03735nam a2200241 a 450000100080000000500110000800800410001910000190006024501720007926000160025130000110026750001900027852028330046865000170330165000250331865000220334365000110336565000190337665300190339565300300341465300240344465300250346821070142023-02-10 2017 bl uuuu m 00u1 u #d1 aRIBEIRO, L. C. a"Mesmo com essas coisas ruins que o dendê trouxe, eu não sou daqui". Resistência à agroindústria do dendê na Comunidade de Castanhalzinho em Concórdia do Pará. a2017.c2017 a126 f. aDissertação (Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável) - Universidade Federal do Pará: Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. Orientador: Heribert Schmitz. aA produção do dendê no cenário mundial ganhou força s nas últimas décadas, nos principais países produtores do óleo de palma no mundo Indonésia e Tailândia a produção da matéria-prima para o agrocombustível não esteve acompanhada de uma política ambiental rigorosa, desencadeando conflitos com comunidades locais e chamando a atenção de Ongs e movimentos ligados a defesa do meio ambiente. Em 2004, no Brasil é lançado o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) cria do pelo Governo Federal como forma de fomentar a produção de combustíveis alternativos ao petróleo a partir do óleo de dendê, prevendo a criação de emprego assalariado e a inclusão da agricultura familiar por meio de contratos de produção (BRASIL, 2010). Verifica-se no nordeste paraense a instalação de agroindústrias de dendê, como a empresa BIOPALMA S/A que em sua área de abrangência adquiriu grandes extensões de terras ao redor da comunidade do Castanhalzinho, provocando mudanças às condições de vida dos moradores por conta da abertura e ramais dentro da comunidade e pelos efeitos dos produtos químicos utilizados na manutenção do plantio. O objetivo desta dissertação é analisar as formas de resistência à agroindústria do dendê na comunidade do Castanhalzinho, localizada no município de Concórdia do Pará. O conceito de resistência cotidiana de Scott (2013) e fundamentos teóricos da Ação Coletiva são utilizados como enfoque teórico deste estudo pois nos ajuda compreender formas de resistência produzidas tanto no cotidiano pelos moradores, como também pelas associações quilombolas do local. O estudo foi construído por meio do estudo de caso e pesquisa qualitativa, com a utilização de observação participante, entrevistas abertas e semi-estruturadas com os moradores da comunidade e com lideranças quilombolas das associações e de entidades como a Malungu e Cedenpa. Os resultados da pesquisa apontaram para formas de resistências desempenhadas pelas associações quilombolas e por resistências cotidianas desempenhadas pelos moradores da comunidade como negação à venda de terras para o monocultivo, ao assalariamento, aos efeitos do cultivo do dendê na comunidade quilombola e a resistência ao impedimento do acesso ao entorno pela desvalorização do oponente. Elementos da organização social da comunidade como o parentesco, religiosidade e reciprocidade garantem relações sociais sólidas entre os moradores e deles com o território garantindo maior possibilidade de resistência no local. aCombustível aCondição Ambiental aCondição Social aDendê aImpacto Social aAgroindústria aComunidade Castanhalzinho aConcórdia do Pará aOrganização social