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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Embrapa Semiárido. |
Data corrente: |
31/08/2004 |
Data da última atualização: |
08/03/2023 |
Autoria: |
MORAES, M. D. C. de. |
Título: |
Memórias de um sertão desencantado (modernização agrícola, narrativas e atores sociais nos cerrados do Sudoeste piauiense). |
Ano de publicação: |
2000 |
Fonte/Imprenta: |
2000. |
Páginas: |
481 f. |
Idioma: |
Português |
Notas: |
Tese (Doutorado) - Departamento de Antropoligia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. |
Conteúdo: |
Nos anos 70, novas áreas no Centro-Sul do Brasil começam a ser incorporadas à estrutura produtiva do agribusiness de carnes e grãos, em um processo que avança nos anos 80 até a região Nordeste, e mais espeCificamente rumo ao sudoeste do Estado do Piauí. Esse processo de incorporação produtiva é descrito neste estudo como o desencantamento de um sertão simbólico e a simultânea invenção dos cerrados como fronteira produtiva. O foco da análise são as narrativas da modernização agrícola que são formuladas em termos do contraste entre o sertão e os cerrados, entre passado e futuro. O prisma teórico adotado baseia-se na idéia da memória social como fonte de conhecimento da vida social e como um campo de disputas no qual sobressaem as narrativas mestras e as narrativas eclipsadas. O conceito de narrativas mestras aplica-se aqui ao discurso hegemônico do Estado e das corpo rações privadas, visto através de fontes predominantes escritas e referido ao Brasil, como um todo, ao Nordeste e, em particular, ao Piauí. As narrativas eclipsadas são vistas a partir do discurso eminentemente oral de camponeses e de seus mediadores, localizados nos
cerrados do sudoeste piauiense. As narrações dominantes constituem peça fundamental de um projeto desenvolvimentista que resultou na instituição social de uma fronteira agrícola para o capital, através da criação de um agroecossistema baseado nas chapadas, dominado pelos interesses do agribusiness. Já as narrações obliteradas emergem como falas sobre os cerrados que trazem à tona o mundo da vida que se desenrola entre o baixão e a chapada. Assim, enquanto as primeiras diagnosticam as chapadas como um vazio demográfico, cultural e econômico a ser desenvolvido, silenciando sobre os baixões, as narrações subalternas contribuem para uma compreensão dos cerrados como um lugar social e ecologicamente integrado, no qual tanto o baixão como as chapadas desempenham papéis humanos e ambientais. Fazem isso através de uma verdadeira anamnese do par sertão/cerrados, através da qual o passado é recuperado como pleno de historicidade. Essa recuperação do passado do ponto de vista dos sujeitos ameaçados é acionada para garantir a legitimidade de seus direitos e de seus projetos de inclusão, ante a ameaça de exclusão cada vez mais definitiva que paira no presente. Esperamos que o foco na dimensão superestrutural da vida social, trazendo a tona tanto as narativas quanto processos e atores sociais, contribuam para desvendar a prática social das populações dos cerrados e sua situação atual. MenosNos anos 70, novas áreas no Centro-Sul do Brasil começam a ser incorporadas à estrutura produtiva do agribusiness de carnes e grãos, em um processo que avança nos anos 80 até a região Nordeste, e mais espeCificamente rumo ao sudoeste do Estado do Piauí. Esse processo de incorporação produtiva é descrito neste estudo como o desencantamento de um sertão simbólico e a simultânea invenção dos cerrados como fronteira produtiva. O foco da análise são as narrativas da modernização agrícola que são formuladas em termos do contraste entre o sertão e os cerrados, entre passado e futuro. O prisma teórico adotado baseia-se na idéia da memória social como fonte de conhecimento da vida social e como um campo de disputas no qual sobressaem as narrativas mestras e as narrativas eclipsadas. O conceito de narrativas mestras aplica-se aqui ao discurso hegemônico do Estado e das corpo rações privadas, visto através de fontes predominantes escritas e referido ao Brasil, como um todo, ao Nordeste e, em particular, ao Piauí. As narrativas eclipsadas são vistas a partir do discurso eminentemente oral de camponeses e de seus mediadores, localizados nos
cerrados do sudoeste piauiense. As narrações dominantes constituem peça fundamental de um projeto desenvolvimentista que resultou na instituição social de uma fronteira agrícola para o capital, através da criação de um agroecossistema baseado nas chapadas, dominado pelos interesses do agribusiness. Já as narrações obliteradas emergem como falas sobre... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Análise do discurso narrativo; Aspecto social; Camponês; Cerrados; Cultura; Memória; Nordeste; Piauí. |
Thesagro: |
Desenvolvimento Rural; Sociologia Rural. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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Registro original: |
Embrapa Semiárido (CPATSA) |
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Registros recuperados : 807 | |
22. | | FAGERIA, N. K.; MOREIRA, A.; CASTRO, C.; MORAES, M. F. Indices de acidez para produção de soja cultivada no Estado de Tocantins. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL, 32., 2011, São Pedro, SP. Resumos expandidos... Londrina: Embrapa Soja, 2011. p. 317-320. Editado por Adilson de Oliveira Junior, Odilon Ferreira Saraiva, Regina Maria Villas Bôas de Campos Leite.Tipo: Artigo em Anais de Congresso |
Biblioteca(s): Embrapa Soja. |
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Registros recuperados : 807 | |
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