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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Amapá; Embrapa Amazônia Oriental. |
Data corrente: |
02/03/2011 |
Data da última atualização: |
30/09/2022 |
Autoria: |
CARVALHO, A. C. A. de. |
Afiliação: |
ANTONIO CLAUDIO ALMEIDA DE CARVALHO, CPAF-AP. |
Título: |
Economia dos produtos florestais não-madeireiros no Estado do Amapá: sustentabilidade e desenvolvimento endógeno. |
Ano de publicação: |
2010 |
Fonte/Imprenta: |
2010. |
Páginas: |
174 f. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido ) - Universidade Federal do Pará, Belém, PA. |
Conteúdo: |
Como região periférica, historicamente a Amazônia tem participado do desenvolvimento de outras regiões fornecendo do seu estoque natural, produtos primários brutos sem qualquer agregação de valor. Todavia, o aquecimento global tem obrigado que sejam colocadas em prática as medidas efetivas de redução do desmatamento na Amazônia, tornando alvissareiras as múltiplas oportunidades que poderão tornar viáveis a manutenção da floresta em pé. o extrativismo vegetal, baseado na exploração sustentável dos produtos florestais não-madeireiros é, por suposto, uma das alternativas mais consistentes ecologicamente, no que tange à conservação da biodiversidade e cobertura natural da floresta Amazônica. Sem embargo, há problemas sistêmicos que não tem deixado este segmento desenvolver-se de forma satisfatória. o transbordamento dos efeitos multiplicadores de produção setorial nas cadeias produtivas dos produtos extrativistas da Amazônia é uma variável preponderante que contribui para o baixo nível de desenvolvimento social e econômico da região. Portanto, torna-se imperativo analises teóricas sobre as possibilidades de um desenvolvimento fundamentadas em bases modernas desse novo capitalismo que tem procurado aprimorar os mecanismos econômicos que corroboram com a sustentabilidade global. A proposição da presente tese, consiste em identificar o nível de contribuição que os produtos não-madeireiros, extraídos nas florestas por populações tradicionais, têm na economia do Amapá, que é o estado brasileiro mais preservado. Possui 97% de sua cobertura florestal original e 72% do seu território, são áreas legalmente protegidas. Como método central de análise, foi utilizado o modelo de matriz insumo-produto desenvolvido por Wassily Leontief no final dos anos 20, que tem como base a organização em formato tabular de todas as inter-relações existentes no sistema econômico analisado. Este procedimento analítico tem relevante destaque como instrumento prático de análise e planejamento econômico. Além das análises de programação do crescimento econômico setorial, é adequado para estimar, mediante os efeitos multiplicadores, os impactos do crescimento econômico na produção, trabalho e renda setorial de toda a economia. o presente trabalho traz como objeto central de estudo as inferências e análises estruturais dos arranjos produtivos locais dos produtos florestais não-madeireiros do Estado do Amapá, em níveis regionais e locais. Para tanto, em razão da inexistência de informações sistematizadas ou agregadas em nível local, fez-se uso do método desenvolvido pelo professor Francisco de Assis Costa, de Contas Sociais Ascendentes Alfa - C S" para a construção das matrizes que foram utilizadas nas referidas análises de insumo-produto. Este método de C S", utiliza procedimentos analíticos ascendentes e, através de agregação progressiva dos dados locais, a partir das informações nucleares, obtêm-se as planilhas regionais, municipais ou de qualquer outro espaço geográfico ou estrutural, definido no estudo. Visando uma melhor didática na apresentação dos procedimentos técnicos, as metodologias acima citadas e suas respectivas interpretações econômicas foram descritas de forma bastante detalhada. Assim, poderá ser observado que o poder de descrição da teoria desenvolvida por Leontief é potencializado e ajustado, para aplicação em nível local, quando se utilizam os procedimentos de concatenação de matrizes do método de Contas Sociais Ascendentes Alfa. Embora existam grande números de produtos florestais não-madeireiros que são extraídos há séculos nas Floresta Amazônicas, por razões práticas, o presente estudo envolveu apenas os três produtos de maior expressão econômica e de maior volume de extração no Estado do Amapá, conforme descritos a seguir: açaí (Euterpe oleracea), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) e o cipó-titica (Heteropsis fiexuosa) As análises estruturais feitas a partir das inter-relações existentes entre todos os agentes mercantis que participam dos arranjos produtivos dos produtos florestais não-madeireiros locais, indicaram que há grande desequilíbrio de forças nos mecanismos de comercialização. Para o caso da castanha-do-pará, assim como para outros produtos extrativistas, ainda persiste até hoje a grande rede de atravessadores e a pratica do sistema de aviamento, em que o comprador adianta o dinheiro e recebe produtos da floresta como pagamento das dívidas que nunca findam. o setor de base extrativista dos produtos florestais não-madeireiros do Amapá, com um PIB (Produto Interno Bruto) para o ano de 2009, estimado pela análise insumo-produto em R$ 204 milhões, que corresponde a 3,07% do PIB total do Amapá. Aparentemente esse valor é pequeno, todavia é extremamente significante quando observado que do total do PIB do Amapá (estimado para 2009 em 6,65 bilhões de reais), apenas 13,24% se refere ao setor produtivo e que os 86,77% restante, diz respeito às atividades do setor terciário. O PIB do arranjo produtivo local do açaí, com valor calculado em R$ 177 milhões é, fundamentalmente, o setor produtivo de base agrária local mais significativo social e economicamente para o Estado do Amapá. Em termos de divisas, o açaí representou o terceiro maior volume de recursos recebidos das exportações do Amapá no ano de 2009, correspondendo a 5% do total das divisas. Dentro do Estado do Amapá, os maiores valores de mark-up obtido nos PFNMs são de 155% e 150%, para as indústrias de transformação do açaí e do cipó-titica, respectivamente. Saindo do Amapá, os produtos florestais não-madeireiros chegam a ser comercializados com mark-up de até 400%. Os atacadistas exógenos, sem qualquer incremento tecnológico, atuando apenas como agentes de intermediação, chegam a trabalhar
com mark-up de até 342%. A partir da comprovação de que existe, grande transbordamento das funções de produção nas cadeias produtivas dos produtos florestais não-madeireiros do Amapá, com base nos diferenciais de eficiência locacionais existentes no estado, foram contextualizadas as possibilidades de endogeneização dessa funções. Por fim, partindo-se dos resultados práticos das análises insumo-produto, através dos quais se obteve a "fotografia econômica" da economia extrativista local, foi feito uma abordagem sobre a aplicação da teoria do desenvolvimento endógeno no Estado do Amapá. MenosComo região periférica, historicamente a Amazônia tem participado do desenvolvimento de outras regiões fornecendo do seu estoque natural, produtos primários brutos sem qualquer agregação de valor. Todavia, o aquecimento global tem obrigado que sejam colocadas em prática as medidas efetivas de redução do desmatamento na Amazônia, tornando alvissareiras as múltiplas oportunidades que poderão tornar viáveis a manutenção da floresta em pé. o extrativismo vegetal, baseado na exploração sustentável dos produtos florestais não-madeireiros é, por suposto, uma das alternativas mais consistentes ecologicamente, no que tange à conservação da biodiversidade e cobertura natural da floresta Amazônica. Sem embargo, há problemas sistêmicos que não tem deixado este segmento desenvolver-se de forma satisfatória. o transbordamento dos efeitos multiplicadores de produção setorial nas cadeias produtivas dos produtos extrativistas da Amazônia é uma variável preponderante que contribui para o baixo nível de desenvolvimento social e econômico da região. Portanto, torna-se imperativo analises teóricas sobre as possibilidades de um desenvolvimento fundamentadas em bases modernas desse novo capitalismo que tem procurado aprimorar os mecanismos econômicos que corroboram com a sustentabilidade global. A proposição da presente tese, consiste em identificar o nível de contribuição que os produtos não-madeireiros, extraídos nas florestas por populações tradicionais, têm na economia do Amapá, que é o estado... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Analise insumo-produto; Desenvolvimento endógeno. |
Thesagro: |
Desenvolvimento sustentável; Estatística; Produto florestal. |
Categoria do assunto: |
-- K Ciência Florestal e Produtos de Origem Vegetal |
URL: |
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/28975/1/tese-claudio.pdf
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Marc: |
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Todavia, o aquecimento global tem obrigado que sejam colocadas em prática as medidas efetivas de redução do desmatamento na Amazônia, tornando alvissareiras as múltiplas oportunidades que poderão tornar viáveis a manutenção da floresta em pé. o extrativismo vegetal, baseado na exploração sustentável dos produtos florestais não-madeireiros é, por suposto, uma das alternativas mais consistentes ecologicamente, no que tange à conservação da biodiversidade e cobertura natural da floresta Amazônica. Sem embargo, há problemas sistêmicos que não tem deixado este segmento desenvolver-se de forma satisfatória. o transbordamento dos efeitos multiplicadores de produção setorial nas cadeias produtivas dos produtos extrativistas da Amazônia é uma variável preponderante que contribui para o baixo nível de desenvolvimento social e econômico da região. Portanto, torna-se imperativo analises teóricas sobre as possibilidades de um desenvolvimento fundamentadas em bases modernas desse novo capitalismo que tem procurado aprimorar os mecanismos econômicos que corroboram com a sustentabilidade global. A proposição da presente tese, consiste em identificar o nível de contribuição que os produtos não-madeireiros, extraídos nas florestas por populações tradicionais, têm na economia do Amapá, que é o estado brasileiro mais preservado. Possui 97% de sua cobertura florestal original e 72% do seu território, são áreas legalmente protegidas. Como método central de análise, foi utilizado o modelo de matriz insumo-produto desenvolvido por Wassily Leontief no final dos anos 20, que tem como base a organização em formato tabular de todas as inter-relações existentes no sistema econômico analisado. Este procedimento analítico tem relevante destaque como instrumento prático de análise e planejamento econômico. Além das análises de programação do crescimento econômico setorial, é adequado para estimar, mediante os efeitos multiplicadores, os impactos do crescimento econômico na produção, trabalho e renda setorial de toda a economia. o presente trabalho traz como objeto central de estudo as inferências e análises estruturais dos arranjos produtivos locais dos produtos florestais não-madeireiros do Estado do Amapá, em níveis regionais e locais. Para tanto, em razão da inexistência de informações sistematizadas ou agregadas em nível local, fez-se uso do método desenvolvido pelo professor Francisco de Assis Costa, de Contas Sociais Ascendentes Alfa - C S" para a construção das matrizes que foram utilizadas nas referidas análises de insumo-produto. Este método de C S", utiliza procedimentos analíticos ascendentes e, através de agregação progressiva dos dados locais, a partir das informações nucleares, obtêm-se as planilhas regionais, municipais ou de qualquer outro espaço geográfico ou estrutural, definido no estudo. Visando uma melhor didática na apresentação dos procedimentos técnicos, as metodologias acima citadas e suas respectivas interpretações econômicas foram descritas de forma bastante detalhada. Assim, poderá ser observado que o poder de descrição da teoria desenvolvida por Leontief é potencializado e ajustado, para aplicação em nível local, quando se utilizam os procedimentos de concatenação de matrizes do método de Contas Sociais Ascendentes Alfa. Embora existam grande números de produtos florestais não-madeireiros que são extraídos há séculos nas Floresta Amazônicas, por razões práticas, o presente estudo envolveu apenas os três produtos de maior expressão econômica e de maior volume de extração no Estado do Amapá, conforme descritos a seguir: açaí (Euterpe oleracea), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) e o cipó-titica (Heteropsis fiexuosa) As análises estruturais feitas a partir das inter-relações existentes entre todos os agentes mercantis que participam dos arranjos produtivos dos produtos florestais não-madeireiros locais, indicaram que há grande desequilíbrio de forças nos mecanismos de comercialização. Para o caso da castanha-do-pará, assim como para outros produtos extrativistas, ainda persiste até hoje a grande rede de atravessadores e a pratica do sistema de aviamento, em que o comprador adianta o dinheiro e recebe produtos da floresta como pagamento das dívidas que nunca findam. o setor de base extrativista dos produtos florestais não-madeireiros do Amapá, com um PIB (Produto Interno Bruto) para o ano de 2009, estimado pela análise insumo-produto em R$ 204 milhões, que corresponde a 3,07% do PIB total do Amapá. Aparentemente esse valor é pequeno, todavia é extremamente significante quando observado que do total do PIB do Amapá (estimado para 2009 em 6,65 bilhões de reais), apenas 13,24% se refere ao setor produtivo e que os 86,77% restante, diz respeito às atividades do setor terciário. O PIB do arranjo produtivo local do açaí, com valor calculado em R$ 177 milhões é, fundamentalmente, o setor produtivo de base agrária local mais significativo social e economicamente para o Estado do Amapá. Em termos de divisas, o açaí representou o terceiro maior volume de recursos recebidos das exportações do Amapá no ano de 2009, correspondendo a 5% do total das divisas. Dentro do Estado do Amapá, os maiores valores de mark-up obtido nos PFNMs são de 155% e 150%, para as indústrias de transformação do açaí e do cipó-titica, respectivamente. Saindo do Amapá, os produtos florestais não-madeireiros chegam a ser comercializados com mark-up de até 400%. Os atacadistas exógenos, sem qualquer incremento tecnológico, atuando apenas como agentes de intermediação, chegam a trabalhar com mark-up de até 342%. A partir da comprovação de que existe, grande transbordamento das funções de produção nas cadeias produtivas dos produtos florestais não-madeireiros do Amapá, com base nos diferenciais de eficiência locacionais existentes no estado, foram contextualizadas as possibilidades de endogeneização dessa funções. Por fim, partindo-se dos resultados práticos das análises insumo-produto, através dos quais se obteve a "fotografia econômica" da economia extrativista local, foi feito uma abordagem sobre a aplicação da teoria do desenvolvimento endógeno no Estado do Amapá. 650 $aDesenvolvimento sustentável 650 $aEstatística 650 $aProduto florestal 653 $aAnalise insumo-produto 653 $aDesenvolvimento endógeno
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