03168nam a2200157 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024501580008226000910024052026050033165000130293665300260294965300170297570000180299220957392018-09-15 2018 bl uuuu u00u1 u #d1 aPASTANA, D. N. B. aRelação do "el nino" de 2015 com a drástica queda na produção de castanha-da-amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.) em 2017.h[electronic resource] aCONGRESSO FLORESTAL LATINO-AMERICANO, 7., 2018, Vitória. [Anais]. [S.l.]: Even3c2018 aA castanheira é nativa e típica da Amazônia, fonte de renda e alimentação para muitos agroextrativistas da região. Sabe-se que a produção dos seus frutos (ouriços), é muito variada entre diferentes anos. Essa variação, própria das castanheiras, pode ser alterada por questões ambientais e climáticas. Desta forma, objetivou-se quantificar a queda na produção ocorrida em 2017 em diferentes ambientes no sul do Amapá e avaliar a relação entre anomalias na temperatura do pacífico e a produção de castanha. A produção é monitorada desde 2007, em mais de 400 castanheiras inventariadas em parcelas permanentes (300mx300m=9ha), em ambientes de floresta densa e transição cerrado/floresta na Resex Cajari. Durante o monitoramento, foram observados anos com alta e baixa produção e variações entre as áreas. No entanto, em 2017, todas as áreas apresentaram forte queda, a maior já registrada durante todo monitoramento. Nos três últimos anos, a produção média de frutos por castanheira produtiva foi: floresta(n=87) - 2016=82, 2017=39 e 2018=88; transição(n=142) - 2016=60, 2017=2 e 2018=93. Em 2016 e 2017, a produção média foi maior e a queda menor (52%) na floresta, sendo a queda mais acentuada na transição (97%). Como os frutos da castanheira levam até 15 meses para ser formados, a produção coletada no início de 2017 teve sua formação no segundo semestre de 2015, período que ocorreu o mais forte ?El niño? na Amazônia. A correlação de Spearman das médias trimestrais de anomalias da temperatura no pacífico (região do Niño 3.4) com a produção de frutos no ano subsequente, evidenciou relação negativa (r=-0,67; p=<0,018) significativa, mostrando que valores positivos da anomalia, que caracterizam o ?el nino?, foram relacionados com os menores valores de produção. O aumento na temperatura e redução na precipitação, provavelmente, prejudicaram a floração e o início da formação dos frutos da espécie, causando maior abortamento. As variações na produção de frutos de castanheiras do Amapá durante 12 anos de monitoramento foram associadas com as variações das alterações nas medidas das anomalias do pacífico, principalmente o aumento de mais de 2 graus ocorrido no segundo semestre de 2015 e a forte queda na produção no início de 2017. Essa queda brusca na produção em 2017 ocorreu em toda panAmazônia, reforçando o efeito global e a relação com anomalias climáticas. Entender essas variações é essencial para subsidiar ações de manejo e para geração de um modelo de previsão de safra. aCastanha aMudanças climáticas aResex Cajari1 aGUEDES, M. C.