04773nam a2200169 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501170008326000160020050001310021652041780034765000130452565000200453865300260455865300190458420817362017-12-06 2017 bl uuuu m 00u1 u #d1 aTEIXEIRA, T. P. M. aEstudo da maturação e ponto de colheita em materiais de sorgo destinados à bioenergia.h[electronic resource] a2017.c2017 aDissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2017. Coorientador: Rafael Augusto da Costa Parrella. aApesar do notório desenvolvimento do setor sucroenergético brasileiro, observa-se a ociosidade das usinas na entressafra da cana-de-açúcar (Saccharum spp.) devido à falta de matéria-prima para o processamento. Neste contexto, os sorgos sacarino e biomassa [Sorghum bicolor (L.) Moench] têm sido apontados como alternativas promissoras. O sorgo sacarino destaca-se pelos colmos suculentos ricos em açúcares diretamente fermentáveis e, o sorgo biomassa, destaca-se pela elevada produção de biomassa com altos teores de lignina. Contudo, os rendimentos de etanol do sorgo sacarino têm sido abaixo do esperado e atribui-se tal fato à definição incorreta da época de colheita. Ressalta-se que o acúmulo de açúcares no colmo ocorre principalmente a partir do florescimento, o que desencadeia a competição entre colmo e grãos (drenos preferenciais) pelos fotoassimilados. Para o sorgo biomassa, é desejável que a umidade da biomassa seja próxima a 50% quando levada à caldeira. Porém, não existem estudos que caracterizem o acúmulo de matéria seca versus a desidratação da planta. Acredita-se que, caso a planta de sorgo seja mantida à campo, além de certo estádio, para favorecer a desidratação natural, ocorrerá o consumo de matéria seca devido à redução da fotossíntese líquida decorrente do processo de senescência. Neste sentido, realizou-se um trabalho inovador e detalhado para caracterização de materiais de sorgo bioenergia visando o aproveitamento de seus potenciais produtivos. Desenvolveram-se dois experimentos independentes, cuja descrição é apresentada em dois capítulos. No primeiro capítulo, aborda-se o estudo relativo ao sorgo sacarino (cultivar BRS 511), em que se objetivou determinar o ponto de colheita do sorgo sacarino e identificar qual entrenó ou segmento de entrenós são representativos do Brix total do colmo, para auxiliar na tomada de decisão quanto à colheita. Os tratamentos constituíram-se nas diferentes épocas de amostragem da cultura conforme seu estádio fenológico, sendo os estádios de emborrachamento, florescimento, grão leitoso, grão pastoso, grão farináceo, grão duro e senescência. Quantificou-se as produtividades de massa fresca e seca e a umidade. Avaliou-se o Brix e fez-se a quantificação dos açúcares presentes no caldo. As máximas produtividades de massa fresca e seca foram registradas no estádio de grão farináceo, sendo de 124 t ha-1 e 33 t ha-1, respectivamente. O maior Brix do caldo do colmo foi registrado entre os estádios de grão pastoso e grão farináceo, com 15 °Brix. Considerando-se os estádios correspondentes à previsão de colheita (grão pastoso ao grão duro), o Brix dos entre nós 2 e 3 não diferiram significativamente do Brix real. Conclui-se que o ponto ideal de colheita para sorgo sacarino (BRS 511) é compreendido entre os estádios de grão pastoso ao duro e os entrenós 2 e 3 devem ser a seção amostrada para avaliação do Brix. No capítulo 2, apresenta-se o estudo relativo ao sorgo biomassa, cujo objetivo foi caracterizar o comportamento da biomassa, umidade e poder calorífico superior ao longo do ciclo de crescimento e desenvolvimento do sorgo biomassa (híbrido BRS 716), visando à definição do ponto ideal de colheita. As condições experimentais (tratamentos e variáveis analisadas) foram similares às previamente descritas para o sorgo sacarino. Adicionalmente, realizou-se a análise de poder calorífico superior (PCS) e energia potencial da biomassa, ao invés da análise de Brix e açúcares realizadas no experimento anterior. A produtividade de massa seca total (PMS) aumentou a partir dos estádios iniciais e atingiu o máximo de 75,5 t ha-1 no estádio de grão farináceo, coincidindo com a menor umidade registrada e com o maior PCS. Considerando-se a PMS, umidade e o PCS, infere-se que o estádio de grão farináceo corresponde ao ponto ideal de colheita para o sorgo biomassa BRS 716. O período de colheita poderia ser escalonado entre os estádios de grão pastoso, grão farináceo e grão duro, ocorrendo ligeira redução na PMS e no PCS, permanecendo a umidade inalterada. aBiomassa aSorghum bicolor aRendimento industrial aSorgo sacarino