04286nam a2200241 a 450000100080000000500110000800800410001910000210006024500650008126000160014630000160016250000910017852035530026965000160382265000240383865000280386265000160389065000260390665000330393265300280396565300190399365300320401220194972017-05-25 2015 bl uuuu m 00u1 u #d1 aMENDES, C. I. C. aTransferência de tecnologia da Embrapabrumo à inovação. a2015.c2015 a386 p.cil. aTese (Doutorado) - Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. aA contribuição da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a evolução da produção e da produtividade agrícola no Brasil é inegável. No período mais recente, face às profundas transformações estruturais que marcaram o setor, o Brasil e a economia mundial, a empresa tem sido pressionada - e questionada - a demonstrar que seu trabalho tem impactos positivos para a agricultura. Essa realidade trouxe a necessidade de refletir sobre a missão dos institutos públicos de pesquisa agrícola, sobre o papel e o alcance da transferência de tecnologia para garantir que os resultados da pesquisa alcancem seus potenciais beneficiários. A tese se situa neste contexto e teve como objetivo geral investigar os fatores condicionantes, exógenos e endógenos à Embrapa, que contribuem ou inibem a transferência de suas tecnologias para a agricultura brasileira. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a revisão bibliográfica do marco teórico neo-schumpeteriano, consulta documental de políticas da Embrapa, análise de dados de Censo Agropecuário e entrevistas com 57 especialistas em inovação agrícola, transferência de tecnologia e agroinformática, de organizações públicas e privadas, nacionais e internacionais. Os resultados apontam para um conjunto de condicionantes externos, que influenciam internamente na empresa, como a falta da definição no País do papel da C&T enquanto indutora de desenvolvimento econômico e social; a dinâmica da ciência, cada vez mais baseada em redes colaborativas; a hierarquia de comando de cadeias produtivas agrícolas que interfere na decisão da tecnologia a ser adotada; a subordinação do agricultor às estruturas das cadeias produtivas; o fortalecimento da iniciativa privada na pesquisa agrícola e o deslocamento da pesquisa pública; a visão dicotômica - agricultura familiar e empresarial - que permeia políticas públicas; a heterogeneidade produtiva, de infraestrutura e socioeconômica dos agricultores; a elevada taxa de analfabetismo no meio rural; o alto grau de aversão ao risco do produtor rural na aquisição de nova tecnologia; a ausência de assistência técnica e extensão rural; a dualidade política de ministérios ligados ao mundo rural; a alta rotatividade de dirigentes da agricultura que reflete na indefinição de uma política agrícola de longo prazo. Os resultados indicam como condicionantes internos à Embrapa a sua estrutura organizacional fragmentada e rígida; a prevalência da visão linear que dificulta a visão sistêmica e de complementaridade; o planejamento estratégico esporádico; o sistema de inteligência que carece de pluralidade; a trajetória institucional da empresa que necessita ser alinhada ao contexto das mudanças da agricultura; a pouca autonomia das unidades descentralizadas; as dificuldades em celebrar parcerias com a iniciativa privada; a comunicação social pouco direcionada ao mercado; a valorização da produção científica em detrimento da tecnológica e o modelo mental de que o trabalho da pesquisa termina na publicação. As conclusões assinalam a necessidade da Embrapa se reposicionar no sistema de ciência, tecnologia e inovação. Para tanto, a empresa necessita operar com competências que vão além da pesquisa, intensificar suas interações com instituições que detém competências de mercado não associadas apenas à C&T e à P&D e engendrar um modelo organizacional sistêmico e horizontal que se reflita numa governança transversal da pesquisa. aAgriculture aInnovation adoption aAdoção de inovações aAgricultura aMudança tecnológica aTransferência de tecnologia aInovação tecnológica aNew technology aPesquisa pública agrícola