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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Semiárido. |
Data corrente: |
09/03/2004 |
Data da última atualização: |
20/04/2012 |
Autoria: |
VILLAS BÔAS, G. L. |
Título: |
Caracterização molecular da mosca-branca Bemisia argentifolia Bellows & Perring, 1994 (Homoptera: Aleyrodidae) e determinação do potencial biótico às plantas hospedeiras: abobrinha (Cucurbita pepo); feijão (Phaseolus vulgaris); mandioca (Manihot esculenta); milho (Zea mays); poinsetia (Euphorbia pulcherrima); repolho ( Brassica oleracea) e tomate (Lycopersicum esculentum). |
Ano de publicação: |
2000 |
Fonte/Imprenta: |
2000. |
Páginas: |
170 f. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) - Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, São Carlos. |
Conteúdo: |
A espécie Bemisia tabaci (Homoptera: Aleyrodidae) (Gennadius, 1889) é citada na Flórida desde 1894 e na Califórnia desde 1920, inicialmente como praga secundária. A partir de 1986 foi observada em altas populações, causando danos em estufas de produção de Poinsétia (Euphorbia pulcherrima) na Flórida, e associada ao prateamento da follia em cucurbitáceas e a maturação irregular do fruto de tomate. Observações mais criteriosas indicaram que estes danos estavam associados a um novo biótipo de B. tabaci chamado inicialmente de biótipo B. Para diferenciar deste novo biótipo, B. tabaci foi denominada de biótipo A. Estudos mostraram que o novo biótipo se distingue de B. tabaci, sendo na verdade outra espécie, que foi denominada Bemisia argentifolii Bellows & Perring, 1994. A mosca-branca B. tabaci é conhecida, no Brasil, desde 1923, sendo que a partir de 1990 foram observadas altas populações em plantações de hortaliças e ornamentais no estado de São Paulo em plantas de interesse econômico, e na região do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais em 1993, e identificadas como B. tabaci biótipo H, por J.K. BROWN e R.J. GILL que FRANÇA et al. (1996) optaram por denominar E. argentifolii. Dada a existência dos dois biótipos, e a dificuldade de identificação morfológica entre eles, o primeiro capítulo teve como objetivo identificar os biótipos predominantes de Bemisia, coletadas em diferentes culturas e regiões geográficas no Brasil. Para isto, foi analisado o polimorfismo de DNA amplificado ao acaso (RAPD) de populações de mosca-branca. Exemplares adultos do inseto foram coletados em 15 espécies de plantas hospedeiras provenientes de 11 estados, representativos de todas as regiões brasileiras, e comparados com padrões americanos dos biótipos A e B. Um total de 152 marcadores RAPD polimórficos foi considerado para análise, sendo que pelo menos sete apresentaram potencial de rápido diagnóstico para a separação dos biótipos. Os resultados confirmaram que a espécie B. argentifolii encontra-se altamente disseminada no Brasil, associada à diversas plantas hospedeiras como: poinsétia, tomate, melão, berinjela, couve, batata, uva, melancia, feijão, soja, pimentão, abóbora e plantas daninhas, ao contrário de B. tabaci, que não foi encontrada nas culturas ou locais amostrados. O coeficiente de similaridade dentro deste grupo variou entre 0,90 e 1,00. p coeficiente médio de similaridade entre o agrupamento do biótipo B e do biótipo A foi 0,30. Os dados indicam que a mosca-branca que ataca mandioca seria possivelmente um terceiro biótipo, diferente de A e B ou até mesmo outra espécie. Os resultados comprovaram que a espécie B. argentifolii encontra-se altamente disseminada no país, atacando grandes culturas, hortaliças, plantas daninhas e ornamentais. O segundo capítulo teve como objetivo determinar a estrutura genética de populações de mosca-branca e a contribuição de indivíduos partenogenéticos em infestações da praga. Para isso, foram realizadas análises de RAPD. Três amostras de populações de mosca-branca, com 48 indivíduos adultos em cada, coletadas em plantações de tomateiro nos estados de São Paulo, Bahia e Distrito Federal foram analisadas. O DNA foi extraído de cada inseto. Um total de 117 primeros foi avaliado para o estudo, e os 10 primers com maior capacidade multiplex foram selecionados para análise, gerando 68 bandas polimórficas. Os testes de similaridade genética indicaram que todos os indivíduos das três populações são B. argentifolii, com um coeficiente de similaridade médio variando entre 0,70 e 1,00. A análise de variância molecular (AMOV A) indicou que o percentual de variação genética observado é maior dentro das populações (89,4%) do que entre populações (10,6%). Os resultados indicaram que a taxa de reprodução cruzada é alta em populações de mosca-branca e que os acasalamentos dentro da população ocorrem geralmente entre indivíduos pouco aparentados. Nas condições amostradas, partenogenia não foi detectada. O terceiro capítulo objetivou avaliar o potencial biótico da mosca-branca B. argentifolii nas espécies cultivadas: abobrinha, feijão, mandioca, milho, poinsétia, repolho e tomate. Os experimentos foram realizados em câmaras climatizadas, à temperatura de 28 :t: 2°C e 70 :t: 10% de umidade relativa e em casa de vegetação, à temperatura ambiente de 25 :t 8°C e 60 :t 10% de umidade relativa. Repolho e feijão foram as plantas hospedeiras que apresentaram períodos pré-imaginais mais Curtos, respectivamente 20,5 e 21,9 dias. As maiores porcentagens de mortalidade nestas fases foram observadas em mandioca (97,9%) e milho (94,2%). O inseto apresentou valores muito próximos de r m ( capacidade inata de crescimento da População), variando de 0,18 em feijão a 0,13 em repolho, mostrando estar igualmente adaptado a estes hospedeiros. Resultados diversos foram observados em milho e mandioca, onde as temeas apresentaram alta mortalidade (> 90%), o que sugere baixa capacidade de utilização destes hospedeiros pela mosca-branca. O quarto capítulo teve como objetivo avaliar as plantas hospedeiras preferenciais de B. argentifolii para alimentação, oviposição e abrigo, em casa de vegetação, em testes de livre escolha e avaliar o desenvolvimento pré-imaginal do inseto após três gerações de associação com mandioca, berinjela e repolho. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, em temperatura ambiente. Foram realizados cinco experimentos, com as seguintes plantas: abobrinha, feijão, repolho, tomate, mandioca, pepino, soja, pimentão, milho, poinsétia, brócolos e berinjela. Após 48 horas de exposição aos hospedeiros, os insetos adultos presentes na parte superior e inferior da folha e os ovos foram contados e a área foliar medida. Foram avaliados os parâmetros adultos e ovos por cm2 de área foliar. A abobrinha e o tomate foram as hospedeiras que atraíram mais adultos da mosca-branca B. argentifolii, e receberam o maior número de posturas. As plantas menos favoráveis foram mandioca, milho e pimentão. Verificou-se uma correlação positiva entre o número de adultos presentes, a área foliar e o número de posturas, sugerindo que o mecanismo que envolve a escolha do hospedeiro para alimentação e abrigo do adulto, envolve a conseqiiente seleção do hospedeiro para oviposição. O número de adultos e ninfas foi significativamente maior em repolho e a porcentagem de ninfas vivas foi semelhante para repolho e berinjela. Em mandioca, verificou-se uma elevada porcentagem de ninfas mortas, demonstrando não ser esta planta adequada para a sobrevivência do inseto. MenosA espécie Bemisia tabaci (Homoptera: Aleyrodidae) (Gennadius, 1889) é citada na Flórida desde 1894 e na Califórnia desde 1920, inicialmente como praga secundária. A partir de 1986 foi observada em altas populações, causando danos em estufas de produção de Poinsétia (Euphorbia pulcherrima) na Flórida, e associada ao prateamento da follia em cucurbitáceas e a maturação irregular do fruto de tomate. Observações mais criteriosas indicaram que estes danos estavam associados a um novo biótipo de B. tabaci chamado inicialmente de biótipo B. Para diferenciar deste novo biótipo, B. tabaci foi denominada de biótipo A. Estudos mostraram que o novo biótipo se distingue de B. tabaci, sendo na verdade outra espécie, que foi denominada Bemisia argentifolii Bellows & Perring, 1994. A mosca-branca B. tabaci é conhecida, no Brasil, desde 1923, sendo que a partir de 1990 foram observadas altas populações em plantações de hortaliças e ornamentais no estado de São Paulo em plantas de interesse econômico, e na região do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais em 1993, e identificadas como B. tabaci biótipo H, por J.K. BROWN e R.J. GILL que FRANÇA et al. (1996) optaram por denominar E. argentifolii. Dada a existência dos dois biótipos, e a dificuldade de identificação morfológica entre eles, o primeiro capítulo teve como objetivo identificar os biótipos predominantes de Bemisia, coletadas em diferentes culturas e regiões geográficas no Brasil. Para isto, foi analisado o polimorfismo de DNA amplific... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Caracterização molecular; RAPD. |
Thesagro: |
Biologia; Mosca Branca; Planta Hospedeira. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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A partir de 1986 foi observada em altas populações, causando danos em estufas de produção de Poinsétia (Euphorbia pulcherrima) na Flórida, e associada ao prateamento da follia em cucurbitáceas e a maturação irregular do fruto de tomate. Observações mais criteriosas indicaram que estes danos estavam associados a um novo biótipo de B. tabaci chamado inicialmente de biótipo B. Para diferenciar deste novo biótipo, B. tabaci foi denominada de biótipo A. Estudos mostraram que o novo biótipo se distingue de B. tabaci, sendo na verdade outra espécie, que foi denominada Bemisia argentifolii Bellows & Perring, 1994. A mosca-branca B. tabaci é conhecida, no Brasil, desde 1923, sendo que a partir de 1990 foram observadas altas populações em plantações de hortaliças e ornamentais no estado de São Paulo em plantas de interesse econômico, e na região do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais em 1993, e identificadas como B. tabaci biótipo H, por J.K. BROWN e R.J. GILL que FRANÇA et al. (1996) optaram por denominar E. argentifolii. Dada a existência dos dois biótipos, e a dificuldade de identificação morfológica entre eles, o primeiro capítulo teve como objetivo identificar os biótipos predominantes de Bemisia, coletadas em diferentes culturas e regiões geográficas no Brasil. Para isto, foi analisado o polimorfismo de DNA amplificado ao acaso (RAPD) de populações de mosca-branca. Exemplares adultos do inseto foram coletados em 15 espécies de plantas hospedeiras provenientes de 11 estados, representativos de todas as regiões brasileiras, e comparados com padrões americanos dos biótipos A e B. Um total de 152 marcadores RAPD polimórficos foi considerado para análise, sendo que pelo menos sete apresentaram potencial de rápido diagnóstico para a separação dos biótipos. Os resultados confirmaram que a espécie B. argentifolii encontra-se altamente disseminada no Brasil, associada à diversas plantas hospedeiras como: poinsétia, tomate, melão, berinjela, couve, batata, uva, melancia, feijão, soja, pimentão, abóbora e plantas daninhas, ao contrário de B. tabaci, que não foi encontrada nas culturas ou locais amostrados. O coeficiente de similaridade dentro deste grupo variou entre 0,90 e 1,00. p coeficiente médio de similaridade entre o agrupamento do biótipo B e do biótipo A foi 0,30. Os dados indicam que a mosca-branca que ataca mandioca seria possivelmente um terceiro biótipo, diferente de A e B ou até mesmo outra espécie. Os resultados comprovaram que a espécie B. argentifolii encontra-se altamente disseminada no país, atacando grandes culturas, hortaliças, plantas daninhas e ornamentais. O segundo capítulo teve como objetivo determinar a estrutura genética de populações de mosca-branca e a contribuição de indivíduos partenogenéticos em infestações da praga. Para isso, foram realizadas análises de RAPD. Três amostras de populações de mosca-branca, com 48 indivíduos adultos em cada, coletadas em plantações de tomateiro nos estados de São Paulo, Bahia e Distrito Federal foram analisadas. O DNA foi extraído de cada inseto. Um total de 117 primeros foi avaliado para o estudo, e os 10 primers com maior capacidade multiplex foram selecionados para análise, gerando 68 bandas polimórficas. Os testes de similaridade genética indicaram que todos os indivíduos das três populações são B. argentifolii, com um coeficiente de similaridade médio variando entre 0,70 e 1,00. A análise de variância molecular (AMOV A) indicou que o percentual de variação genética observado é maior dentro das populações (89,4%) do que entre populações (10,6%). Os resultados indicaram que a taxa de reprodução cruzada é alta em populações de mosca-branca e que os acasalamentos dentro da população ocorrem geralmente entre indivíduos pouco aparentados. Nas condições amostradas, partenogenia não foi detectada. O terceiro capítulo objetivou avaliar o potencial biótico da mosca-branca B. argentifolii nas espécies cultivadas: abobrinha, feijão, mandioca, milho, poinsétia, repolho e tomate. Os experimentos foram realizados em câmaras climatizadas, à temperatura de 28 :t: 2°C e 70 :t: 10% de umidade relativa e em casa de vegetação, à temperatura ambiente de 25 :t 8°C e 60 :t 10% de umidade relativa. Repolho e feijão foram as plantas hospedeiras que apresentaram períodos pré-imaginais mais Curtos, respectivamente 20,5 e 21,9 dias. As maiores porcentagens de mortalidade nestas fases foram observadas em mandioca (97,9%) e milho (94,2%). O inseto apresentou valores muito próximos de r m ( capacidade inata de crescimento da População), variando de 0,18 em feijão a 0,13 em repolho, mostrando estar igualmente adaptado a estes hospedeiros. Resultados diversos foram observados em milho e mandioca, onde as temeas apresentaram alta mortalidade (> 90%), o que sugere baixa capacidade de utilização destes hospedeiros pela mosca-branca. O quarto capítulo teve como objetivo avaliar as plantas hospedeiras preferenciais de B. argentifolii para alimentação, oviposição e abrigo, em casa de vegetação, em testes de livre escolha e avaliar o desenvolvimento pré-imaginal do inseto após três gerações de associação com mandioca, berinjela e repolho. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, em temperatura ambiente. Foram realizados cinco experimentos, com as seguintes plantas: abobrinha, feijão, repolho, tomate, mandioca, pepino, soja, pimentão, milho, poinsétia, brócolos e berinjela. Após 48 horas de exposição aos hospedeiros, os insetos adultos presentes na parte superior e inferior da folha e os ovos foram contados e a área foliar medida. Foram avaliados os parâmetros adultos e ovos por cm2 de área foliar. A abobrinha e o tomate foram as hospedeiras que atraíram mais adultos da mosca-branca B. argentifolii, e receberam o maior número de posturas. As plantas menos favoráveis foram mandioca, milho e pimentão. Verificou-se uma correlação positiva entre o número de adultos presentes, a área foliar e o número de posturas, sugerindo que o mecanismo que envolve a escolha do hospedeiro para alimentação e abrigo do adulto, envolve a conseqiiente seleção do hospedeiro para oviposição. O número de adultos e ninfas foi significativamente maior em repolho e a porcentagem de ninfas vivas foi semelhante para repolho e berinjela. Em mandioca, verificou-se uma elevada porcentagem de ninfas mortas, demonstrando não ser esta planta adequada para a sobrevivência do inseto. 650 $aBiologia 650 $aMosca Branca 650 $aPlanta Hospedeira 653 $aCaracterização molecular 653 $aRAPD
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