e mudanças comportamentais, após 48 horas de aplicação por via oral (gavage). Verificando-se que os órgãos mais afetados neste estudo histopatológico, foram o intestino, seguido dos rins e do fígado. Portanto, considerando-se os resultados obtidos e a característica química do principal marcador fitoquímico do óleo fixo de D. odorata, o ácido oleico, e os demais constituintes, ácido palmítico, ácido linoleico, ácido vacênico e ácido esteárico, pode-se sugerir que, em função das doses, estes compostos possam ter influenciado nos danos histopatológicos causados nos órgãos internos de D. rerio, assim como possam ter contribuído através das diferentes concentrações dos óleos, para a inibição in vitro do crescimento micelial de A. nomius e A. fumigatus. Desta forma, com base nos resultados obtidos, foi possível afirmar que a metodologia de Poison Food, foi eficiente em expressar o potencial inibitório dos óleos sobre o crescimento micelial de A. nomius e A. fumigatus, através do teste anti-fúngico. Assim como, foi possível demonstrar as alterações histopatológicas provocadas pela toxicidade aguda por via oral (gavage), após a aplicação do óleo de D. odorata, utilizando-se o modelo Danio rerio. aAndiroba aContaminação Fúngica aCopaíba aCumaru aPlanta Medicinal aControle natural