04207nam a2200265 a 450000100080000000500110000800800410001910000200006024501480008026000160022830000110024450002180025552032920047365000130376565000120377865000180379065300090380865300130381765300290383065300160385965300230387565300130389865300140391165300160392520211602023-08-24 2015 bl uuuu m 00u1 u #d1 aFERREIRA, A. B. aPlantas utilizadas no tratamento de malária e males associados por comunidades tradicionais de Xapuri, AC e Pauini, AM.h[electronic resource] a2015.c2015 a196 f. aTese (Doutorado em Agronomia - Horticultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquista Filho", Botucatu. Orientador: Lin Chau Ming. Co-orientador: Moacir Haverroth. aA malária é uma doença parasitária sendo causada por parasitas do gênero Plasmodium. Cerca de 400 espécies de Anopheles foram descritas, das quais 60 implicadas na transmissão da malária em diferentes partes do globo. O primeiro caso de malária autóctone no Brasil data do século XVI e surge como uma consequência natural da colonização européia. A partir do início da exploração da borracha na Região Amazônica, a malária torna-se um grande problema de saúde pública, uma vez que muitos imigrantes provenientes do Nordeste foram dizimados por esta doença. Ao longo dos rios Acre e Purus, as populações ribeirinhas fazem uso de muitas espécies vegetais, nativas e exóticas para tratar a malária e seus sintomas, conhecendo os modos de uso e os ambientes de ocorrência dessas espécies. Neste trabalho estudou-se o manejo de plantas silvestres e cultivadas para o tratamento da malária e de seus males associados por comunidades ribeirinhas dos municípios de Pauini e Xapuri, nos estados do Amazonas e Acre, respectivamente. Durante o ano de 2013 foram entrevistadas 86 pessoas de nove comunidades rurais de Pauini e Xapuri, reconhecidas pelo uso de plantas medicinais. Foram indicadas 86 plantas para o tratamento da malária e para os sintomas associados reconhecidos pelos seringueiros e ribeirinhos. Foram indicadas 25 espécies para o tratamento da malária, sendo que duas plantas não possuem nenhuma referência na literatura com esta indicação de uso. Também foram indicadas plantas para o tratamento do fígado, dores de cabeça, dores no corpo, inflamações no estômago e para o tratamento de anemias. Foram descritas cinco formas de preparo das partes utilizadas. 45% das plantas indicadas têm suas folhas utilizadas, 30% sua casca, 10% raiz, 8% planta inteira, seguida de bulbo (1%), rizoma (1%), resina (1%), flor (1%) e entrecasca (2%). das 86 plantas levantadas, 40% são árvores, 38% ervas, 18% arbusto e 4% trepadeiras. A maior parte das plantas indicadas (42%) é de origem amazônica, mas que ocorre em outros biomas, ou seja, nativas do Brasil; 31% são exóticas; 22% são plantas exclusivamente amazônicas e 4% não tiveram sua origem determinada. De todas essas plantas, 37% são cultivadas, 30% coletadas, 22% possuem forma de manejo incipiente (F.M.I.) e as demais possuem mais de uma forma de manejo como Coletada/F.M.I. 7%, Cultivada/F.M.I. 2% e comércio 2%. Das espécies levantadas, 65% das plantas são propagadas diretamente por sementes, 16% por mudas que são transplantadas, 12% não identificadas, 5% ramo e 2% rizoma. Os ambientes de ocorrência das espécies foram classificados de acordo com o conhecimento dos entrevistados como: quintal, mata, capoeira, várzea, roçado e praia, sendo o quintal que possui o maior número de plantas cultivadas. As populações de ribeirinhos e seringueiros fazem uso de muitas espécies vegetais para tratar a malária e seus sintomas, mesmo fazendo uso dps medicamentos indicados pela FUNASA. As formas de uso e parte usada de cada espécie é de acordo com o conhecimento e a percepção dos entrevistados. Todas as plantas usadas pelos entrevistados estão mapeadas mentalmente de acordo com cada ambiente de ocorrência, principalmente aquelas de ocorrência na mata. aAmazonia amalaria aEtnobôtanica aAcre aAmazonas aComunidades tradicionais aPauini (AM) aPlantas medicinais aRio Acre aRio Purus aXapuri (AC)