08421nam a2200217 a 450000100080000000500110000800800410001910000230006024501420008326000160022530001870024150000470042852076140047565000210808965000170811065000100812765000220813765000110815965300100817065300230818020633282017-02-20 2016 bl uuuu m 00u1 u #d1 aOLIVEIRA, E. A. de aCarcass traits, meat quality, growth curves and nutritional needs estimated by inraporcR of Moura crossbreed pigs.h[electronic resource] a2016.c2016 a83 f.cTese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. aCoorientador Dra. Teresinha Marisa Bertol. aResumo: A raça de suínos Moura é localmente adaptada no Brasil e é possivelmente derivada das raças Ibéricas, sendo amplamente disseminada na região Sul do Brasil até o início das primeiras décadas do século 20. Essa raça é caracterizada por alta rusticidade e capacidade de produção de gordura intramuscular e subcutânea, motivo pelo qual a gordura derivada desses animais era utilizada como fonte de energia e para a preservação de alimentos. A partir da década de 1970 ocorreu a popularização do óleo vegetal e a produção de suínos passou a objetivar carne, ocasionando a substituição de raças nacionais por raças estrangeiras especializadas na produção de carne magra. Desde então, os estudos sobre suínos realizados no Brasil passaram a objetivar as características produtivas das raças estrangeiras recém introduzidas e poucas informações foram produzidas sobre raças nacionais Com a realização do presente estudo, o objetivo dos autores foi estudar o desempenho zootécnico, qualidade de carcaça e carne, cortes, curvas de crescimento e estabelecer as necessidades nutricionais pelo software INRAPORC® em suínos 29,7% Duroc, 15,6% Pietrain, 17,2% Large White, 25% Landrace e 12,5% Moura. Essa genética é resultado de projeto da EMBRAPA Suínos e Aves com o objetivo de melhorar a qualidade de carne de suínos com a introdução da raça Moura. Os suínos foram mantidos em baias separadas por sexo, com 4 a 5 animais por baia e alimentação à vontade. As dietas foram formuladas de forma a suprir ou exceder as necessidades estimadas pelo NRC (NRC, 2012) e foram divididas em quatro fases, de acordo com o peso vivo: 22 a 60 kg, 60 a 80 kg, 80 a 115 kg e 115 a 130 kg. O desempenho zootécnico, qualidade de carcaça e qualidade de carne foram avaliados em 131 suínos abatidos com 100, 115 e 130 kg de peso vivo. Para a avaliação dos cortes, utilizou-se 24 suínos: 4 machos e 4 fêmeas para cada peso de abate (PA): 100, 115 e 130 kg. As curvas de crescimento foram avaliadas pela dissecação em carne, ossos, pele e gordura de 56 suínos (28 machos e 28 fêmeas) abatidos com 22, 35, 60, 80, 100, 115 e 130 kg. A genética avaliada demonstrou altos níveis de extrato etéreo, espessura de toucinho (aferida por ultrassonografia um dia antes do abate e na carcaça) e área de gordura, que aumentaram linearmente conforme aumento no PA (P<0,01) e foram superiores nos machos (P<0,01). Quando aferida na altura da última costela, o crescimento da espessura de toucinho nos machos e fêmeas foi de 0,220 mm/kg PA aumentado na carcaça e 0,180 mm/kg PA aumentado por ultrassonografia. A média da espessura de toucinho de machos e fêmeas aos 130 kg foi de 28,41 mm e a média de gordura intramuscular foi de 2,61%. Esses valores demonstram a capacidade das raças Moura e Duroc em depositar gordura subcutânea, embora em pequena proporção no cruzamento. A força de cisalhamento e matéria seca não foram afetadas (P>0,05) e a perda por cocção aumentou linearmente conforme incremento no PA (P<0,01). O aumento do PA resultou em diminuição no rendimento de carne da carcaça (P<0,05) e aumento no rendimento de gordura (P<0,01). Na avaliação das curvas de crescimento, o ganho diário de músculo apresentou ponto máximo aos 99,6 e 88,2 kg (377,3 e 410,6 g/dia) em machos e fêmeas, respectivamente. Uma vez que usualmente o ponto de máxima deposição proteica ocorre entre 60 e 80 kg, os resultados demonstraram que a genética avaliada possui características tardias. O ganho diário de gordura aumentou cubicamente nos machos (P<0,05), sendo que entre os 75 e 125 kg o aumento observado foi constante. Após 125 kg, percebeu-se forte tendência de aumento do ganho diário de gordura dos machos. Nas fêmeas, o ganho diário de gordura foi linear (P<0,001) durante todo o período avaliado. Aos 130 kg, os valores estimados de ganho de gordura foram de 269,5 e 218,4 g/dia para machos e fêmeas, respectivamente. O ganho de peso diário aumentou quadraticamente com ponto de máxima aos 96 e 98,8 kg (0,960 e 0,895) em machos e fêmeas, respectivamente. Com a utilização do INRAPORC®, percebeu-se que aos 70kg de peso vivo os machos e fêmeas apresentaram maior necessidade de lisina: 16,30 e 15,30 g/dia, respectivamente. Uma vez que o software utiliza o conceito de proteína ideal, os demais aminoácidos também apresentaram maior necessidade nessa faixa de peso. Conclui-se que os suínos da genética avaliada devem ser abatidos acima de 100 kg quando o objetivo é aumentar os níveis de gordura intramuscular e subcutânea. A genética demonstrou crescimento tardio, mas com altas taxas de deposição de tecido muscular e elevada capacidade de acumular gordura aos 130 kg, o que sugere o uso dessa genética para a produção de produtos curados ou fermentados. A maior necessidade de lisina para a genética avaliada ocorre aos 70 kg de peso vivo nos machos e fêmeas. Abstract: Moura is a Brazilian locally adapted breed possibly derived from Iberian breeds and was widespread in southern Brazil in the first decades of the 20th century. This breed was used as energy source and for food preservation and cooking due to the high capacity of fat accumulation. Since there is lack of information on crossbred Moura pigs, the aim of the study was to evaluate the growth performance, cacass traits, meat quality, cut yields, growth curves and nutritional needs of crossbreed pigs with 29.7% Duroc, 15.6% Pietrain, 17.2% Large White, 25% Landrace, and 12.5% Moura. To evaluate performance, carcass traits and meat quality, 131 barrows and gilts were evaluated at 100, 115 and 130 kg of live weight. To evaluate cut yields, 8 pigs from each slaughter weight (100, 115 and 130 kg) were evaluated and the growth curves were evaluated in 56 pigs slaughtered at 22, 35, 60, 80, 100, 115 and 130 kg of live weight. The nutritional needs were estimated by INRAPORC®, which was calibrated with the consumption data of 8 barrows and 16 gilts. Pigs were housed by sex, with 3-4 animals per pen and the diets were fed ad libitum in semi-automated feeders. The evaluated crossbred had high levels of ether extract, backfat thickness and fat area, which was greater in barrows than in gilts (P<0.01) and increased linearly with SW (P<0.01). Shear force and dry matter were not affected (P>0.05) and cooking loss increased with SW (P<0.01). Increasing SW resulted in lower carcass meat yield (P<0.05) and greater fat yield (P<0.01). When evaluated the growth curves, the muscle daily gain showed maximum point at 99.6 and 88.2 kg (377.3 and 410.6 g/day) for barrows and gilts and the fat daily gain showed higher values at 130 kg in barrows and gilts (269.5 and 218.4 g/day, respectively). The average daily weight gain increased quadractilly with the maximum point at 96 and 98.8 kg (0.960 and 0.895) in barrows and gilts, respectively. The lysine need estimated by INRAPORC® increased until 70 kg in barrows and gilts: 16.30 and 15.13 g/day, respectively and, as consequence, the needs of other amino acids increased until this weight range. It was concluded that pigs from this genetic line should be slaughtered above 100 kg when aiming to increase intramuscular and subcutaneous fat. The evaluated crossbreed showed characteristics of late breeds, but high muscle deposition and high capacity to accumulate fat at 130 kg, which may suggest the use of this crossbreed for dry-cured or fermented products. In addition, the lysine need estimated by INRAPORC® increased until 70 kg in barrows and gilts. aAnimal nutrition aMeat quality aSwine aNutrição animal aSuíno aMoura aQualidade da carne