07282nam a2200217 a 450000100080000000500110000800800410001910000220006024502880008226000150037030000100038550002140039552062840060965000210689365000180691465000220693265000220695465300410697665300270701765300200704420845942018-01-08 2017 bl uuuu m 00u1 u #d1 aLACERDA, L. F. de aDesenvolvimento e aperfeiçoamento de estratégias para a conservação e propagação in vitro de Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen e Lippia filifolia (Mart and Schauer ex Schauer), com ênfase ao uso do óleo mineral e biorreatores de imersão temporária.h[electronic resource] a2017c2017 a90 f. aDissertação (Mestrado em Botânica) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Orientador: Jonny Everson Scherwinski-Pereira, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. aAs plantas medicinais desempenham papel importante na medicina moderna, fornecendo fármacos importantes que dificilmente poderiam ser obtidos via síntese química. A propagação de plantas in vitro também conhecida como micropropagação teve um impacto significativo na produção de mudas, por ser uma técnica segura em manter as características de interesse da planta matriz, por se basear na teoria da totipotencialidade além da possibilidade de se obter um elevado número de plantas em um curto período de tempo em qualquer época do ano. Pfaffia glomerata e Lippia filifolia são especies medicinais que podem ser utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste sentido, a produção de plantas in vitro faz- se necessário a fim de se obter a otimização de protocolos que permitirão a propagação em larga escala, bem como a conservação in vitro de germoplasma das espécies. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver e aperfeiçoar estratégias para a conservação além de caracterizar anatomicamente e histoquimicamente e propagar in vitro Pfaffia glomerata e Lippia filifolia, com ênfase ao uso do óleo mineral e biorreatores de imersão temporária. Para os estudos de micropropagação foram utilizados como material vegetal microestacas de 1,0 cm com uma gema lateral e inoculadas em diferentes sistemas de cultivo semissólido, líquido estacionário, líquido sob agitação e biorreatores de imersão temporária modelo RITA® e o modelo Embrapa contendo meio de cultura de MS suplementado de 30 g.L-1 de sacarose e mantido em sala de crescimento com temperatura e luminosidade controladas. Avaliou-se após 30 dias nos cinco sistemas de cultivo a percentagem de sobrevivência, a altura, a taxa de multiplicação e a taxa de enraizamento, além de determinar o peso da massa fresca (g) e seca (g) dos brotos regenerados. Como resultado, verificou-se que P. glomerata apresentou altas taxas de multiplicação nos sistemas de cultivo líquido e semissólido. O cultivo em biorreatores de imersão temporária modelo RITA® proporcionou melhores resultados para ganho de massa fresca e seca, altura e taxa de enraizamento. Para a multiplicação de Lippia filifolia observou-se que o sistema de cultivo semissólido proporcionou uma alta taxa de sobrevivência e formação de plantas com altura média de 7,0 cm. Variações morfológicas foram verificadas durante a multiplicação das mudas no sistema de cultivo líquido com e sem agitação. O sistema de cultivo de biorreatores de imersão temporária modelo RITA® apresentou resultados superiores quando comparados ao modelo Embrapa. De maneira geral, a Lippia apresentou dificuldades de enraizamento in vitro. Para os estudos de conservação verificou-se que ambas as espécies estudadas apresentaram médias de sobrevivência em óleo mineral acima de 90 %, sugerindo ser uma alternativa para a conservação das espécies. No segundo experimento, verificou-se que P. glomerata pode ser mantida por até 12 meses sob temperatura de 15 °C e imersa sob óleo mineral, com sobrevivência média acima de 90%. Já para Lippia filifolia a taxa de sobrevivência foi menor, com média de 24,9% na temperatura de 15 °C, após os 12 meses de conservação. Anatomicamente as folhas de Pfaffia glomerata no tratamento de 5 mL apresentaram folhas mais espessas, houve um incremento no número de células do parênquima do tipo paliçádico, as células do mesofilo são menores com arranjo compacto com poucos espaços intercelulares. Nos tratamentos de 10 mL apresentaram características anatômicas semelhantes as plantas cultivadas com 5 ml de óleo mineral. No tratamento com 15 ml de óleo, as células constituintes das folhas, tanto da epiderme quanto do mesofilo apresentaram células volumosas, com paredes celulares delgadas. O caule das plantas que estavam conservadas em óleo mineral, independente do tratamento, não apresentou fistula e aumento no número de células do córtex e da medula com menor diâmetro e compactas, com paredes celulares sinuosas e delgadas. Para a Lippia filifolia no tratamento com 5mL de óleo mineral as folhas se apresentaram delgadas, as células epidérmicas se mostraram mais volumosas com formato arredondado a achatado. O mesofilo apresentou parênquima clorofiliano com células paliçádicas, sugerindo a formação de um parênquima do tipo paliçádico e outro do tipo lacunoso, com células arredondadas e achatadas com diversos espaços intercelulares. Foi verificado a presença de vários tricomas em ambas as faces epidérmicas. No tratamento com 10 ml de óleo mineral, foi possível observar um desarranjo das células que compõe o cilindro vascular, bem como uma maior proliferação de células parenquimáticas na região adjacente aos feixes vasculares. As plantas conservadas em 15 ml de óleo mineral apresentaram epiderme mais espessas com volume acentuado das células do mesofilo, com arranjo mais compacto, além da presença de vários espaços intercelulares formados a partir da morte de células do parênquima. No caule, ambos os tratamentos com óleo mineral apresentaram células de maior volume quando comparados com o controle. No tratamento com 5 ml, as células do cortex apresentaram formato alongado e vários espaços intercelulares. Os feixes vasculares são menores. Histoquimicamente evidenciou-se que em plantas de P. glomerata coradas com PAS, as folhas que foram submetidas a tratamento de conservação com 5 e 10 ml de óleo mineral apresentaram amido estocados nas células do parênquima clorofiliano, porém, quando o órgão avaliado foi o caule, foi verificado a presença de amido apenas nos tratamentos com 10 e 15 ml de óleo, sendo neste último mais intenso. Os testes realizados com XP identificaram a presença de proteínas de reserva em células do parênquima clorofiliano de folhas de plantas conservadas com 10 e 15 ml de óleo, o mesmo foi observado no caule. Para a Lippia filifolia a análise histoquímica revelou que durante o processo de conservação, polissacarídeos neutros foi o material de reserva utilizado como fonte de energia durante o período de conservação em óleo mineral, principalmente caule de plantas conservadas com 5 ml de óleo mineral. aAnatomia vegetal aHistoquímica aMicropropagação aPfaffia Glomerata aBiorreatores de imersão temporária aConservação in vitro aLipia filifolia